quarta-feira, 5 de agosto de 2015

UFOLOGIA, AFINAL EXISTE VIDAS EM OUTROS PLANETAS?

A foto acima é reprodução da cena do clássico "ET, O Extraterrestre (E.T. The Extraterrestrial)", produção de 1982, sob a direção de Steven Spielberg. O longa se tornou cult para os admiradores de filmes de ficção científica e ufólogos do mundo todo.

Ufologia, um assunto que mexe tanto com a imaginação de não-crentes, quanto de crentes no mundo inteiro. Os crentes, valem-se do argumento que Deus em sua sabedoria e poder, não cria um sistema planetário compostos com planetas vazios, sem vidas, sem propósitos. Em pouco tempo, interessados no assunto dedicaram suas vidas, sujeitando-se a seguir contatos com óvnis. Mas, será que esses óvnis realmente existem? O que se conseguiu provar em todos esses anos? Há provas científicas sobre a existência de óvnis ou ETs? Afinal, a Ufologia é uma ciência, especulação ou uma religião que reivindica fé em seus dogmas?

O que é a Ufologia? 



Em novembro de 1977, o primeiro-ministro de Granada, Eric Matthew Gairy, sugeriu a criação de uma agência na Organização das Nações Unidas (ONU) para coordenar os estudos mundiais sobre o fenômeno óvni. A proposta foi adiante e, um ano depois, foi constituído um grupo de trabalho, formado, entre outros, pelos astrofísicos Josef Allen Hynek e Jacques Vallée, pelo engenheiro Claude Poher e pelo astronauta Leroy Gordon Cooper Jr. Pela primeira vez na curta história da ufologia, objetos voadores não-identificados seriam estudados com o aval de uma instituição digna de crédito no mundo todo. Mas os Estados Unidos não gostaram muito da ideia e avisaram que não financiariam qualquer investigação oficial sobre óvnis. Sem o apoio e a grana da maior economia do planeta, a ideia foi engavetada. E ficou uma pergunta no ar: se a ONU tomasse a frente desses estudos, a ufologia seria levada mais a sério?

O estudo de óvnis é um campo minado, no qual os cientistas evitam pisar para não explodir a própria reputação. A maioria dos acadêmicos considera a ufologia uma pseudociência, ou seja, um trabalho destituído do rigor da metodologia científica. Para piorar, dezenas de charlatões tomaram conta das pesquisas ufológicas, com a intenção de explorar a boa-fé das pessoas. Mas há cientistas, com formação acadêmica e reconhecimento público, que adotaram a ufologia como sua especialidade. Como identificar quem é quem no meio desse balaio de gatos?

Primeiro, é preciso entender o conceito. A ufologia investiga o fenômeno óvni – qualquer objeto visto no céu que não possa ser identificado ao primeiro olhar. A hipótese extraterrestre é apenas uma das possibilidades a serem investigadas. “Este é o principal problema da ufologia: a maioria dos próprios ufólogos”, diz Rogério Chola, ombudsman da revista UFO. “Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é o mesmo que nave extraterrestre.”

Sem preconceitos


Os óvnis realmente existem. Pode ser um avião passando entre as nuvens, uma estrela brilhante, um meteoro, um satélite artificial, um balão meteorológico, pássaros. Pode ser um punhado de coisas banais que normalmente não tomariam a sua atenção, mas que, por terem aparecido em condições desfavoráveis – escuridão, neblina, distância –, não puderam ser identificadas de imediato. Os pilotos de aviões comerciais e militares freqüentemente encontram objetos desconhecidos no céu e relatam como óvnis. O papel dos ufólogos é este: buscar uma explicação para os fenômenos. “Se nenhuma dessas hipóteses explicar ou reproduzir o fenômeno, então o objeto continua sendo um óvni. Claro que a hipótese extraterrestre deve ser a última a ser considerada e, caso o óvni preencha certos requisitos, poderá ser enquadrado como um artefato de origem desconhecida da tecnologia humana e da natureza do planeta Terra. Ir além disso é especular sem argumentos convincentes”, afirma Chola.

As teorias


Atualmente, há quatro teorias sobre o fenômeno óvni. A primeira apela para o racional: óvni é algum tipo de aeronave avançada, secreta ou experimental de fabricação humana, desconhecida ou mal reconhecida pelo observador. A segunda é a mais polêmica: se nenhum fenômeno natural ou tecnologia terrestre servir de explicação, trata-se de uma espaçonave alienígena. A terceira teoria aponta para hipóteses psicossociais e psicopatológicas: quem vê um óvni sofre de algum distúrbio. E a quarta escola apóia-se na religião, no ocultismo e no sobrenatural – os óvnis são mensagens divinas ou diabólicas. Pobre do ufólogo quando as hipóteses de uma tendência misturam-se às de outra. “A ufologia extrapolou os seus limites ao enveredar por caminhos místicos e transcendentais, passando a estudar vida extraterrestre, canalizações de mensagens extraterrestres, contatos telepáticos e entidades de outras dimensões, entre outros, o que a rigor não compete a ela estudar”, diz Chola.

Mas a responsabilidade não é só dos ufólogos. Como a ciência abdicou do direito de estudar os óvnis, diversas histórias permanecem sem resposta e adubam a já fértil imaginação do homem. Um dos poucos cientistas que tentaram encontrar uma explicação para o fenômeno óvni foi o astrofísico americano Josef Allen Hynek (1910-1986), fundador do Centro para Estudos Ufológicos e conselheiro do Projeto Blue Book (leia mais na página 22). Nos anos 50, Hynek era cético sobre óvnis e acreditava que as descrições eram feitas por testemunhas que não haviam sido capazes de identificar objetos naturais ou de fabricação humana. Depois de ler dezenas de papéis, porém, ele encontrou relatos de gente instruída – como astrônomos, pilotos, oficiais de polícia e militares – que mereciam um mínimo de crédito. Hynek conversou com físicos que também contaram ter visto objetos voadores impossíveis de explicar à luz dos conhecimentos atuais da ciência. Ele então abandonou o ceticismo, encarou a ufologia como profissão, aplicou a metodologia científica nas pesquisas e foi um dos personagens da frustrada tentativa de abrir a agência coordenadora na ONU.

No entanto, aos poucos, Hynek se tornou um crítico da explicação extraterrestre. Em 1976, ele afirmou: “Tenho apoiado cada vez menos a ideia de que os óvnis são espaçonaves de outros mundos. Há tantas coisas se opondo a essa teoria. Para mim, parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras de solo e assustar pessoas”. No final da vida, ele estava convencido de que os “discos voadores” tinham mais a ver com fenômenos psíquicos do que com veículos alienígenas.

Seja como for, a hipótese extraterrestre vem perdendo das outras teorias por falta de provas físicas. Em 60 anos, nenhum dos milhares de humanos que alegam ter contatado ETs conseguiu apresentar um único objeto comprovadamente de origem extraterrena. O mais famoso ufólogo do século 21, o americano cético Philip Klass, oferece 10 mil dólares a qualquer vítima de abdução que registrar queixa no FBI e deixar a polícia federal americana averiguar o caso. Se for verdade, o denunciante ganha a grana. Se for mentira, será multado em 10 mil dólares e preso por cinco anos. Até hoje, ninguém topou o desafio. 

"O principal problema da ufologia hoje é a maioria dos próprios ufólogos. Eles são os responsáveis por perpetuar os paradigmas de que óvni é sinônimo de nave extraterrestre", Rogério Chola, ombudsman da revista UFO.

"Parece ridículo que superinteligências viajariam grandes distâncias para fazer coisas relativamente estúpidas, como parar carros, coletar amostras e solo e assustar pessoas", Josef Allen Hynek, astrofísico americano.

Avião comercial e meningite 

Há alguns anos foi apresentado um documentário produzido por cientistas norte-americanos onde apareciam as cenas dos supostos óvnis. O filme mostrava as montanhas rochosas em Wyoming (EUA) em 10 de agosto de 1972, e um objeto cruzando o céu azul deixando para trás uma longa cauda branca. Centenas de pessoas puderam ver o que se prontificaram a definir por óvni. Mais tarde, se descobriu que não passava de um grande meteorito que havia se chocado com a atmosfera terrestre a 64 km de altitude, mas não penetrou por completo na atmosfera, retrocedendo ao espaço.

Uma imagem pode ser alterada através de processos simples, acrescentando ou retirando elementos da imagem original. Um dos filmes mais famosos sobre óvnis foi feito em 15 de abril de 1966, na ilha de Santa Catarina, Califórnia (EUA), pelo câmera profissional Lee Hansen. Trata-se de um objeto voador com cerca de 20m de comprimento que se locomovia a uma velocidade de 180 km/h. O filme foi levado aos laboratórios de Passadena (Califórnia) e analisado pelo expert em imagens Dr. Robert Nathan. "Juntando as informações do câmera à visão passo a passo do filme, nota-se que se trata de um avião comercial", concluiu o Dr. Nathan. Determinados quadros do filme mostram, claramente, as asas, as janelas e o estabilizador de um pequeno avião, sendo que, vistos a olho nu, não poderiam ser identificados.


Athur Clarke (16/12/1917-19/05/2008), autor de "2001, Odisseia Espacial" e de outros livros de ficção, inventou o satélite de telecomunicações e dedicou anos à ciência se tornando uma autoridade no assunto. Em 2001, Clarke confessou que viu o filme muitas vezes, afirmando que "este é o problema com observações a longa distância: nunca podemos estar plenamente seguros do que são" e ficou convencido de que realmente era um avião comercial. Num artigo da revista Veja, edição de 13/08/1997 com o título "Não é por enquanto que um ET  vai fazer contato", Clarke declara: "Eu mesmo já vi pelo menos dez óvnis e vários deles eram convincentes. Deu trabalho transformá-los em objetos voadores identificados. E, até hoje, me assombro com o fato de que a visão mais impressionante que tive foi na cobertura de Stanley Kubrick [1928/1999, cineasta, roteirista, produtor de cinema e fotógrafo americano. Considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos, foi autor de grandes clássicos do cinema, como Spartacus e 2001, Uma Odisseia no Espaço, baseado no livro de Clarke e cultuado, perturbador e clássico Laranja Mecânica] em Nova York... Tenho vergonha de confessar a luz brilhante que cruzou o céu era o balão-satélite Echo visto de uma posição não muito comum. É verdade, também, que eu e Stanley estávamos um tanto exaltados e, por isso, menos críticos que o normal."

