Esse da foto é Cai Changqing, de 12 anos, que em 2011 chocou moradores da China após ser descoberto que ele era mantido acorrentado, em condições quase sub-humanas, junto com o cachorro, na casa do tio, Cai Quan, na província de Heilongjiang. De acordo com ele, a "medida" era para o próprio bem do menino, que tem problemas mentais e fugia constantemente. Será que foi só um caso isolado lá nos idos de 2011? Será que é só lá na China?
O título desse artigo é o refrão da música "Rock da Cachorra", do cantor Eduardo Dusek, sucesso na década de 1980, era uma engraçada crítica - que, inclusive, gerou duras críticas de membros de entidades protetoras de animais - a uma prática que ainda hoje é muito comum: pessoas que preferem animais aos seres humanos. Na verdade, o ideal seria animais e humanos em plena harmonia, cada um na sua.
Atualmente temos visto muitas pessoas defendendo os animais. São ONGs, sites, entidades, delegacias, movimentos... tudo em defesa dessa ou daquela espécie. Na madrugada do dia 18 de outubro de 2013, a apresentadora Luiza Mell - que desde 2002 compra brigas em rede nacional para defender cães, gatos e outros animais que sofrem abandonos e maus-tratos -, ao lado de outros ativistas, invadiu e libertou cães e coelhos usados como cobaias pelo Instituto Royal. O laboratório foi denunciado pela realização de testes de produtos das indústrias cosmética e farmacêutica em seres vivos. O fato é que, se a mocinha queria mais visibilidade conseguiu, pois o assunto bombou na mídia. A moça, obviamente, foi aplaudida por muitos. Mas, por que não há quem faça isso para libertar crianças que estejam na mesma situação?
Recentemente determinado cantor, cujo nome é o gerúndio do som da "fala" do cachorro, trocando as duas últimas sílabas por "no", promoveu uma badalada festa, recheada de celebridades, todas muito bem acompanhadas por seus bichinhos de estimação, em comemoração ao aniversário de seu macaquinho. Ao mesmo tempo, a mãe de uma das filhas do cantor, reclamava na justiça o não pagamento da pensão alimentícia da garota.
Freud explica
Pesquisas mostram que o forte apego ao animal de estimação, caracterizado pela humanização do animal, é um fenômeno causado por carências do homem moderno. O indivíduo, ao preferir a companhia de um animal ao convívio com outros seres humanos, procura uma garantia de lealdade e autenticidade no relacionamento, aspectos difíceis de conseguir de forma satisfatória nas relações entre pessoas. Garantem os pesquisadores. O tema já foi capa da revista Superinteressante, da Editora Abril.
Realmente, quem diz gostar mais de animais do que de seres humanos tem seus motivos. De fato, somos a única espécie que mata por prazer, que explora, tortura e destrói o próprio ambiente onde vive. A raça humana é uma espécie de "câncer" sobre a Terra, em uma análise mais radical do problema. Porém, não somos todos ruins. Na verdade, as pessoas nascem boas e tornam-se mais revoltadas e agressivas de acordo com o ambiente em que são criadas e se convivem com amor ou com ódio.
Há quem acredite que as pessoas não nascem boas e que já “vêm de fábrica” com a maldade embutida. Isso realmente é discutível, mas o que não se pode discutir é que exemplos de amor e compaixão são capazes de mudar até os corações mais duros. Dizer que você não gosta tanto de pessoas quanto gosta de animais só faz seus amigos e familiares pensarem que não têm valor para você, que não merecem seu voto de confiança. Para piorar, eles vão entender que você se acha superior e desconsiderar seus argumentos em prol dos animais. Uma vez que você não mais acredita na capacidade humana de melhorar, está desacreditando também que um dia haverá a tão sonhada abolição animal. Acreditar nas pessoas é ter energia para lutar também pelos animais não humanos.
Se você quer que as pessoas olhem com mais respeito para todos os animais, acredite nelas, acredite que elas podem melhorar neste sentido assim como você melhorou um dia e lembre-se que muitas pessoas são mais desenvolvidas que você em diversos outros aspectos da vida. Ora, se não há pessoas boas, quem cuidará dos animais? Ou, seria quem prefira os animais seres melhores?
Nos EUA, existem 3800 abrigos para animais maltratados e 1500 para mulheres que sofreram abuso. Gente é mais complicada do que animal… Allison Schrager, economista, fala da forma como as pessoas ajudam animais e não se preocupam com outros humanos.
Tem alguma coisa errada comigo (sim, estou falando por mim, claro. Não sei o que VOCÊ sente). Eu ando na rua, vejo um mendigo com um cachorro e fico fascinado pelo cão. Não sinto pena do cão. Sinto pena do homem. Mas é o cão que me fascina. Dói um pouco se olhar no espelho. Dá vontade de levar o animal pra casa, cuidar dele, dar banho, comida e uma boa cama para ele dormir (quiçá, ao meu lado, na minha cama...). E o mendigo? Ah, ele não é um problema meu, tadinho.
Gosto de animais, mas preciso amar as pessoas
Sou contra qualquer tipo de maus tratos com qualquer animal que seja. Qualquer pessoa que faça violência contra qualquer tipo de animal deveria ser preso. Entretanto, eu só não consigo sentir mais pena de um gato atropelado que de um jovem afundado em drogas, por exemplo. O argumento da maioria dos defensores dos animais e odiadores de humanos é “Eu sou muito mais meu cachorro, ele é bem melhor que muitas pessoas por aí”. Ok, vamos por parte. Primeiro, seu cachorro é irracional, animais não amam: comprovação ciêntifica,e até que a ciência prove o contrário, animais não amam. Não que ele te suporta, é que ele não te entende, sacou? E se as pessoas vivem longe de você ou te evitam, nem sempre são elas as chatas, o chato no caso, é você.
O ser humano que não sente pena de outro ser humano que passa por dificuldades é um lixo. É claro, você vai argumentar dizendo que “animais não abandonam filhos, animais não matam seres da mesma espécie”... Quanto a isso, vou pedir que você se encaminhe a biblioteca mais próxima e passe algumas horas lendo livros de biologia.
O ser humano é perverso? É cruel? É falso? É!!! Mas o ser humano é o único que pode te amar e ajudar de VERDADE. Porque na hora do sufoco, não será um abano de rabo que irá te tirar de lá. É claro que nem por isso você não pode se apegar a um animal de estimação ou amá-lo, você pode sim, claro, mas a história prova que pessoas que tratam animais de estimação como FILHOS possuem sérios problemas de convivência social. Além do mais, DEUS, o criador dos homens e dos animais, nos deixou como mandamento amar ao próximo - ou seja, aos da MESMA ESPÉCIE - como a nós mesmos e nunca deu tal orientação quanto a qualquer animal. Portanto, fazer o contrário, é ir - mais uma vez - contra um dos principais mandamento do Senhor. À obra da criação - incluindo os animais, meras criaturas - Deus avaliou como "bom". Na formação (formação, ou seja, obra das próprias mãos) do homem Deus avaliou como "muito bom" e o considerou como a "coroa de toda sua criação". Onde se posicionam as coroas? Isso mesmo, no topo! Ler Gênesis 1, se quiser confirmar. Enfim, gosto muito dos animais, mas preciso amar ao meu semelhante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário