quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CAMINHO DAS ÍNDIAS

Imagem Lord Ganesha, principal divindade cultuada na Índia

No início da minha conversão, ali já quase na metade da década de 1990, a igreja evangélica vivia no auge do que eu chamarei de "febre missionária". Nesse cenário, não faltavam conferências, seminários, congressos e afins cujo enfoque era a obra missionária. Lembro-me como hoje de jovens entusiasmados indo à frente, no final das ministrações, "entregarem-se" como missionários. O mais interessante era que, 99,99% desses iminentes missionários(as), afirmavam que Deus os tinha chamado para irem atuar na África. 

Das duas uma, ou todo entusiasmo não saiu do campo das emoções ou Deus "anda muito devagar", pois a julgar pela quantidade de missionários "chamados" para a África, já era para esse continente estar todo convertido. O que me intrigava era a "predileção de Deus" pela África, enquanto outros países como a Ásia e a Índia, por exemplo, carecia (e ainda carecem) de uma atuação missionária mais expressiva. Ou seja, enquanto jovens "missionários" "brigavam" para irem fazer missões na África, outras nações padeciam sem o conhecimento do Evangelho da paz. E justamente sobre a Índia, que se fosse uma questão de escolha, era para onde eu gostaria de ir fazer missões, que vou falar nesse artigo. Boralá viajar comigo?

Dados Gerais

ÁREA: 3.287.782 km²
CAPITAL DA ÍNDIA: Nova Délhi
POPULAÇÃO: 1,21 bilhão (estimativa 2010)
MOEDA DA ÍNDIA: rúpia indiana
NOME OFICIAL: República da Índia (Bharat Juktarashtra). 
NACIONALIDADE: indiana
DATA NACIONAL: 26 de janeiro (Proclamação da República); 15 de agosto (Independência); 2 de outubro (aniversário de Gandhi).
FORMA DE GOVERNO: República Parlamentarista
PRESIDENTE: Pranab Mukherjee
PRIMEIRO-MINISTRO: Manmohan Singh
LOCALIZAÇÃO: centro-sul da Ásia
FUSO HORÁRIO: + 8 h30min em relação à Brasília
CLIMA DA ÍNDIA: clima de monção (maior parte), clima tropical, equatorial (S), árido tropical (NO), de montanha (N).
CIDADES DA ÍNDIA (PRINCIPAIS): Mumbai (ex-Bombaim), Calcutá, Nova Délhi; Madras, Bangalore.
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO: indo-arianos 72%, drávidas 25%, mongóis e outros 3% (censo de 1996).
IDIOMAS: hindi (oficial), línguas regionais (principais: telugu, bengali, marati, tâmil, urdu, gujarati).
RELIGIÃO: hinduísmo 80,3%, islamismo 11% (sunitas 8,2%, xiitas 2,8%), cristianismo 3,8% (católicos 1,7%, protestantes 1,9%, ortodoxos 0,2%), sikhismo 2%, budismo 0,7%, jainismo 0,5%, outras 1,7% (em 1991).
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 310 hab./km2
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,6% ao ano (1995 a 2000)
TAXA DE ANALFABETISMO: 37% (2006).
RENDA PER CAPITA: US$ 3.900 (estimativa 2012).
IDH: 0,554 (Pnud 2012) médio
ECONOMIA DA ÍNDIA: Produtos Agrícolas: algodão em pluma, arroz, chá, castanha e caju, juta, café, cana-de-açúcar, legumes e verduras, trigo, especiarias, feijão. Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos, camelos, búfalos, aves. Mineração: minério de ferro, diamante, carvão, asfalto natural, cromita. Indústria: alimentícia, siderúrgica (ferro e aço), têxtil, química e medicamentos.
PIB: US$ 4,78 trilhões (estimativa 2012). Força de Trabalho: 498,4 milhões de trabalhadores (estimativa 2012). Consulado da Índia em São Paulo: Av. Paulista, 925, 7o andar - Cerqueira César, São Paulo - SP - CEP 01311-100, tel. (0xx11) 3171-0340 / 3171-0341, fax (0xx11) 3171-0342. Embaixada da Índia: SHIS QL 08, CONJ. 08, CASA 01, Lago Sul - Brasília, DF. Tel. (061)3248-4006, fax (061) 3248-7849, E-mail: indemb@indianembassy.org.br
RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Banco Mundial, Comunidade Britânica, OMC, FMI, ONU.

Histórico





Berço de uma civilização antiquíssima, que remonta a 2500 a. C., a Índia é um mosaico de povos, culturas e religiões. Dominada por potências ocidentais que ali estabeleceram rotas mercantis desde o século 16, a Índia permaneceu sob colonização britânica por quase 200 anos. A independência veio em 1947, sob liderança de Mahatma Ghandi. Mesmo assim, conflitos religiosos entre hindus e mulçumanos acarretaram a divisão do território em dois Estados - no mesmo ano, foi criado o Paquistão, para abrigar a comunidade islâmica. Desde então, os dois países permanecem em estado de guerra que vez por outra explode em violentos conflitos de fronteira. Este sempre a possibilidade de uma guerra, inclusive com uso de armas atômicas.

Contrastes paradoxais



Gopura - torre do maior templo hindu do mundo, localizado em Nova Dheli

A Índia é um a terra de paradoxos. Avançadíssima, a tecnologia local faz prodígios. O país é o maior exportador mundial de softwares, por exemplo. Contudo, a pobreza é uma dura realidade. A vida é pautada por rígidos princípios religiosos. A sociedade divide-se em castas que não se relacionam entre si. A mais elevada é a dos sacerdotes. A mais baixa, a dos párias, constitui-se de pessoas em total estado de miséria, que não devem nem ser tocadas pelas demais. 

