sexta-feira, 12 de junho de 2015

MOTIVAÇÃO, A FORÇA PROPULSORA

Nossas ações e reações não acontecem por acaso. Há situações em que demonstramos muita persistência e satisfação em desenvolver tarefas para alcançar um objetivo. Há ocasiões em que iniciamos atividades após relutar contra a alta de vontade. Parece que somos arrastados sem o menor gosto e não raramente procrastinamos, desistimos, ou, ainda, chegamos à reta final com muito esforço - às vezes até com incentivos externos.

As necessidades geram motivação. A necessidade de conhecer a Palavra de Deus nos motiva a ler a Bíblia, por exemplo; a necessidade de fazer os filhos crescerem saudáveis e inteligentes motiva pais a cuidarem deles, a ensiná-los, a investirem neles.

Motivação é o termo utilizado para designar os estados internos que ativam o organismo resultando em comportamentos. No início da vida, somos motivados a mamar porque temos fome, a dormir porque temos sono. A motivação surge a partir da importância que atribuímos ao que desejamos obter. Ela é considerada pelos estudiosos do comportamento como a "mola propulsora" que impulsiona e mantém ações organizadas até alcançar o objetivo. Uma vez satisfeita a necessidade, a motivação específica deixará de existir.

A tarefa de levar o filho pequeno para a escola é considerada pela mãe como um objetivo diário. Várias ações são organizadas em função dessa necessidade:preparar-lhe um banho, alimentação, verificar o material e o lanchinho, observar horários e finalmente chegar ao objetivo, ver o filho entrar na escola. Com a sensação gostosa de dever cumprido, a mãe só terá motivação para toda essa maratona no dia seguinte, quando novamente a necessidade se fizer presente.

A motivação traz, também, sentimentos de auto-satisfação, pela possibilidade de ultrapassar barreiras, alcançando as metas propostas. Sem motivação é difícil desenvolver uma tarefa, vencer obstáculos e alcançar objetivos.

Enquanto a motivação nasce no interior da pessoa, o incentivo surge de manifestações externas. Elogios, palavras de apoio ou de reconhecimento nos incentivam a continuar alguma atividade para as quais nem estávamos tão motivados.

Por meio da observação do comportamento de uma pessoa, podemos perceber se ela está motivada ou não. Talvez seja a oportunidade para compreendermos a situação e ajudá-la através de incentivos positivos como encorajamento e estímulo. Podemos, também, através de incentivos negativos, levar alguém à derrota. "De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim", Tiago 3:10

A pessoa motivada age substancialmente diferente em termos de velocidade e desempenho. Segundo Cofer e Appley [Charles N. Cofer e M.H. Apley, psicólogos e terapeutas comportamentais autores do livro "Psicologia de la Motivación", sem tradução no Brasil], as ações motivadas se distinguem das não motivadas em alguns aspectos, entre eles:

  • O comportamento motivado é relativamente ativo e persistente. A pessoa não desiste com facilidade. Quanto maior o motivo, maior será a persistência do organismo para realizá-lo.
  • O comportamento motivado tende a encontrar o equilíbrio.

Apesar de entendermos a importância da motivação para as nossas ações diárias, nem sempre estamos motivados para as atividades que precisamos desenvolver. Muitas vezes, agimos não de forma espontânea, mas por obrigação. Nessas ocasiões, fazemos o que temos a fazer e a atividade se torna um fardo pesado. Há casos em que as nossas experiências diárias não trazem bons motivos para mantermos sequências de ações e acabamos abandonando a tarefa pelo meio do caminho. Uma reflexão quanto a importância e valor do objetivo que desejamos alcançar, nos ajudará a desenvolver atitudes mais saudáveis.

Se permitirmos que o Espírito Santo atue em nosso interior, o nosso exterior refletirá os efeitos. Pela fé em Jesus, ganhamos motivação para entender o plano de Deus para a nossa vida e também para torná-lo viável e prático.

Na Bíblia temos casos de pessoas que encontraram motivação para viver vitoriosamente apesar das dificuldades. Vou citar duas mulheres que viveram essa realidade. Agar foi abandonada com seu filho e desprezada. Não possuía aparentemente nenhuma motivação para continuar vivendo, andando errante pelo deserto de Berseba. Sua motivação era para estar distante do filho o suficiente para não vê-lo morrer de sede. Deus, então, mandou seu falar com ela. Agar sentiu-se motivada para viver e criar o seu filho, após entender o plano que Deus tinha para ambos (Gênesis 21:14-19).

Em Mateus 15:21-28, lemos a história de uma cananéia que, motivada pela fé no poder de Jesus, venceu barreiras e chegou até Ele: buscava a libertação de sua filha e alcançou a vitória. Como prêmio, recebeu também a salvação eterna.

Assim como essas mulheres e tantas outras pessoas na Bíblia, nós também podemos estar estimulados para enfrentar as experiência diárias usando a fé e confiança em Deus como elementos mantenedores do nosso entusiasmo. Grandes vitórias servem como referencial para novas motivações.

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