Imagem católica representando o que chamam de "Santíssima Trindade"
Uma acirrada peleja tem sido travada por duas linhas doutrinárias que são defendidas fervorosamente por seus convictos seguidores: a Trindade e a Unicidade (importante salientar que nenhuma das duas palavras são encontradas nos textos bíblicos, nem no Antigo e nem no Novo Testamento). Sabe-se que a doutrina da Trindade refere-se a três pessoas distintas comumente referidas como Pai, Filho e Espírito Santo. Já a Unicidade, acredita que Pai, Filho e Espírito Santo são três formas pela qual Deus se manifesta ao homem. Deus é único.
Doutores bíblicos, pastores, missionários, presbíteros e apaixonados pelo Evangelho debruçam-se por horas sobre Bíblias, afim de encontrar pontos cada vez mais claros e chegarem a um entendimento completo do que seja ministério do Pai, Filho e Espírito Santo. Neste artigo veremos um estudo sobre o que diz cada uma dessas vertentes teológicas. Afinal, "o diálogo se dá entre iguais e diferentes, nunca entre antagônicos" - Moacir Gadotti.Moacir Gadotti
Conhecendo a Doutrina da Trindade - Conceito, definição
Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhor do que está por A. H. Strong - "em a natureza do Deus único há três distinções eternas que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três são iguais" (Teologia Sistemática, pág. 144).
Os princípios dos Seminários Teológicos defensores da doutrina da Trindade em resumo estabelecem o seguinte conceito: "Deus nos é revelado como Pai, Filho e Espírito Santo, cada um com atributos pessoais distintos, mas sem divisões de natureza, essência ou ser". Na consideração destas definições entendemos conforme segue abaixo.
1. A Trindade consiste de três distinções
A doutrina da Trindade não quer dizer que Deus meramente Se manifesta em três diferentes maneiras. Há três distinções atuais na Divindade. A verdade disto aparecerá mais claramente depois.
2. Estas três distinções são eternas
Isto está provado, de um lado, pela imutabilidade de Deus. Se já houve um tempo em que estas distinções não existiram, então, quando vieram a existir, Deus mudou. Provado está outra vez pelas Escrituras, as quais afirmam ou implicam a eternidade do Filho e do Espírito Santo. Vide João 1:1,2; Apocalipse 22:13,14; Hebreus 9:14.
"Não é resposta a isto, que as expressões 'gerado' e 'procedido de' envolvem, a ideia da existência antecedente do que gera e de quem há processão, porque estes são termos da linguagem humana aplicados a ações divinas e devem ser entendidos ajustadamente a Deus. Não há aqui dificuldade maior do que em outros casos em que este princípio está prontamente reconhecido (Boyce, Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139)".
3. Estas três distinções nos são representadas sob a figura de pessoas, mas não há divisão de natureza, essência ou ser
A Doutrina da Trindade não quer dizer triteísmo. Quando falamos das distinções da Divindade como pessoas, devemos entender que usamos o termo figuradamente. Não há três pessoas na Divindade no mesmo sentido em que três seres humanos são pessoas. No caso de três seres humanos há divisão de natureza, essência e ser, mas Deus não é assim. Tal concepção de Deus está proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade de Deus.
4. Os três membros da Trindade são iguais
Muitos dos mesmos atributos atribuem-se a cada membro da Trindade e os atributos assim atribuídos são tais como não podiam ser possuídos sem todos os outros atributos divinos. A igualdade dos membros da Trindade mostra-se ainda pelo fato de cada um deles ser reconhecido como Deus, como veremos depois
Provas Escriturísticas da Doutrina da Trindade
1. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são todos reconhecido como Deus
- O Pai Reconhecido como Deus.
Isto ocorre em tão grande número de passagens que é por igual desnecessário e impraticável citá-las todas. As duas seguintes bastarão:
"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este selou o Pai, Deus" (João 6:27).
"Eleitos... segundo a presciência de Deus o Pai" (1 Pedro 1:1,2).
- O Filho Reconhecido como Deus.
a) Ele é chamado Deus.
João 1:1; Romanos 9:5; 1 João 5:20.
b) Passagens que no Velho Testamento se referem a Deus são aplicadas ao Filho em o Novo Testamento.
Mateus 3:3, aludindo a Isaías 40:3; João 12:41 aludindo a Isaías 6:1.
c) O Filho possui os atributos de Deus.