Animais são considerados sagrados. Os bovinos não podem ser abatidos para alimento, apesar da situação famélica de grande parte do povo. Nas grandes cidades, como Mumbai (mais de 15 milhões de habitantes), pessoas e bichos, inclusive ratos e macacos, também vistos como divindades, convivem no mesmo espaço, o que piora as já péssimas condições de higiene. Doenças infecto-contagiosas como a lepra e a leptospirose alastram-se sem controle.

Extensões e espiritualidade


Sétimo país em extensão territorial e segundo em população, a expectativa é de que, em 2050, a Índia bata a China em número de habitantes, atingindo a espantosa marca de 1 bilhão e meio de pessoas. Entre os indianos, fertilidade é sinônimo de prosperidade e bênção, mesmo sem nenhuma perspectiva de um futuro melhor para as novas gerações. O hinduísmo, religião de 75% da população, ensina uma conduta fatalista. Prega a necessidade de sucessivas reencarnações a fim de que o indivíduo purifique seu carma, ou seja, o conjunto de obras e atitudes acumuladas ao longo das diversas existências. 

Assim, a pessoa sofre numa vida devido a erros cometidos na anterior, e não há nada a fazer senão conformar-se. Não existe salvação da alma - o que os hindus creem é  na possibilidade do estado brama, espécie de iluminação incorpórea definitiva, algo semelhante ao nirvana dos budistas. Práticas ritualísticas, como banhos sagrados, melhoram a condição do fiel. Tudo, claro, exclui por completo a pessoa e a obra de Cristo.

"Jai masih Ki"



 

Brama, Vishnu e Shiva, as principais divindades do hinduímo

O ano de 1999 estava apenas começando quando um brutal assassinato atraiu a atenção mundial para Manoharpur, uma cidade praticamente desconhecida, encravada no norte da Índia. Em certa noite, o missionário evangélico australiano Graham Staines dormia com os dois filhos em seu carro, estacionado próximo à igreja onde trabalhava, quando foram cercados por uma multidão furiosa. 

Pai e filhos acabaram trucidados e queimados vivos. Longe de ser um fato isolado, o crime escancarou aos olhos de todos a difícil situação dos cristãos naquele lugar, como de resto em todo a imensa nação do pacificador Mahatima Gandhi. Com mais de 1 bilhão de habitantes, a Índia é o berço de grandes religiões como o hinduísmo e o budismo. 

Terra dos deuses - há, no panteão hindu, cerca de 330 milhões de divindades e assemelhados -, o país abriga templos dedicados até a animais. Pelas avenidas de suas metrópoles e nas ruazinhas dos remotos vilarejos, perambulam gurus e homens considerados santos, alguns inteiramente nus, já que uma das inúmeras crenças locais prega o naturalismo absoluto.

Hindus naturalistas, cuja principal características é não usar nenhum tipo de roupa

Apesar de o Estado indiano ser democrático e resguardar, oficialmente, a liberdade religiosa, superstições milenares e a crescente perseguição de grupos radicais, como os ativistas muçulmanos, compõem um quadro de oposição ao cristianismo. Mesmo assim, segundo missionários que atuam por lá, tem sido cada vez mais comum ouvir, aqui e ali, saudações como Jai masih Ki, frase que equivale ao nosso popular "a paz do Senhor". 

Mesmo no norte da Índia, região que se situa dentro da célebre Janela 10-40 - imensa área imaginária do globo terrestre que inclui as regiões menos evangelizadas - e onde os dados oficiais registram que menos de 1% da população é cristã, é cada vez maior a presença de obreiros protestantes. Esses bravos irmãos sonham com o dia em que o cristianismo vai influenciar o modo de vida dos indianos. 

Não é absurdo prever que, nas próximas décadas, a quantidade de cristãos chegue a 15% da população - o que num país com a explosão demográfica da Índia, significaria algo em torno de 250 milhões de pessoas. Então, a palavra Bhagaw - usada para se referir ao Deus Jesus - deixará de ser mencionada apenas nos guetos e poderá ser tão ou mais conhecida como Brama, Shiva ou Vishnu, as principais divindades hindus.

Tradicional ritual do banho para "purificação" nas fétidas e poluídas águas do Rio Ganges, onde é comum haver corpos boiando de pessoas que morrem por afogamento, justamente na prática do ritual

[Fonte: Portas Abertas] 

KENNETH HAGIN, "A VOZ DA CURA"

Inicio aqui uma série de artigos especiais sobre homens e mulheres cujos nomes são marcantes – quer positiva, quer negativamente – no cenário religioso (NÃO especificamente o segmento cristão/evangélico) contemporâneo. Esclareço que não é meu intuito levantar críticas ou julgamentos a nenhuma das pessoas que serão relacionadas na série. Entretanto, não assumo o compromisso de concordar com nenhuma delas e muito menos ainda defender pontos doutrinários. Tentarei ser imparcial ao máximo e ater-me-ei aos fatos. O primeiro nome a abrir a série é Kenneth Erwin Hagin (McKinney, 20 de agosto de 1917 — Tulsa, 19 de setembro de 2003).

Kenneth Hagin ficou conhecido como “A Voz [ou o Profeta] da Cura”, e mentor de Bud Wright, também falecido, líder do Centro de Treinamento Bíblico Rhema. Hagin era doente devido a um defeito cardíaco congênito, e leucemia. Segundo seu testemunho registrado em sua vasta literatura, em 1933, ele foi visitado por Jesus Cristo e curado das doenças. Hagin foi hospitalizado numa UTI do coração desde o dia 14 de setembro de 2003 e faleceu de complicações do coração em casa no dia 23 de setembro de 2003, mesmo tendo testemunhado o tempo todo e escrito afirmando ter sido curado de várias doenças, inclusive do coração. A sua irmã morreu de câncer e seu genro, Buddy Harrison, também morreu de câncer, mesmo sendo a cura divina, obtida através da confissão positiva, a principal coluna de seu ministério.

A história


Kenneth Hagin é um nome familiar a milhões de evangélicos em todo o mundo. Pudera – durante décadas, ele capitaneou um extenso trabalho que influenciou incontáveis igrejas e ministérios com sua teologia carismática, marcada pela crença nos dons do Espírito Santo e nos milagres como cura divina, libertação e revestimento de poder na vida do crente. 

Hagin foi um dos principais líderes evangélicos do século 20. Pregador eloquente percorreu o mundo em cruzadas de evangelismo e milagres. Escreveu mais de 100 livros e seus programas de rádio e TV atingiam dezenas de países. Contudo, foi devido aos seus ensinos que o pastor tornou-se mais conhecido, admirado e também contestado.

Foi ele quem estabeleceu as bases da confissão positiva, ou teologia da prosperidade. Trata-se de um conjunto de doutrinas que enfatizam a autoridade espiritual do crente sobre os fatos e circunstâncias, incluindo a própria saúde e condição financeira.

O legado


A vida de Kenneth Hagin foi marcada pela fé. Relatos de milagres ocorridos através dele se multiplicam. Alguns ocorridos com o próprio avivalista – sua biografia registra que sofria de uma doença degenerativa do coração. Desenganado, ouviu dos médicos que viveria apenas alguns meses. Para piorar, padecia em uma cama, paralisado da cintura para baixo. Ao ler um trecho dos evangelhos, Hagin um belo dia entendeu que precisaria ter fé e decretar a própria cura. Partiu para a prática: orou, sentou-se na cama e jogou as pernas para fora. Imediatamente, voltou a andar. Desde então, nunca mais teve problemas com doenças. Ao menos era o que ele afirmava.

Kenneth Hagin também deixou marcas no Brasil. Além de inspirar pregadores e líderes, ele mudou a maneira como milhões de crentes veem e praticam a fé. Foi ainda fundador do Centro de Treinamento Bíblico Rhema Brasil, entidade internacional, que funciona aqui sob a coordenação do Ministério Verbo da Vida (Igreja Evangélica Verbo da Vida). Adotando o ensino prático das Escrituras, o Rhema promove a abertura de escolas e igrejas, divulga a mensagem através da mídia, além de distribuir materiais de áudio e vídeo e muito material impresso Hagin era considerado um mestre da Palavra, apesar disso, não escapou das contestações de sua doutrina e é considerado por muitos um “falso profeta” que consideram sua literatura de “conteúdo é espúrio, herético e absolutamente antagônico aos ensinamentos das Sagradas Escrituras”.

Os discípulos


Os ensinamentos de Kenneth Hagin influenciaram diretamente um grande número de pregadores norte-americanos, a começar de Kenneth Copeland, Benny Hinn, Frederick Price, John Avanzini, Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Hobart Freeman, Jerry Savelle, além do sul coreano Paul (David) Yonggi Cho. No Brasil alguns líderes evangélicos também abraçaram sua teologia como RR. Soares, André Valadão (Ministério Fé, da Igreja Batista da Lagoinha), Robson Rodovalho (Sara Nossa Terra), Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus), Waldomiro Santiago (Igreja Mundial do Poder de Deus), o “patriarca” Rene Terranova (Ministério Internacional da Restauração, Manaus), Jorge Tadeu (Igrejas Maná - Portugal), Cássio Colombo (o “tio Cássio”), do Ministério Cristo Salva, em São Paulo, o “apóstolo” Miguel Ângelo (Igreja Evangélica Cristo Vive), além, obviamente da “apóstola” Valnice Milhomens, líder do Ministério Palavra da Fé, que conheceu os ensinos da confissão positiva na África do Sul.

Os ensinos


Abaixo um resumo dos principais pontos que permeiam os ensinamentos de Kenneth Hagin, conforme registrados em livros de sua autoria, em especial, o mais vendido de todos, "O Nome de Jesus":

“Jesus se tornou como nós éramos: separado de Deus. Porque provou a morte espiritual por todos os homens. Seu espírito, seu homem interior, foi para o inferno em nosso lugar... A morte física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem — a morte espiritual” (O Nome de Jesus, p.25);

“Jesus é a primeira pessoa que já nasceu de novo. Por que o seu espírito precisava nascer de novo? Porque ficou alienado de Deus. Lembra-se como ele exclamou na cruz: ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’” (O Nome de Jesus, p.25);

“O pecado separa de Deus. A morte espiritual significa a separação de Deus. No momento em que Adão pecou, ficou separado de Deus... A morte espiritual significa mais do que a separação de Deus. A morte espiritual significa ter a natureza de Satanás” (O Nome de Jesus, p.26);

“Lá embaixo na masmorra do sofrimento — lá nos fundos do próprio inferno — Jesus satisfez as reivindicações da Justiça para todos nós, individualmente, porque ele morreu como nosso substituto” (O Nome de Jesus, p.28);

“Quando a pessoa nasce de novo, toma sobre si a natureza de Deus — que é vida e paz. A natureza do diabo é ódio e mentiras... Jesus provou a morte — a morte espiritual — por todos os homens... Jesus se fez pecado. Seu espírito foi separado de Deus, e ele desceu para o inferno em nosso lugar” (O Nome de Jesus, p.27);

“Acrescentamos algo que Jesus não disse. Adicionamos outra coisa: ‘Deus fará, se fora a sua vontade — mas pode não ser a sua vontade’, temos dito. Não se acha este tipo de conversa no Novo Testamento” (O Nome de Jesus, p.13);

“Não orei uma só oração em 45 anos sem obter uma resposta. Sempre recebi uma resposta — e a resposta foi sempre “sim”. Algumas pessoas dizem: Deus sempre responde às orações. Às vezes diz: ‘Sim’, e às vezes diz: ‘Não’. Nunca li isto na Bíblia. Trata-se apenas de raciocínio humano” (O Nome de Jesus, p.14); 

“Se a nossa mente pudesse compreender o fato de que Satanás está paralisado, despojado da sua armadura pelo Senhor Jesus, e que a doença e a enfermidade são servas deste Homem; que, ao som da Sua voz, elas devem ir embora, seria fácil viver neste Âmbito da Ressurreição” (O Nome de Jesus, p.47);

“Na realidade, eis o que é a vida eterna: Deus comunicando toda a sua natureza, substância e ser aos nossos espíritos... Louvado seja Deus! Tenho a vida e a natureza de Deus. Tenho dez vezes mais sabedoria e entendimento do que o restante da classe” (Zoe: A Própria Vida de Deus. pp.10,29);

“Deus nos fez tão semelhantes a si mesmo quanto lhe foi possível. Fez-nos para pertencer à sua própria categoria... O Senhor fez o homem como o seu substituto aqui na terra. Ele constituiu-o como rei para governar tudo o que tinha vida. Vivia em termos de igualdade como Criador” (Zoe: A Própria Vida de Deus, pp.50,51);

“O Senhor é um Deus de fé. Tudo o que tinha a fazer, fê-lo pela Sua Palavra” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p 51);

“Esta vida eterna que Ele veio nos dar é a natureza de Deus” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 9);

“Na realidade, eis o que é a vida eterna: Deus comunicando toda a sua natureza, substância e ser aos nossos espíritos” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 10);

“Já sabemos, portanto, que o homem é espírito. Sendo espírito, encontra-se na mesma categoria de Deus, porque Deus é espírito” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 15);

“Louvado seja Deus! Isto me foi concedido, porque tenho a vida e a natureza de Deus (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 29);

“O Senhor fez o homem como o Seu substituto aqui na terra... O homem era Senhor... Vivia em termos de igualdade com o Criador” (Zoe: A Própria Vida de Deus, pp. 50, 51);

“Muitos membros do Evangelho Pleno não sabem, por exemplo, que o novo nascimento é a real participação na natureza divina. Não sabem ainda que são filhos e filhas de Deus tanto quanto o próprio Jesus” (p. 55);

“Jesus foi primeiramente divino e depois humano. E, na carne, Ele foi um ser divinohumano. Quanto a mim, fui primeiramente humano como você, mas eu nasci de Deus. E, desta maneira, tornei-me num ser humano-divino!” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 55);

“Eis quem somos: somos Cristo”! “(Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 57)”;

“Se bem atentarmos, verificaremos que Adão era o deus deste mundo” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 64);

“Se eu permanecer em Deus e junto dEle, meus direitos estarão plenamente assegurados. Ninguém poderá oferecer-me nada melhor. Nem o próprio Senhor Jesus tem uma posição melhor diante de Deus do que você e eu temos” (Zoe: A Própria Vida de Deus, p. 79);

“Seu espírito, Seu homem interior, foi para o inferno em nosso lugar... A morte física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem — a morte espiritual... A morte espiritual significa mais do que a separação de Deus. A morte espiritual significa ter a natureza de Satanás... Jesus Se fez pecado. Seu espírito foi separado de Deus, e Ele desceu para o inferno em nosso lugar... Lá embaixo na masmorra do sofrimento — lá nos fundos do próprio inferno Jesus satisfez as reivindicações da Justiça para todos nós... Deus no céu disse: "É suficiente". Depois, O ressuscitou. Trouxe Seu espírito e alma para cima, tirando-os do inferno.”

“Quando Jesus foi gerado? A maioria das pessoas pensa que Ele foi gerado quando entrou no mundo como o Menino de Belém. Não! Oh, não! Gerado significa nascido. O Filho de Deus não nasceu quando tomou sobre Si a carne humana... Não nasceu quando veio para o mundo; sempre existiu com o Pai (...) Quando foi, então, que Jesus foi gerado? Quando Ele foi ressuscitado! Naquela manhã da Ressurreição.” (O Nome de Jesus, pp. 25-28);

“Deus quer que seus filhos usem a melhor roupa. Ele quer que eles dirijam os melhores carros e quer que eles tenham o melhor de tudo... simplesmente exija o que você precisa” (New Thresholds of Faith, 1985, p. 55);

“Muitos crentes confundem humildade com pobreza. Um pregador certa vez me disse que fulano possuía humildade, porque andava num carro muito velho. Repliquei: "Isso não é ser humilde — isto é ser ignorante". A ideia que o pregador tinha de humildade era a de dirigir um carro velho. Outro observou: "Sabe, Jesus e os discípulos nunca andaram num Cadillac". Não havia Cadillac naquela época. Mas Jesus andou num jumento. Era o "Cadillac" da época — o melhor meio de transporte existente.” (A Autoridade do Crente, p. 48);

“Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi. Cada homem que nasceu de Deus é uma encarnação e o cristianismo é um milagre. O crente é uma encarnação tanto quanto o foi Jesus de Nazaré” (Word of Faith, dezembro, 1980, p. 14);

“Fisicamente, nascemos de pais humanos e participamos da sua natureza. Espiritualmente, nascemos de Deus e participamos da Sua natureza” (Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus, p. 96).

A obra


Os principais títulos da obra literária de Kenneth Hagin são:

Não desista! A sua fé levará você à vitória.

Curso de estudo cura bíblica

O Espírito dentro de nós e o Espírito sobre nós

Casamento, divórcio e novo casamento

Línguas depois do dia de pentecostes

A igreja triunfante

A Oração que Prevalece para a Paz

A Arte da Intercessão

A Respeito dos Dons Espirituais

Alimento da Fé - Devocionais, 2002

A Autoridade do Crente, 2002

A Família de Deus, 2000

A Fé para Remover Montanhas

A Palavra de Deus - um Remédio Infalível, 2000

A Questão Feminina, 1999

Bem-Aventurado

Compreendendo a Unção

Compreendendo Como Combater o Bom Combate da Fé

Chaves Bíblicas para a Prosperidade Financeira, 2000

Como Liberar a Sua Fé

Curso de Estudos da Fé Bíblica, 1989

Crescendo Espiritualmente

El Shaddai, 1989

Extraordinário Crescimento da Fé

É Necessário Que os Cristãos Sofram?

Jesus a Porta Aberta, 2000

O Homem em Três Dimensões, 1990

O Nome de Jesus, 1999

O que Fazer Quando a Fé Parece Fraca e a Vitória Perdida

Pensamento Certo Ou Errado, 2000

Planos Propósitos & Praticas

Redimidos da Miséria da Enfermidade e da Morte, 1990

Seguindo o Plano de Deus

Sete Passos Vitais para Receber o Espírito Santo, 1990

A fé real, 1992

Novos Limiares da Fé, 1985

A Igreja Triunfante

Línguas

O Espírito em Nós e o Espírito Sobre Nós

O Senhor é o nosso Pastor

El Shaddai - O Deus mais do que suficiente.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FILMES QUE EU VI - ESPECIAL: "VIDAS SEM RUMO", CULT DOS ANOS 80 IMPREGNADO NA MINHA MEMÓRIA

Nesse artigo eu vou falar de um clássico que marcou minha adolescência, assim como, creio eu, a de muitos outros dos da minha geração. "The Outsiders [aqui] Vidas Sem Rumo", é um filme extremamente poético, com fotografia belíssima, interpretações marcantes e uma trilha sonora bem conduzida. Destaque para a canção "Stay Gold" Interpretada por Stevie Wonder e composta por Carmine Coppola (✰1910/✞1991 - avô do ator Nicolas Cage e filho do cineasta Francis Ford Coppola e diretor do longa). Cult nos anos 80 (foi produzido em 1983), o filme lançou atores que viriam a ser astros - alguns estão na ativa até hoje, outros foram lançados no limbo do esquecimento - do cinema hollywoodiano.
Quando o diretor Francis Ford Coppola decidiu adaptar o best-seller adolescente "The Outsiders" (1967, Saraiva, 192 páginas), da escritora Susan E. Hilton para o cinema, criou não só um clássico dos anos 80 como também uma vitrine para novos astros de Hollywood. "Vidas sem Rumo" revelou para o mundo uma safra de estrelas como Matt Dillon ("Drugstore Cowboy" - 1989), Ralph Macchio ("Karatê Kid" - 1983), Patrick Swayze (✰1952/✞2009 - "Ghost, Do Outro Lado da Vida" - , Rob Lowe e Emilio Estevez ("O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas" - 1985), C. Thomas Howell ("A Morte Pede Carona - 1986) e o mais bem sucedido de todos, Tom Cruise ("Top Gun, Ases Indomáveis" - 1986, a franquia "Missão Impossível", dentre muitos outros).

Gravado na memória


É difícil falar sobre algo que você gostou na infância ou adolescência porque seu julgamento pode ser manipulado pela nostalgia. Ainda assim, lendo o livro da Susan E. Hinton e revendo o filme do Coppola (Como não gostar de algum filme de Coppola?) posso perceber que "The Outsiders (Vidas Sem Rumo)" é uma história bonita para jovens, na qual qualquer adolescente pode encontrar seu retrato de alguma forma. Até porque a autora o escreveu com apenas 16 anos, o que dá mais autenticidade aos sentimentos dos personagens e às situações que eles enfrentam.

A história


Não é minha intenção dar spoiler, mas sim aguçar seu interesse em ver (e/ou rever) esse filme que, embora não tenha sido um grande sucesso no cinema e ter sido recebido com reservas pela crítica especializada, é, sem dúvida, um super clássico que vale muito a pena assistir.
Em um subúrbio da pequena cidade de Tulsa, Oklahoma, Ponyboy Curtis (C. Thomas Howell) é o caçula de uma turma, formada ainda por Darrel Curtis (Patrick Swayze) e Sodapop Curtis (Rob Lowe). Os três órfãos tentam sobreviver onde tudo se restringe a "mexicanos pobres" e "ricaços". A trinca descende de mexicanos, amarga empregos em postos de gasolina e sofre com a perseguição da polícia. Também fazem parte da gangue Dallas Winston (Matt Dillon) e Johnny Cade (Ralph Macchio), ainda um projeto de marginal. Eles tentam vencer e amadurecer enfrentando os ricos, mas nem tudo acontece como eles planejam. Os acontecimentos são vistos pela ótica Ponyboy, que gosta de poesia e "...E o Vento Levou".

Conclusão


O que eu mais gostei em "Vidas Sem Rumo" é a forma com as delicadas relações de amizade entre os Greasers são mostradas. Jovens que se unem na desgraça, que superam suas diferenças com respeito, que apoiam uns aos outros em qualquer tipo de situação. A dinâmica entre os irmãos Curtis é muito crível, inclusive as birras infantis de Ponyboy com o irmão mais velho, que levam involuntariamente ao evento trágico que muda o destino de alguns e afeta a todos, forçando o amadurecimento dos garotos. Enfim, pode pegar o saco de pipoca, o refri ou o suco e assistir a essa maravilha da sétima arte com a marca registrada dos brilhantes anos oitenta. Ah, e se tiver oportunidade, não deixe de ler o livro também. 

  • Caso queira ver o filme completo dublado é só clicar ➫ aqui.

Ficha Técnica:


Título: The Outsiders (Original)

Ano produção: 1983

Dirigido por: Francis Ford Coppola

Estreia: 25 de Março de 1983 (Mundial) 

Duração: 91 minutos

Classificação: 16 anos 

Gênero: Drama Policial, Romance

País de Origem: Estados Unidos da América
Roteiro: Kathleen Rowell, Marjorie Bowers, S.E. HintonS.E. Hinton, Stephen H. Burum

Produtores: Fred Roos, Gian-Carlo Coppola, Gray Frederickson, Kim Aubry

A Deus, o Pai, toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
         E nem 1% religioso.

CARVALHOS DE JUSTIÇA

Você já parou para analisar o quanto a Bíblia fala sobre o carvalho no Antigo Testamento? Por diversas vezes e em contextos específicos, o Senhor usa essa árvore como figura de linguagem. Eu tive curiosidade de saber um pouco mais sobre o carvalho e compartilho o resultado da minha curiosidade nesse artigo.