Há alguns anos, foram descobertos crânios no Novo México (EUA) apresentando deformações acentuadas. A descoberta foi o suficiente para os ufólogos argumentarem ser fósseis de extraterrestres que viveram entre nós. Chegou-se a afirmar que o crânio era de um ser nascido do relacionamento sexual de um ET com um humano!!! Entretanto, o que dizer diante de uma evidência (não prova) de que algo estranho estava acontecendo. Não demorou muito até que cientistas começaram a analisar os crânios, constatando que aquela deformação ocorre em pessoas com raro caso de meningite.

Deus sem criatividade


Já que pelos relatos dos ufólogos não se podem provar cientificamente, será que podem ser explicados como fenômenos espirituais? Com certeza, Deus não faria "contatos" que beneficiassem um pequeno grupo de humanos. Suas revelação é dada a toda humanidade, pois Ele não faz acepção de pessoas (João 3:16). Deus amou o mundo todo, e seu Filho foi enviado a nascer entre nós cresceu, trabalhou e foi visto por todos os Seus contemporâneos. Não houve mistério nem exclusividade em Suas aparições. Portanto, se óvnis existissem  não seriam elementos pertinentes às revelações de Deus. Muitos argumentam que óvnis não são uma revelação divina, mas sim, espíritos evoluídos que habitam em outros planetas e galáxias. Mas, de acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo cap. 3/pt. 9, nos mundos que atingiram um grau superior, as condições de vida oral e material são bem outras que as de sobre a Terra. A forma do corpo é sempre, como por toda parte, a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo purificada. Mas, até a teoria dos espíritas contradiz os relatos das pessoas que insistem dizer que tiveram contatos com ETs. As descrições geralmente são: figuras semelhantes a humanos, pele com a cor alterada, um curto ou nenhum pescoço, pernas curtas e outros detalhes que pouco modificam a forma humana, mas sempre para pior, contrário ao nosso padrão de beleza. 

Soa mal à inteligência humana, tanto a do ufólogo quanto a do espírita, pretender que um Deus Todo Poderoso sofra falta de criatividade e tenha de repetir a mesma forma ao gerar povos em outro planetas. A propósito, o homem foi à Lua e a Marte e ainda não viu nenhum tipo de vida semelhante a dele (e nem a ETs). Quando Paulo escreveu: "Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o  próprio Satanás se transfigura em ano de luz (2 Coríntios 11:13, 14)". Certamente, Paulo, um doutor esclarecido, não exagerou na afirmação. Ele mostra que Satanás ilude, criando uma atmosfera propícia às pessoas que estão receptivas a visões e contatos. Portanto, é mais óbvio provar que Satanás está por trás disso tudo do que a existência de óvnis em qualquer parte do universo.

Existem seres inteligentes?


Diante da grandeza de Deus, seria muita arrogância afirmar que os humanos são um padrão de inteligência. Será que a linhagem das estrelas não é mais bela que os idiomas humanos? Será que o som emitido pelo brilho das estrelas e outros astros não expressa maior devoção a Deus? Será que próximo aos humanos, as faunas terrestre e marinha não encham os olhos do Criador mais do que o orgulho e as pretensões das pessoas? Certamente que sim, pois o próprio Jesus disse aos homens para aprenderem lições de vida com os pássaros (Mateus 6:26). Com certeza, o homem não é a única criatura feita por Deus. Além das espécies que povoam nosso planeta, sabe-se da existência de seres celestiais. A Bíblia também fala sobre eles - anjos, querubins, serafins, arcanjos -  e, assim como os animais e o homem, os seres celestiais também têm algo em comum: todos foram feitos para atender os propósitos de Deus e não para especular e sermos especulados. Caso existisse vidas em outros planetas elas também deveriam estar submissas à autoridade do Deus Criador dos céus e da terra (Salmo 104).

[Fonte: Todas as citações foram extraídas das Revistas UFO e Veja]


O caso da suposta abdução do advogado Antônio Villas Boas se tornou um dos mais famosos do Brasil e do mundo entre os ufólogos e o público que é fascinado pelo assunto. Pela riqueza de detalhes, pelos sinais físicos do abduzido, doenças remanescentes, além de uma história muito bem relatada, o caso é tido pelos especialistas em ufologia como verídico. Embora o episódio tenha ocorrido em 1957, o relato do mesmo só foi publicado na edição de janeiro de 1965 do periódico estadunidense Flying Saucer Review. Quatro anos antes, a divulgação da suposta abdução do casal Hill havia já causado furor em todo mundo. Hoje parece certo que os Hill imaginaram toda a historia da sua alegada abdução e o Caso Hill é considerado obsoleto, ao passo que o Caso Vilas-Boas permanece inconclusivo quanto à sua veracidade ou falsidade.

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