Ei cacildis, ta ligadis? A biografia do humorista Mussum, intitulada "Mussum forévis" vai ganhar uma adaptação para os cinemas com o ator Ailton Graça. Segundo informações, o cineasta Roberto Santucci, de "Até que a sorte nos separe", deve dirigir o longa, que ainda não tem data de estreia. Mussum fez fama na trupe de comédia Os Trapalhões, com os inseperáveis Renato Aragão, Dedé Santana e Zacarias.
Mussum
Antônio Carlos Bernardes Gomes, o eterno e inesquecível Mussum, foi um humorista célebre, da nobre casta do gênero, há tempos merece essa homenagem, esse reconhecimento. A nova geração, graças aos recursos da internet teve a imperdível oportunidade de conhecer a arte e a obra desse brilhante comediante. A comunidade Mussum Forevis no Facebook é a prova disso. Mussum foi o mais popular do quarteto "Os Trapalhões", apesar de a mídia manobrada pela Rede Globo ter colocado o chato e sem graça Renato Aragão, o Didi, no pedestal da fama.
O humorista morreu jovem, aos 53 anos, no dia 19 de julho de 1994 em decorrência de um transplante de coração mal sucedido. O apelido Mussum nasceu durante uma apresentação de Antônio Carlos Bernardes com seu grupo Originais do Samba durante um programa de tevê. Quem deu o apelido foi ninguém menos do que o genial Grande Otelo – ator, cantor e comediante. Quem aconselhou que Mussum falasse com ‘is’ no fim das palavras foi o comediante Chico Anysio. Assim nasceram: "como de fatis", "tranquilis" e "não tem problemis". Aliás, ele ainda não era humorista assumido e fazia participações na Escolinha do Professor Raimundo.
Além de humorista, Mussum tinha um envolvimento muito grande com a música. No samba, regravou faixas de Adoniram Barbosa (Saudosa Maloca, Samba do Arnesto e As Mariposas) e gravou uma das primeiras composições de sucesso de Zeca Pagodinho (Chiclete de Hortelã). Na bossa nova, gravou uma música de Vinicius de Moraes e ganhou um festival ao lado de Elis Regina. Quem convenceu Mussum a entrar para Os Trapalhões foi Dedé Santana, que era fã de Originais do Samba, famoso grupo que fez sucesso no samba nas décadas de 1970 e 80, do qual era integrante. Mussum também teve também uma marcante participação em projetos sociais nas décadas de 80 e 90, Entre eles, a doação de um consultório odontológico para a Comunidade do Morro da Mangueira. Mussum é, sem dúvida, um artista genuinamente nacional - infinitamente melhor que o Chaves, diga-se - que está eternizado em nossa memória.
Aílton
A escolha de Aílton Graça para o papel foi muito boa. Além das semelhanças físicas, Aílton tem se revelado um ator de talento inquestionável. O ator se destacou com o personagem cômico Silas, na novela "Avenida Brasil" (2012), em que fez par romântico com Heloisa Perissé. Em 2013, foi convidado para viver um ex-seminarista que desistiu da carreira para ser pai de Juliano, Bruno Gissoni, em "Flor do Caribe".
Nascido em São Paulo, ele é apaixonado por Carnaval e já até conquistou o posto de mestre-sala e coreógrafo de algumas escolas de samba como Gaviões da Fiel e X-9 Paulistana. Ao longo de sua jornada, o artista trabalhou como camelô, fiscal de lotação e vendedor, mas foi no teatro que Aílton encontrou sua vocação.
O paulista integrou vários grupos de teatro, inclusive o do Hospital do Servidor Público Estadual, que alegrava os pacientes internados. O ator estreou nos cinemas em 2003, com o papel de dono do tráfico de drogas de dentro da cadeia, em "Carandiru". Dois anos depois, participou da primeira novela, "América", de Gloria Perez, ganhando destaque com o personagem o mulherengo Feitosa.
Daí Aílton não parou mais. Ele participou de mais de dez folhetins, seriados e minisséries, dentre eles "Cobras e Lagartos" (2006), "A Grande Família" (2009) e "As Cariocas" (2010). A filmografia do artista também não deixa a desejar, com mais de 15 trabalhos, incluindo "Meu Tio Matou um Cara" (2005), "Os Desafinados" (2008) e "Até Que a Sorte nos Separe" (2012). Atualmente no ar como o emblemático personagem da travesti Xana, Aílton, em perfeita parceria com Viviane Araújo, rouba a cena no folhetim das nove na Globo, "Império", de autoria de Aguinaldo Silva. Enfim, o filme biográfico sobre Mussum é sucesso na certa.
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