O carvalho é um gênero de árvore classificada de dicotiledôneas cupulíveras. Há cerca de trezentas espécies de carvalho. Ela ocupa o primeiro lugar entre as árvores por causa da sua longevidade, suas grandes dimensões e qualidade da madeira. Muitas tradições em todo o Mundo consideram o carvalho como uma árvore sagrada devido à sua robustez e majestosidade. Considerava-se que havia uma forte relação de poder com os céus pelo fato de os carvalhos atraírem os raios e, por esse motivo, controlarem os trovões e as tempestades. Estas árvores estavam assim em contato com as divindades e representavam-nas de alguma forma na Terra. Símbolo de força moral e física, como o atesta a sua expressão em latim, robur, o mesmo termo utilizado para robustez e força, o carvalho representa a árvore por excelência e, através dela, o centro ou o eixo do Mundo.

O carvalho e as culturas religiosas


Na Idade Média, considerava-se que o carvalho tinha uma influência mágica sobre o tempo e a madeira de carvalho fazia parte das poções da feitiçaria que provocavam trovoadas e tempestades. Era a árvore de Zeus, na Grécia, de Júpiter, em Roma, e de vários outros deuses do Norte e do Leste da Europa. O bosque da deusa Diana estava cheio de carvalhos que eram também o símbolo da deusa. As coroas que homenageavam os soldados romanos pelos seus feitos nas batalhas eram feitas de folhas de carvalho e bolotas, o fruto não comestível gerados pelos carvalhos.

A sua importância como meio de comunicação entre o Céu e a Terra, ou entre os homens e as divindades, é notória em muitas culturas. O carvalho tem uma grande relevância na simbologia bíblica. Abraão recebeu as revelações de Deus junto a um carvalho, tanto em Hebron como em Siquém. O Antigo Testamento mencionava também que a morada de Abraão em Hebron era junto a um frondoso carvalho. Ulisses, na Odisseia, consulta o carvalho de Zeus no seu regresso a casa. Plínio, o Velho, mencionou os druidas celtas relacionando o seu nome com o nome celta de carvalho, duir, e por isso passaram a ser conhecidos posteriormente como "homens de carvalho".

Esta comparação devia-se ao facto de os druidas serem considerados homens de sabedoria e força, qualidades também atribuídas ao carvalho. Os celtas assumiram o carvalho como uma divindade e um símbolo de acolhimento ou lar e também uma espécie de templo, dado o seu forte tronco e os seus ramos e folhagens espessos. Por esta razão, na Irlanda, as igrejas eram chamadas de dairthech, "casas de carvalho", o mesmo nome que entre os druidas significava bosque sagrado.

O carvalho e a Bíblia


Carvalho (Heb. אַלּוֹן= allon), esta palavra hebraica com formas diferentes, segundo o contexto ao qual estiver inserida - segundo os tradutores da Bíblia, diversos termos hebraicos são traduzidos por carvalho, no entanto, alguns deles trata-se do terebinto -,  aparece 22 vezes na Bíblia - todas as passagens estão registradas no Antigo Testamento -  (Gn. 12:6; 13:18; 14:13; 18:1; 35:8; 46:14; Nm. 26:26; Dt. 11:30; Js. 19:33; Jz. 4:11; 9:6, 37; 1 Sam. 10:3; 1 Cr. 4:37; Is. 2:13; 6:13; 44:14; Ez. 27:6; Os. 4:13; Am 2:9; Zc. 11:2).

Os carvalhos são as principais árvores dos bosques e florestas naturais de Israel. As três espécies que crescem lá têm em comum sua madeira forte e dura e todas alcançam uma grande altura e chegam a uma idade muito avançada. O nome hebraico, Allon, significa carvalho (Amós 2:9). Florestas de carvalhos extensivos ainda existem em Basã, e estes, juntamente com os cedros do Líbano, simbolizada orgulho e a altivez (Is 2:13; Zc 11:2). O povo de Tiro fez os remos para os seus navios de carvalhos de Basã (Ez 27:6 ). Na Bíblia o pé de carvalho é o símbolo da força: ‘(o amorreu) era forte como os carvalhos’ (Amós 2:9).

Existem na Síria cerca de nove espécies de carvalho, e quase outras tantas variedades (Isaías 6:13; 44:14; Oséias 4:13; Amós 2:9). Há na Palestina carvalhos solitários, não cortados para fazer uso da lenha, que atingem grandes alturas. Quando a terra foi colonizada pelos cananeus, era, provavelmente, a Palestina ocidental tão rica de montados, como o é hoje a Palestina oriental.

A relação do Carvalho com a cor vermelha


Em Israel, encontra-se a espécie que a Botânica classifica como Quercus Calliprinus (quercus: carvalho em latim). Dela, os israelitas extraíam o tanino, usado para curtir o couro (Atos 1:6).

E também, há outro variante da árvore, identificada como Quermes (as palavras vermelho e vermelhão tem origem etimológica neste nome). O Carvalho Quermes serve de fonte de alimento para um inseto também conhecido como Quermes, que por meio de seu bico longo extrai a sua seiva da árvore e chega a morrer no processo de alimentação. Dos corpos secos deles se produz o corante vermelho. Referências bíblicas sobre o corante: Ezequiel 23:14; Jeremias 22:14.

Esta cor, em hebraico "shani" e "shani tolaat", é traduzida ao português como escarlate , vermelho. Em 2 Crônicas 2:7 ela é vertida ao nosso idioma como carmesim. A tintura é bem conhecida desde os tempos mais remotos: usada nas peças de roupa dos sacerdote e sumo sacerdote (Êxodo 28:6, 8, 15). Como também é mencionada em outras situações: o fio pendurado na janela da prostituta de Jericó (Josué 2:18); Saul usava roupas na cor escarlate (2 Samuel 1:24); o carmesim era cor conceituada (Lamentações 4.5); um manto escarlate foi posto sobre Jesus para fazer zombaria (Mateus 27:28; Lucas 23:11). "Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" - Isaías 1:18.

