sábado, 4 de julho de 2015

CHARLES MANSON, UM ÍCONE DO SATANISMO

Manson, atualmente

Você já ouviu falar de Charles Manson? Para muitos, ele é considerado uma lenda, o ícone da rebeldia. Para outros, a personificação do anticristo. Ou, ainda, o homem mais perigoso dos Estados Unidos, conhecido pelos americanos como um dos primeiros psicokillers da história daquele país. Ele tem sido tema de milhares de livros e artigos de jornais e revistas, documentários televisivos (inclusive na BBC de Londres, Inglaterra), canções, etc.

A biografia do mal

Manson, em 1969, logo após sua prisão

Seu nome é Charles Milles Manson, líder da seita The Family (A família). Nascido em Cincinnati, Ohio (EUA), em 12 de novembro de 1934, sua mãe, Katheline Maddox, era uma prostituta e lhe deu a luz ainda muito jovem, aos 17 anos de idade. Dizem que em uma certa tarde, num bar, ela estava com o pequeno Charles nos braços e, entre uma brincadeira e outra, uma garçonete quis comprar o menino. Ao que Kathheline respondeu seriamente: Uma jarra de cerveja e ele é seu. A proposta foi aceita. A inconsequente mãe saiu do bar sem o Charles. Dias depois, o menino voltaria para casa nos braços do tio, que percorreu todo o povoado à sua procura.

Charles foi pela primeira vez para a prisão aos 9 anos de idade. Foi solto. Mas regressou aos 12 anos, escapando em seguida. Com a tenra idade de 13 anos já havia se tornado um delinquente juvenil, com vários assaltos a mão armada e vasta ficha criminal. Aos 17 anos, foi para um reformatório em Indiana (EUA), e lá sodomizou outro jovem. Enquanto praticava o ato, sua vítima tinha uma navalha contra o pescoço. Até o ano de 1954, Charles foi transferido para várias instituições penais, obtendo liberdade condicional aos 19 anos. Foi então que começou a ter uma "vida normal".

Pouco tempo depois, casou-se com uma garçonete - com quem teve um filho - e trabalhava ocasionalmente. Para aumentar seus rendimentos, furtava veículos, cujo delito, posteriormente, acabou levando-o de volta à prisão. Solto, quatro anos depois, entrou para uma nova atividade: uma rede de prostituição. Baixinho, carismático, cheio de truques e com habilidade incomum para dominar os outros, fez com que duas belas e ricas jovens entregassem tudo o que tinham a ele. Acabou engravidando uma delas. Não satisfeito, drogou e violentou a outra. Resultado: foi condenado a dez anos de prisão por esse crime hediondo. Na cadeia, passou a escutar as músicas dos Beatles, aprendeu a tocar guitarra e começou a interessar-se pelo ocultismo. 

Envolvimento com o esoterismo


Ainda na prisão, inciou a leitura de livros budistas e orientalistas, tornando-se membro da Igreja da Cientologia. Conseguiu a liberdade condicional por bom comportamento em 27 de março de 1967 e foi para São Francisco, Califórnia. Era o verão do Amor e da Paz. As ruas estavam cheias de jovens desajustados que buscavam respostas para suas vidas nas drogas, como o LSD (Ácido Lisérgico). Por trás deles havia uma rede de avatares e gurus.

Não demorou muito e Manson conquistou o coração de uma grande parcela dessa juventude - jovens sem Deus gostam desse tipo de figura e, portanto, são presas fáceis -, tornando-se o centro da adoração. Entre esses seguidores, Marie Bruner, Susan Atkins e Robert Bossolator, todos de nível universitário que, até então, pertenciam a seitas satânicas. A maioria deles, sem direção para suas vidas, adotou Manson como uma espécie de guia espiritual. À medida que foram se organizando e mais pessoas agregavam-se a Igreja de Satanás e a Igreja do Juízo Final (de orientação satanista), Manson cresceu obcecado com a morte. Várias pessoas do grupo desapareceram de maneira misteriosa e até hoje não se sabe o que realmente aconteceu com elas. É um dos mistérios na história da polícia estadunidense.

Helter Skelter


Admirador fanático dos Beatles, Charles Manson passava horas e mais horas ouvindo seus discos em busca de pistas e símbolos ocultos. Fundamentou todos os outros atos criminosos que se seguiram no grupo nas interpretações pessoais da música dos Beatles. Quando esse conjunto lançou o disco denominado White Album (Álbum Branco, em português), Manson gastou fortunas em cartões de crédito roubados ligando para Londres, e deixava vários recados, como, por exemplo: Diga ao Paul [MacCartney] e ao John [Lennon] que entendi tudo! (fato confirmado depois pelo músico Paul MacCartney). No Álbum Branco, segundo Manson, os brancos eram os Piggies e a revolução negra era descrita em Black Bird. Revolution Number 9 virou a revelação número 9 e serviu como ligação entre a confusa ideologia adotada por sua família com o Apocalipse do Novo Testamento. Helter Skelter (mais uma música dos Beatles) era a senha para o início da grande conspiração que faria do hippie de um metro e cinquenta e oito centímetros de altura o "líder da humanidade".

