sexta-feira, 1 de maio de 2015

VIDA E MORTE ESTÃO NO PODER DAS PALAVRAS

“Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura.” Provérbios 12:18

Todo mundo já ouviu a frase que fala que às vezes uma palavra mal dita, dói mais do que um tapa. A Bíblia trata a nossa língua como uma poderosa arma, com ela “bendizemos o Senhor e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição” (Tiago 3:9,10).

“Não pode ser assim!” diz a Palavra de Deus (Tiago 3:10). Quando nos convertemos a Deus recebemos o desafio de controlar essa “arma”. Talvez no começo seja um pouco difícil, pois estamos acostumados a falar coisas ruins na hora da raiva, fazer fofocas, desejar isso e aquilo para tal pessoa… Mas isso tem que acabar. Somos chamados a ser luz e sal, transmitir o amor de Deus. Somos o meio que Deus quer usar para alcançar as pessoas, não podemos estragar tudo, por conta do que dizemos.

Língua convertida


Uma forma eficiente de mudar nosso jeito de falar com as pessoas é manter um diálogo com Deus. Ele vai transformando-nos, tirando palavras indesejáveis de nossa boca e colocando palavras de bênção e cura, ao ponto das pessoas conseguirem ver essa mudança.

A Palavra de Deus diz que “a língua dos justos é prata escolhida” (Provérbios 10:20). Aqueles que servem a Deus devem ter sempre coisas boas para falar, nunca coisas negativas. As palavras dos justos têm que ser de vida e de esperança, por isso pedir sabedoria a Deus sempre que formos falar algo, principalmente quando for um conselho, é essencial.

Deus quer que usemos nossa língua para abençoar, motivar, ajudar, evangelizar, curar, e não para espalhar maldade, fofoca, para ferir. Já que ela é tão poderosa ao ponto de ferir como espada, vamos usá-la de modo inteligente, falando sempre coisas agradáveis, dando elogios, uma palavra de conforto. Ás vezes, isso é tudo que as pessoas querem.

Há muitas pessoas que carregam feridas causadas pela língua de alguém. As palavras que elas ouviram nunca saíram de suas mentes e isso as consome. Que não sejam as nossas palavras causadoras de feridas, mas palavras de cura e restauração!

“Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade.”


A comunicação pode dar vida ou matar o relacionamento na família, na sociedade e na igreja. O lar e a igreja podem ser um retrato do pentecostes, onde a comunicação é entendida por todos, ou uma maquete da torre de Babel, onde prevalece a confusão. Analisando Efésios 5:25, 29, vou listar abaixo os fundamentos de uma comunicação que produz vida. Antes de abrirmos a boca precisamos fazer algumas perguntas:

1 - O que vou falar é verdade?
Antes de fazer algum comentário, de espalhar informações, de tecer uma crítica, precisamos nos certificar de que estamos falando a verdade, se nossa fonte é na verdade. A mentira é de procedência maligna, ela SEMPRE está a serviço do inferno.

2 - O que vou falar é puro?
O cristão - ou melhor, qualquer pessoa, mas para o cristão, com um "peso" maior - não pode ter uma linguagem torpe, suja, imoral, inconveniente, constrangedora, chula. Uma pessoa que foi purificada pelo sangue de Jesus não pode ter nos seus lábios piadas indecentes, impropérios, maledicências carregadas de veneno.

3 - O que vou falar é uma palavra boa?
Há palavras que não tem nenhum proveito. Não são boas em sua essência, em seu conteúdo e propósito. Há palavras que machucam e ferem muito mais do que atitudes. São veneno mortífero. São devastadoras como fogo. Semeiam a contenda entre os irmãos (companheiros, amigos, cônjuges...), o pecado que Deus abomina.

4 - O que vou falar edifica?
Há tempo de falar e tempo de ficar calado (o problema é que muitas vezes os outros não respeitam o tempo do silêncio da gente). Só devemos abrir a boca se o que vamos falar trouxer edificação. Nossa língua deve ser medicina para os doentes, nossas palavras doces como o mel para os amargurados. Nosso lar, nossa Igreja (congregação) e o meio social no qual estamos inseridos devem tornar-se um ambiente mais agradável ao abrirmos a nossa boca. Nossa língua deve ser fonte de vida e não uma cova da morte.

5 - O que vou falar é necessário?
Nossa fala precisa ser útil, pertinente, proveitosa, sincera, séria e direta, sem hipocrisias, discriminações e preconceitos. A nossa palavra não deve ser egoísta, mas deve ajudar a outra pessoa efetivamente. Não basta falar a verdade, é preciso ser motivado pelo amor. Há aqueles que usam a língua como chicote, metralhadora, para açoitar, metralhar os aflitos em nome da verdade. Nossa língua deve ser uma fonte de onde jorra torrentes de encorajamento e consolo para os transeuntes cansados na jornada da vida.

6 - O que vou falar transmite graça aos que ouvem?
Antes de abrir a boca, preciso estar seguro das minhas reais motivações. As palavras da minha boca são agradáveis na presença de Deus? Vão melhorar a vida das pessoas que me ouvem? Elas serão mais encorajadoras na vida cristã? Há pessoas com que vale a pena conversar. Suas palavras são tônico a alma, bálsamo para o espírito. Ouvi-las é beber a largos sorvos de uma fonte cristalina, onde nossa sede é saciada e nossas forças são renovadas. Já outras nos dão enorme contribuição quando permanecem de boca bem fechada. 

Sob as prerrogativas da comunicação desses 6 tópicos façamos uma auto análise: numa escala de 1 a 10, como você se avalia na área da comunicação? E Deus, como te avalia, que nota te dá? O que as pessoas que te ouvem pensam sobre você? Sua língua é instrumento de vida ou veículo de morte? Com a palavra, a voz da sua consciência.

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