A árvore


Na Palestina, o carvalho acha-se representado principalmente pelo carvalho de Quermes, do qual há exemplares de uma circunferência entre 6,5 à 8 metros. Outra abundante espécie é a Valônia do Levante, isto é o carvalho decíduo de cúpula espinhosa: empregam-se as suas bolotas no curtimento de peles, mas os árabes servem-se delas como alimento.

Alguns carvalhos são sempre viçosos, mas outros são precoces, deixando cair as suas folhas no outono. É esta uma clara distinção que seria feita mesmo numa idade não científica. Que era esse o caso entre os antigos hebreus, depreende-se de duas passagens de Isaías: ‘sereis como o carvalho, cujas folhas murcham’ (1:30); e, ‘Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco’ (6:13).

Abraão habitava nos carvalhais de Manre; em Siquém, Jacó usou um pé de carvalho como esconderijo; Rebeca foi sepultada debaixo de uma dessas árvores (Gênesis 13:18; 35:4; 35:8). Josué erigiu uma grande pedra aproveitando-se da sombra do carvalho; o Anjo do Senhor assentou-se debaixo desta árvore que estava em Ofra; Absalão ficou preso pela cabeça em seus galhos; a madeira do carvalho foi usada para praticar idolatria; os remos dos barcos da Síria eram feitos da madeira do carvalho (Josué 24:26; Juízes 6:11,19; 2 Samuel 18:9; Isaías 44:14; Ezequiel 6:13; 27:6).

O Carvalho dos Adivinhos


Em algumas traduções bíblicas, em Juízes 9:37, encontramos a expressão “Carvalho dos Adivinhos” , ou “Planície de Meonenim”, ou “Carvalho de Meonenim”. Sempre usada como nome próprio. Meonenim é o particípio intensivo do verbo “anan”, que significa “praticar agouros”, uma prática proibida que era desenvolvida como negócio debaixo dos carvalhos, provavelmente por cananeus e israelitas apóstatas (2 Reis 2:16; 2 Crônicas 33:6; Levíticos 19:26). Sobre a adivinhação, veja também Deuteronômio 18:10,14; Miquéias 5;12.

Alguns carvalhos serviam como locais para adoração de ídolos (Os 4:13), e sepultamentos ocorriam sob eles (Gn 35:8) . O carvalho tem uma vida longa e, quando envelhece ou é cortado, ele tem a capacidade de se renovar, lançando novos brotos do toco ou raízes e com o tempo se transformam em árvore grande. Em sua profecia descrevendo o destino do povo judeu, para os quais foi decretado que eles deveriam sofrer grandes perdas , o profeta Isaías usa a imagem do velho carvalho (juntamente com uma Elá , Terebinto) que está perto do portão de Shallekhet em Jerusalém e que frequentemente tinha seus galhos e tronco cortado, apenas o seu coto permanecia Mas, se ainda ficar a décima parte dela, tornará a ser destruída. Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derribados, ainda fica o toco, assim a santa semente é o seu tocols  6:13.

O carvalho em Israel


Evidências desse fenômeno podem ser vistas em muitos carvalhos em Israel hoje. A mais famosa e, provavelmente, o mais velho deles , é "o carvalho de Abraão" em Hebron. Este carvalho, ou um de seus antepassados, é mencionado no Apócrifos - Jubileus e Tobit - como a árvore sob a qual Abraão recebeu os reis. Flávio Josefo (Ant. , 1:186 ; cf . Guerras, 4:533 ) também fala disso. Jerônimo escreve que Tito vendeu 10.000 cativos da Judéia sob esta árvore . Desde o terceiro século muitos peregrinos judeus e cristãos têm mencionado que esta árvore é considerada sagrada. É uma arvore  da espécie Quercus calliprinos, que constitui a maioria dos bosques, nas colinas da Judéia e da Galiléia . A maioria deles parecem com arbustos como resultado de cortes contínuos e por serem roídos por cabras.

Algumas árvores gigantes ainda sobrevivem (como por exemplo no Aqua Bella, agora chamado Ein Ḥemed). As outras duas espécies de carvalhos que crescem em Israel são caducifólias. Nas colinas da Baixa Galiléia (nas proximidades de Tivon e Allonim) existem bosques de carvalho Tabor (Quercus ithaburensis) . Esta árvore pode também ser vista no Ḥurshat Tal no vale Huleh onde existem cerca de 200 árvores gigantes (50 pés de altura com troncos de 16 pés ou mais de circunferência). A terceira espécie é o Quercus infectoria (Quercus boissier ) , chamado em hebraico  como carvalho tola, por causa do verme carmesim (tola) que vive de seus ramos. Esta árvore que tem um tronco alto e reto altura, é chamado na Mishná de milah ou milast (Mid. 3:7) .

O carvalho e nós - os "carvalhos de justiça"


Todas ás vezes que nos deparamos com problemas em nossa vida, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência. Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida dessas situações adversas.

Pois é, essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta, eles observam logo o carvalho (existindo no local, é claro), que naturalmente é a árvore que mais absorve as conseqüências de temporais. 

Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo! Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Por absorver as conseqüências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força.

Muitas vezes uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça! Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme! Assim somos nós.Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes! Um pouco marcados. Muitas vezes com aparência abatida, mas fortes!!! Com raízes bem firmes e profundas na terra! 

Podemos, com isso, compreender o que o nosso PAI maravilhoso quis nos ensinar, quando disse que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece. E também a confiança do rei Davi quando cantou: _"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque Tu estás comigo..."Por isso quando olhar pela janela o lindo alvorecer, lembre-se de que não há temor com os infortúnios do dia, porque DEUS está consigo!

Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida dessas situações adversas. "A fim de que sejamos chamados carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor, para sua glória." - Is 61:3

Linda, maravilhosa, perfeita canção composta por Kleber Lucas e magistralmente interpretada pelo magistral Carlinhos Felix, faixa do cd "Carlinhos Felix - Ao Vivo", de 1998.