Caso Sharon Tate e LaBianca, o ápice da maldade de Manson e sua "família"


Há 46 anos (9 de agosto de 1969), a atriz Sharon Tate, com apenas 26 anos, foi assassinada na Califórnia a mando do psicopata Charles Manson. Grávida de 8 meses e esposa do diretor de cinema Roman Polanski, de Bebê de Rosemary (1968) e Chinatown (1974), entre outros grandes filmes, Tate protagonizou involuntariamente um absurdo roteiro de filme B de horror.

Tate e Polanski apaixonaram-se durante as filmagens do filme A Dança dos Vampiros, em 1967. No início das filmagens, Polanski teve pouca paciência com a atriz Sharon, chegando a rodar setenta vezes uma mesma cena para ficar satisfeito. Após o filme, foram viver juntos em Londres, onde se casaram em 20 de janeiro de 1968. Logo depois, mudaram para uma mansão no coração de Hollywood.

O brutal crime foi praticado por 4 integrantes de A Família, espécie de seita criada por Manson. Além de Tate (apunhalada 16 vezes), os assassinos vitimaram Wojciech Frykowski (apunhalado 51 vezes), amigo de longa data de Polanski, a namorada de Frykowski, a milionária herdeira da indústria do café, Abigail Folger, o cabelereiro Jay Sebring, que chegou a ser noivo de Tate e tornou-se grande amigo do casal após o casamento da atriz com Polanski, e Steven Parent, assassinado na estrada próxima à casa de Tate, no bairro de Bel Air, em Los Angeles.

No dia do crime, Polanski trabalhava na produção de seu novo filme, O dia do delfim, na Europa, que nunca foi realizado. Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Leno LaBianca, dono de supermercados, e sua esposa Rosemary, e matou os dois.

Para Polanski, a tragédia familiar repetiu-se: sua mãe, Bula Polanski, foi assassinada grávida de 4 meses na câmara de gás no campo de concentração de Auschwitz na Segunda Guerra Mundial.

Logo que os assassinatos foram descobertos, os meios de comunicação informaram-se com os bisbilhoteiros de Hollywood e começaram a agitar alusões a orgias, festas com drogas e magia negra. Não apenas a comunidade mais puta, mas também a mais insegura do mundo, Hollywood estava tentando achar uma explicação que culpasse pura e simplesmente as vítimas e assim reduzisse a ameaça a Hollywood como um todo. O raciocínio corrente era de que Sharon e aqueles que morreram com ela eram responsáveis pelas suas próprias mortes, porque tinham se metido em práticas sinistras e andavam com uma turma errada. Nada do gênero podia jamais ter acontecido a gente comum, decente e temente a Deus. O fato de um casal perfeitamente normal, os LaBianca, haver sido assassinado em circunstâncias similares no dia seguinte foi convenientemente ignorado.

A imprensa na época explorou até o osso todos os detalhes do crime. A revista Time publicou: “foi uma cena tão sinistra quanto tudo descrito nas explorações em filmes de Polanski, dos aspectos escuros e melancólicos do caráter humano”.
Não cabe detalhar os detalhes tétricos do crime arquitetado por uma figura doentia como Charles Manson. 

Charles Manson, o mentor intelectual das chacinas, Tex Watson, Patricia Krenwinkel, Susan Atkins e Leslie Van Houlen, todos condenados à morte, tiveram suas penas comutadas para prisão perpétua quando as leis da Califórnia foram mudadas em 1972. Linda Kasabian, que participou dos ataques mas não matou ninguém, recebeu imunidade e atuou como testemunha de acusação contra os ex-companheiros durante os julgamentos, sendo, como testemunha ocular, a principal peça para a condenação de todos. O promotor Vincent Bugliosi, escreveu em 1974 o livro Helter Skelter, contando em detalhes o Caso Tate-LaBianca, um best-seller nos Estado Unidos com mais de 7 milhões de exemplares vendidos.

À exceção de Susan Atkins que morreu na prisão em 2009, todos os outros assassinos continuam a cumprir suas penas em prisões da Califórnia, tendo sido negados através dos anos todos seus pedidos de liberdade condicional.

Em 1977, Polanski envolveu-se num escândalo sexual após ter sido acusado de estuprar uma menina de 13 anos. Fugiu dos Estados Unidos a fim de evitar uma pesada condenação. O diretor continuou a realizar filmes, mas não retornou aos Estados Unidos. Em 2002 foi galardoado in absentia com o Oscar de Melhor Diretor pelo comovedor filme sobre a era do Holocausto, O Pianista.

A libertação do mal


Enquanto escrevo este artigo, em algum lugar em nosso país, e por que não dizer do mundo, há milhares de mentes doentias e diabólicas atuando. Pessoas que deixaram o ego e o senso de importância se incharem e, com isso, perderam todo o respeito por quem quer que seja. Controlam os outros por meio da manipulação da culpa e da vergonha. Será que há esperança para as vítimas desses abusadores? Sim, o Evangelho de Cristo. Se este evangelho for pregado e entendido adequadamente, trará o refrigério. A liberdade que encontramos em Jesus Cristo ecoa em todas as páginas do Novo Testamento. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (Jo 8:36). Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens (1 Co 7:23).


Documentário dublado sobre Charles Manson

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