Eternidade: João 1:1; Onipresença: Mateus 28:20 e Efésios 1:23; Onisciência: Mateus 9:4 e João 2:24,25 e João 16:30 e 1 Coríntios 4:5 e Colossenses 2:3; Onipotência: Mateus 28:18 e Apocalipse 1:8; Auto-existência: João 5:26; Imutabilidade: Hebreus 13:8; Verdade: João 14:6; Amor: 1 João 3:16; Santidade: Lucas 1:35 e João 6:39; Hebreus 7:26.
d. As obras de Deus são atribuídas ao Filho.
Criação: João 1:3; 1 Coríntios 8:6; Colossenses 1:16; Hebreus 1:10. Conservação: Colossenses 1:17; Hebreus 1:3. Ressuscitando os mortos e julgando: João 5:27-28; Mateus 25:31,32.
e. Ele recebe honra e adoração só a Deus devidas.
João 5:23; Hebreus 1:6; 1 Coríntios 11:24,25; 2 Pedro 3:18; 2 Timóteo 4:18.
- O Espírito Santo é reconhecido como Deus.
a. A Ele se atribuem os atributos de Deus.
Eternidade: Hebreus 9:14; Onisciência: 1 Coríntios 2:10; Onipresença: Salmos 139:7; Santidade: todas as passagens que aplicam o termo "santo" ao Espírito; Verdade: João 16:13; Amor: Romanos 15:30.
b. Ele está representado como fazendo as obras de Deus.
Criação: Gênesis 1:2; "movia" significa "chocava". Regeneração: João 3:8; Tito 3:5. Ressurreição: Romanos 8:11.
2. O Pai, o Filho e o Espírito Santo associam-se juntamenten numa base igual
Isto está feito:
.1. Na fórmula do Batismo - Mateus 28:19;
.2. Na Benção Apostólica - 2 Coríntios 13:14;
3. O Pai, o Filho e o Espírito Santo distinguem-se um do outro
- 1. O Pai e o Filho distinguem-se um do outro.
O Pai e o Filho distinguem-se como o que gera do gerado; e como o que manda do enviado. Cristo distinguiu-se do Pai quando orou ao Pai, como fez muitas vezes. Que a distinção assim implicada não foi temporal, continuando somente enquanto Cristo esteve na carne, está provado pelo fato que Cristo ainda intercede com o Pai (Hebreus 7:25; 1 João 2:1). Ele é um mediador perpétuo entre Deus e o homem (1 Timóteo 2:5) e assim é perpetuamente distinguido de Deus.
- 2. O Espírito distingue-se do Pai.
O Espírito distingue-se do Pai quando dEle se diz proceder do Pai e ser enviado pelo Pai (João 15:26; 14:26; Gálatas 4:6).
- 3. O Filho distingue-se do Espírito.
Jesus está referindo ao Espírito como "um outro Confortador" (João 14:16). E Jesus falou de Si mesmo como enviando o Espírito (João 15:26).
4. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são UM Deus
Trindade quer dizer tri-unidade, ou três-unidade. Mostramos que há três distinções na Divindade. Agora, para provarmos a doutrina da Trindade, mais que a doutrina de Triteísmo, devemos mostrar que os três, enquanto sendo distinguíveis um do outro, contudo são um. Isto está provado:
- 1. Pelo fato que cada um dos três é reconhecido como Deus - Já mostramos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são várias vezes reconhecidos como Deus na Escritura. Isto mostra Sua unidade, porque Deus está representado como sendo o Ser Supremo. Por essa razão não podia haver três Deuses. A supremacia só é possível a um só.
- 2. Pelo fato que os Três são iguais - Já discutimos a igualdade dos membros da Trindade. Igualdade absoluta é impossível sem identidade na essência, em a natureza e no ser.
A Doutrina da Trindade é mistério inescrutável e insolúvel às mentes finitas; entretanto não há nela nenhuma contradição
Não fazemos tentativas de negar ou de explicar o mistério da doutrina da Trindade. Alto mistério é que mentes humanas nunca podem sondar. Contudo, a doutrina da Trindade não é auto-contraditória. Deus não é três no mesmo sentido em que Ele é um. Ele é um em essência, natureza e ser; mas, nesta uma essência, natureza e ser há três distinções eternas que se nos representam de uma tal maneira que as chamamos pessoas. Quem pôde dizer que tais distinções são impossíveis em a natureza de Deus? Para fazer isso ter-se-ia de ter perfeito entendimento da natureza de Deus. De maneira que fazemos bem de aceitar o que a Escritura ensina e deixar o mistério para solucionar-se quando tivermos mais luzes, se semelhante luz que nos habilite a explicar e entender nos for sempre dada. O mistério vem por causa de nossa inabilidade para compreendermos totalmente a natureza de Deus.