Fonte: Enciclopédia Judaica

TEUS ALTARES

Ao longo da Bíblia, várias passagens contam que homens de Deus erigiram altares ao Senhor. Era uma maneira de adorar a Deus, estabelecer pactos com ele, celebrar alianças ou deixar marcos que lembrassem às gerações futuras os grandes feitos que o Senhor operara entre seu povo. Ao observarmos a trajetória dos patriarcas hebreus Abraão, Isaque e Jacó, veremos que eles levantavam altares quase que continuamente, tenso cada um deles uma motivação espiritual.

O significado do altar vai além dos ritos cerimoniais. Sob o ponto de vista espiritual, o altar representa lugar de sacrifícios. É ali que devemos tomar nossas decisões e fazer nossas escolhas. Há uma passagem no livro do Gênesis em que Deus disse a Jacó: "Levanta-te, sobe [o altar sempre estará "localizado" nos lugares altos] a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão". O Senhor dá uma ordem clara para Jacó, ordenando-lhe que ele volte para Betel. Espiritualmente falando, Betel significa a "casa de Deus".

No livro de Provérbios 22:28, encontramos uma advertência: "Não removas os marcos antigos que fizeram teus pais." O altar é uma posição espiritual, onde ouviremos a voz de Deus e iremos sacrificar tudo aquilo que possa estar desagradando ao Senhor. Altares são marcos importantes. É através deles que zelamos por nossas próprias vidas, espiritualmente, emocionalmente e naturalmente.

Os altares e seus significados

As Escrituras mencionam vários tipos de altares. Há, por exemplo, o ALTAR DAS DECISÕES. Em Gênesis 12:7, 8, está o seguinte relato: "Apareceu o Senhor a Abraão e lhe disse: 'Darei à tua descendência esta terra.' Ali edificou Abraão um altar ao Senhor." Abraão armou sua tenda em Betel, ao ocidente, e Ai, ao oriente. Naquele momento, o patriarca estava indeciso quando ao rumo que deveria tomar. A decisão era séria, já que afetaria toda sua casa e, mais adiante, sua geração, aquela mesma que, segundo o Senhor herdaria a terra. Ele tinha decidir se iria para Betel -  a casa de Deus - ou se haveria de Seguir para Ai (lugar de destruição), uma simbologia das propostas enganadoras do mundo natural.

As nossas decisões precisam ser tomadas sobre o altar que edificamos ao Senhor, e no tempo em que devem ser tomadas. Hoje, muitos de nós estamos assim como Abraão se encontrava entre Betel e Ai - precisamos fazer a escolha certa. Não podemos errar. Quando nos encontramos nessa situação, o melhor caminho é levantar um altar ao Senhor e permanecer diante dEle, invocando-O até que nos responda, dando-nos a direção correta. As propostas do mundo natural são aparentemente mais fáceis, assim como a cidade de Ai, provavelmente - a analisar pelo contexto da narrativa - parecia a Abraão. Mas Deus quer que tenhamos o coração firme no altar, para podermos escolher o caminho de Betel.

O ALTAR também pode ser o lugar DE CEDER, RENUNCIAR. Segundo Gênesis 13:14-18, "Abraão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais [carvalho, na Bíblia, é símbolo de majestade, força e robustez] de Manre, que estão junto a Hebrom, levantou ali um altar ao Senhor." Uma das maiores dificuldades da natureza humana é a capacidade de ceder, de renunciar. Isso se torna ainda mais difícil quando a pessoa está correta aos seus próprios olhos. Aquele episódio bíblico narra o que Abraão fez logo depois de separar-se de ó. Fora uma escolha difícil - ele acabara de entregar o melhor para Ló, mesmo sabendo que este não merecia o que estava recebendo.

Deus sempre permite que passemos por situações em que nossa capacidade de ceder poderá ser provada. Somente sobre o altar ao ceder receberemos a capacidade para sacrificar o lado egoísta que há em nossa natureza adâmica. É nesse altar que podemos ouvir a voz de Deus e ser fortalecidos, para que, mesmo vendo injustiças, enxergando nas mãos do outro aquilo que Deus nos deu de direito, tenhamos o coração firme e em paz para esperar a ação do Senhor. No altar do ceder, Deus prova nossa capacidade de dizer sim à sua vontade, incondicionalmente. Quando aprendemos a bênção do ceder, Deus começa um novo dia em nossas vidas.

Mais adiante, as Escrituras mostram Isaque diante de uma situação extrema. "Na mesma noite, lhe apareceu o Senhor e disse: 'Eu sou o Deus de Abraão teu pai. Não temas porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo'. Então, levantou ali um altar e tendo invocado o nome do Senhor, armou sua tenda. (Gênesis 26:24, 25)" Aquele altar marcou o instante em que Deus confirmou Isaque a promessa que fizera a seu pai Abraão. Era o ALTAR DAS PROMESSAS. Através dele, Isaque sabia que a palavra do Senhor seria cumprida.

Hoje, muitas vezes Deus fala liberando uma promessa para nossas vidas, mas muitos de nós não adotamos posição semelhante à de Isaque - não levantamos o altar onde iremos lembrar Deus do que Ele nos prometeu, como se diz em Isaías 62:6: "Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis." Deus tem prazer em ouvir as reivindicações dos seus filhos, e quando as fazemos dentro de suas promessa, isso alegra o seu coração.

O altar é a posição espiritual onde nossas forças serão renovadas no Senhor. Deus quer que sejamos homens que constroem altares, pois somente por meio deles é que iremos alcançar o melhor que ele tem reservado para nós. O altar é fundamental para que possamos ver o cumprimento da palavra do Senhor em nossas vidas e em nossas famílias.
"Teus Altares", antiga e maravilhosa canção do VPC (Vencedores Por Cristo), com letra extraída do Salmo 84, ou seja, irrepreensível.