quinta-feira, 27 de novembro de 2014

ECONOMIA NO BRASIL EM 2015, QUEM DISSE QUE O QUE ESTÁ RUIM NÃO PODE PIORAR?

Em conversa casual com Solange, uma amiga e pequena comerciante, proprietária de duas lojinhas de roupas, acessórios e artigos importados, localizadas no aglomerado onde eu moro, ela fez um comentário que está ecoando não só pelo pequeno, mas também pelo médio e até pelos grandes empreendedores: "A crise [econômica] está muito difícil e acho que no ano que vem será ainda pior." Essa "profecia" de minha amiga Solange é o triste prognóstico dado pelos economistas acerca do que nos espera - sim, a todos nós cidadãos brasileiros, independente do segmento econômico ao qual pertençamos - no já quase recém nascido 2015.

Grande parte dos em­presários e economistas tem chegado a uma conclusão comum: 2015 não será um bom ano para a e­conomia brasileira. Os motivos são muitos e todos estão ligados aos equívocos cometidos pelo governo federal, resultados da “nova matriz econômica” - co­mo ficou conhecida a política econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Devido a isso, o próximo mandato de Dilma - e, mesmo se não fosse o governo dela -, precisará fazer fortes reajustes para que o Brasil não sofra com uma grande crise.

Os sinais são de dois tipos: profissional, por parte de investidores, economistas, empresários, etc.; e populacional, visto que quem sente os efeitos mais severos do mau momento econômico é o povo. O consumo das famílias vive um momento de desaceleração, tanto pelo fim dos programas de incentivo ao consumo quanto pela menor oferta de crédito. Provém daí parte da insatisfação que geraram os protestos iniciados no ano passado e endossados durante o perído da Copa do Mundo. Isso acontece porque temos uma população até então acostumada a deter o poder de consumo que fazia girar a economia do país. O governo criou essa prerrogativa e reside aí uma parte dos equívocos dessa “nova matriz econômica”.

Isso, aliado à retração da indústria, à inflação e à baixa taxa de investimentos, criou um cenário de crescimento pequeno. Em 2013, por exemplo, o Brasil cresceu 2,5%. Média menor do que a apresentada pelo mundo (3%), pelos países emergentes (4,7%) e pela própria América Latina (2,7%). Não obstante, as projeções do último Boletim Focus, divulgado no dia 6 de junho, apontam que o Brasil vai crescer 1,4% em 2014, fechando o governo Dilma com um crescimento médio de 1,9%. Esse resultado é menor dos últimos 20 anos, uma vez que a média de crescimento dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) foi de 2,3% e dos dois mandatos de Lula (2002-2010) 4% (conforme dados da Fundação Getúlio Vargas).

Não irei me aprofundar mais no assunto porque não entendo praticamente nada do "economês", que é cheio de cálculos percentuais (sou tão bom de cálculos quanto um cego é de mira), mas os economistas afirmam ainda que a alta das expectativas de inflação estão alcançando índices CRESCENTES nas projeções para 2015 e 2016 e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mesmo período também SUBIRAM nas últimas semanas. Posso não entender de Economia, mas de português eu entendo alguma coisa e sei o que significa dizer que algo está CRESCENDO e/ou SUBINDO. Com estas duas palavras, não preciso dos números confusos para entender que 2015 será um ano muito difícil para os brasileiros.

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