A Doutrina da Unicidade - Definição, conceitos
Ao tratarmos da Unicidade de Deus, estamos tratando de um ramo da Teologia Sistemática, de "tamanha importância, que devemos nos curvar à Soberana Graça de Deus, que, sendo tão maravilhoso, tão excelso, tão sublime e tão grandioso, condescendeu-Se de sua grande glória para viver neste mundo, no corpo de um Homem chamado Jesus Cristo, que entregou sua vida, na mais humilhante morte de cruz, para salvar a humanidade.O que as Escrituras nos apresentam de Gênesis a Apocalipse é O ÚNICO DEUS, Soberano Criador, que revelou-Se no AT como o Grande EU SOU, que não revelou o Seu Nome, manifestando-se através de nomes-títulos, como ELOHIM (Deus), ADONAI (Senhor), e outros nomes compostos que revelam o caráter de Deus em favor do seu povo."
Unicidade é a qualidade daquele que é único. O dicionário define o adjetivo "único" como: (1) Que é um só; (2) De cuja espécie não existe outro; (3) Exclusivo, excepcional; (4) A que nada é comparável; (5) Superior a todos os demais".É isso que Deus, o Senhor diz de Si. "Eu Sou Deus, e fora de mim não há outro"; há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que Eu conheça".
Unicidade é a qualidade daquele que é único. O dicionário define o adjetivo "único" como: (1) Que é um só; (2) De cuja espécie não existe outro; (3) Exclusivo, excepcional; (4) A que nada é comparável; (5) Superior a todos os demais".É isso que Deus, o Senhor diz de Si. "Eu Sou Deus, e fora de mim não há outro"; há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que Eu conheça".
Os argumentos apresentados pelos teólogos que defendem a Doutrina da Trindade, na verdade, são subsídios para esclarecimento da Unicidade de Deus. Aqui tratarei da Doutrina da Unicidade segundo os conceitos dos defensores dessa doutrina. Segundo eles, a Unicidade de Deus não foi produzida por concepção de nenhum “pensador” judeu ou pagão. É Deus mesmo quem diz: “Ouve, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor" .(Dt 6:4). Afirmam que os Teólogos trinitários atribuem a Sabélio (cerca de 215 AD.), a quem chamam de herege.
O que eles chamam de "heresia" é, isto sim, a defesa da Unicidade de Deus. Na verdade Sabélio (que foi antecedido por Noeto, Epigono, Cleomenes, e o bispo Zeferino, no período entre 180 a 217), ensinou a mais fiel cristologia do Logos, a mesma defendida pelos apóstolos Paulo e João. Eis o ensino de Sabélio:
"Pai, Filho e Espírito Santo, são um só e o mesmo.São os três nomes do Deus Único que se manifesta de formas diferentes, segundo as circunstâncias. Enquanto Pai é o Legislador do Antigo Testamento, enquanto Filho, é encarnado, e enquanto Espírito Santo é o inspirador dos apóstolos.
Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas e transitórias, exatamente como se pode, a um mesmo indivíduo, atribuir diferentes títulos segundo os diversos papéis que venha exercer."
Os Teólogos unicistas declaram que tão bem conceituada foi a teologia defendida por Sabélio, que veio influenciar consideravelmente o desenvolvimento do que viria a ser a "Cristologia ortodoxa". Afirmam ainda que crítica derramada sobre Sabélio e os seus antecessores, era na realidade, política, por serem considerados "Monarquianos modalistas", ou "monarquianos dinâmicos", opostos aos "montanistas" (discípulos de Montano), como era o caso de Tertuliano, que conseguiu bastante influência com os "mestres" da Igreja, dada à sua habilidade literária.
Eles dizem não entender o porquê de os teólogos trinitários encontrarem somente Sabélio, quando tantos outros influentes "Pais da Igreja" defenderam tão claramente a doutrina da Unicidade de Deus citando, por exemplo: Inácio de Antioquia (110?), que foi discípulo do apóstolo João, que ensinava: “O Sacrifício de Cristo é o sangue de Deus" (vide Atos 20:28). Saudava os cristãos romanos em Jesus Cristo, nosso Deus, e afirmava que a Encarnação (o Cristo) foi a manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade". Calixto, afirmava: "Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível; Filho é designação própria daquele que era visível, ao passo que Pai é o Espírito que nele habitava. "Essa presença do Pai em Jesus é o Logos.”
