quarta-feira, 24 de agosto de 2016

DEZ PASSOS PARA LIQUIDAR GIGANTES

Viver no Brasil é um a sucessão de aventuras. Por vezes sentimos-nos numa montanha-russa, com a adrenalina sempre ativada. A subida lenta e aparentemente constante dá lugar a quedas abruptas, com aquela inevitável sensação de que o mundo vai acabar. E vai mesmo, mas não em decorrência de mais uma das intermináveis e cíclicas crises que castigam o povo, sem distinção de classes.

Os desafios cotidianos avolumam-se e dividem as pessoas em duas categorias. Na primeira, participam aqueles que preferem o pseudo-conforto da murmuração e da falta de atitude. É a famosa turma do "deixa-como-está-para-ver-como-é-que-fica". O outro time enxerga a situação sob outro prisma. Quando a circunstância é adversa, ela é usada como força propulsora para despertar uma solução criativa. Os integrantes desta seleção estão sempre no ataque e não se conformam em viver entrincheirados, esperando passivamente a retirada dos inimigos.

No dialeto evangélico, é comum dizer-se que "há gigantes para vencer". Felizmente, temos vários episódios bíblicos que nos encorajam a transpor a barreira da possibilidade. Há outra dimensão de vida reservada apenas aos que desfrutam da intimidade do Deus dos impossíveis.

Analisemos a luta emblemática entre Davi e Golias - episódio bíblico sempre recorrente. Ela está registrada no capítulo 17 do primeiro livro de Samuel. Todos temos gigantes para liquidar e a inspiração das Escrituras Sagradas certamente irá abençoar a vida de todos os que me privilegiam com a leitura deste espaço. Vamos aos passos? Para liquidar gigantes é preciso:

  • 1. Fazer parte de uma família de guerreiros


Davi era o caçula de oito irmãos. Os três filhos mais velhos de Jessé já estavam lutando na guerra ao lado do seu rei, Saul. Muito embora eles pegassem no pé do irmão caçula ("bulling"?), já corria no sangue daquela família uma vocação beligerante. Quando recebemos Jesus no coração, imediatamente somos alistados e convocados para um embate permanente contra as forças do mal. É uma luta da qual nenhum cristão pode fugir.

  • 2. Acordar cedo


O versículo 20 diz que Davi levantou-se de madrugada. Essa afirmação pode adquirir vários sentidos para cada um de nós. Levantar de madrugada significa maximizar o uso do tempo, mantendo sob controle aquele desejo quase irrefreável de permanecer de olhos fechados enquanto o sol protagoniza seu espetáculo matinal. Sem investir tempo na presença de Deus, muitos crentes ainda O conhecem apenas "de ouvir falar". Como os olhos de Jó, que os nosso também possam contemplar a face do Senhor. Os primeiros momentos do dia devem ser oferecidos a Seus como as primícias de um novo período em que Ele nos concede vida.

  • 3. Não menosprezar tarefas consideradas irrelevantes


Davi foi incumbido de levar pães e grãos tostados para os irmãos. Para o comandante, Jessé foi mais generoso no presente: dez queijos. O garoto que mais tarde teria uma conquista sem precedentes para colocar no currículo desempenharia no momento a tarefa prosaica de transportar uma pequena carga. Muitos incautos desejam galgar posições começando pelos degraus superiores, esquecendo-se de que a escada profissional requer músculos desenvolvidos para ser vencida. Por vezes, o treinamento principia por rotinas consideradas sem importância; No entanto, quanto maior a distância vencida entre a base e o topo, maior brilhantismo é conferido em reconhecimento àquele que percorreu o longo caminho.

  • 4. Driblar o medo


Na hora de entregar os alimentos, os israelitas e os filisteus se posicionaram pra o combate. Davi havia sido incumbido de obter notícias dos irmãos e não retrocedeu. Foi até a linha de batalha para verificar ao vivo e em cores como estava a situação deles. Ali, bem na "zona do perigo", Davi ouviu o desafio do gigante. A segurança da trincheira elimina a possibilidade dos desafios. Quanto maior a coragem demonstrada, maiores serão as oportunidade de vitória colocadas à nossa frente.

  • 5. Não acovarda-se diante das críticas


O irmão mais velho de Davi o repreendeu por ter ido até a linha de combate, aproveitando o momento para menosprezar também as tarefas pastoris do caçulinha. "Com quem deixou aquelas poucas ovelhas? Sei que você é presunçoso e que o seu coração é mau." Ele agiu como o fazem algumas pessoas que amam mais a posição de destaque na guerra, do que o combate em si mesmo. No entanto, Deus enxerga além das divisas presentes no fardamento. Para o Senhor, um coração puro e disposto é a credencial mais desejável.

  • 6. Ter consciência do patrocinador do sucesso


O relato de Davi a Saul sobre como matou um urso e um leão parece um tanto pueril e lembra uma criança descrevendo o tema de uma história em quadrinhos. Davi sabia, porém, que havia frequentado um curso intensivo na universidade ao ar livre. Habilidoso na arte da comunicação, ele fechou seu discurso com uma afirmação reveladora sobre seu caráter: "O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu" (37). Davi tinha absoluta convicção de onde recebia força e sustento para vencer.

  • 7. Usar as armas que maneja bem


Talvez orientado por seus "consultores em assuntos de guerra", Saul vestiu Davi com os apetrechos considerados mais apropriados para o tipo de luta que teria. A confiança de Davi, entretanto, não estava depositada em acessórios bélicos. Competente no manejo de uma atiradeira, arma considerada simplória e antiquada, o garoto sabia que havia chegado o momento de demonstrar o aperfeiçoamento que havia adquirido em incontáveis horas de treinamento literalmente "de campo".

  • 8. Apresentar as credenciais


Atualmente, Deus tem a disposição um número incrível de "agentes-secretos". Milhares de cristãos omitem suas crenças e passam anos a fio sem professar publicamente a fé que dizer ter no Senhor. São soldados que se aposentaram antes de ir para o combate. Indiferentes ou ignorantes em relação aos planos divinos para sua geração, omitem-se e amputam os braços de Deus em ações estratégicas. Davi teve um comportamento oposto. Antes de lutar, revelou com orgulho: "(...) Vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos."

  • 9. Tomar posse dos despojos do inimigo


Em muitas ocasiões, Deus utiliza as armas que nos ameaçavam para validar uma conquista. A recessão que parecia fatal para os negócios, tornou-se o período de maior crescimento. A pessoa tanto tramou para que um servo de Deus perdesse o emprego, foi preterida na hora da promoção e ficou em posição subalterna ao cristão recém-promovido. A espada de Golias foi usada pra cortar sua própria cabeça. Antes disso, o texto bíblico relata que Davi pôs os pés sobre ele, sinalizando externamente a conquista que o Pai havia lhe proporcionado.

  • 10. Inspirar outras pessoas para o combate vitorioso


A vitória impactante de Davi fez o exército filisteu tremer, recuar e fugir. Inspirados pela realização de Davi, os homens de Israel e Judá partiram ao encalço deles e complementaram o embate vitorioso. Um homem segundo o coração de Deus deve ser um modelo de inspiração para os que o rodeiam. Nestes tempos em que as palavras "crise" e "recessão" são onipresentes na mídia, Deus deseja levantar muitos servos que instilem intrepidez e ousadia nos soldados de seu exército. Qual é a atiradeira que você tem nas mãos?

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