Contudo, a Teologia que ensina e prova biblicamente que Deus é um só, em três manifestações, não é de autoria de Sabélio, nem de nenhum outro intérprete do período pós-apostólico. Irineu, Sabélio e os demais aprenderam dos ensinos paulinos e Joaninos. Para Paulo, a identificação do Cristo exaltado com a sabedoria, o Logos, era não somente fácil, mas também natural. E a sabedoria, o Logos era forçosamente pré-existente e devia ter estado sempre com Deus. Ele é o Espírito de Deus, a sabedoria de Deus; nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.
Os unicistas interpretam que no Evangelho de João, a pré-existência e a atividade criadora do Logos (a Palavra que se fez carne), merecem o mesmo lugar de destaque do pensamento de Paulo. Cristo é o Logos, o Verbo que estava com Deus, e o Verbo era Deus (Observemos: "O Verbo era Deus", não "um Deus"). Assim, conceituam que a Unicidade de Deus nas Escrituras são reveladas em:
- 1) “Eu Sou o Senhor teu Deus... não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:2,3);
- 2) “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Dt 6:4; Marcos 12:29);
- 3) “Eu, o Senhor, o Primeiro, e com os últimos, Eu mesmo” (Is 41:4).;
- 4) “Eu Sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem” (Is 42:8);
- 5) “Eu, Eu Sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador” (Is 43:11);
- 6) “Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu Sou o Primeiro e Eu Sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6);
- 7) Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que Eu conheça (Is 44:8);
- 8) Eu Sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há deus (Is 45:5);
- 9) Eu Sou o Senhor, e não há outro (Is 45:6);
- 10) Deveras Deus está em ti, e nenhum outro deus há mais (Is 45:14);
- 11) Porventura, não Sou Eu, o Senhor? E não há outro Deus senão Eu; Deus Justo e Salvador, não há fora de mim (Is 45:14);
- 12) Lembrai-vos das coisas passadas desde a Antiguidade: que Eu Sou Deus, e não há outro semelhante a mim (Is 46:9);
- 13. Ao único Deus sábio, seja dada glória por Jesus Cristo (Rm 16:27);
- 14) “... sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão Um Só” (1 Co 8:4);
- 15) Todavia, para nós há Um Só Deus, o Pai de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele (1 Co 8:6);
- 16) Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém (1 Tm 1:17);
- 17) Porque há Um Só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1 Tm 2:5);
- 18) “Um Só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4:6);19) Tu crês que há Um Só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem, e estremecem (Tg 2:19);
- 20) Ora, ao Único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre (Judas 25). O Único Deus revelou-Se em corpo humano.
Sabemos pelas Escrituras, de algumas intervenções diretas de Deus, para salvar, ou para julgar o seu povo, que resultaram em destruição de grande número de almas, porque o Santo Deus, não tolera a impiedade, e certamente toda a raça humana seria destruída, por uma intervenção divina, direta, ou através de anjos, uma vez que estes seres celestiais, ministros de Deus, não conheceram a natureza pecaminosa do homem. Graças a Deus! Pela sua infinita misericórdia, o Amor de Deus se revelou, no corpo humano de Jesus Cristo, para salvar os pecadores: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Dessa forma, Jesus Cristo é o Amor de Deus Revelado.
Jesus Cristo é a forma física de Deus. Eis o que Ele declara acerca de Si mesmo: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora O conheceis e O tendes visto”. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. E o Senhor lhe respondeu: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai e o Pai está em mim?” (João 14:16-10).“Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Antes que Abraão existisse, “EU SOU” (8:58). Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados (8;24).O apóstolo Paulo escreve ao Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus (ou seja: a forma física de Deus), não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl 2:5-8). Isto é, mesmo sendo Ele, a forma visível de Deus (o Emanuel), não se gloriou de ser Deus, não se revelou como Deus, mas sim, na qualidade de “servo”.
Conclusão
A vida cristã é um edifício construído tendo como base a Palavra de Deus, como paredes o conhecimento de Deus e como cobertura a fé de Deus. O que irá fazer você firmar suas convicções são as experiências proporcionadas por um relacionamento de submissão e profunda intimidade com esse Deus Trino, cuja magnificência é tão sublime que nunca nos será possível entender com a razão, com os sentidos ou com as emoções. Uma fé solidificada na Palavra, nunca será ameaçada por nenhum vento de doutrina, nunca será substituída por sofismas ou vãs filosofias.
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