quinta-feira, 31 de maio de 2018

A VOLTA DE JESUS! A MENSAGEM QUE NUNCA DEVE DEIXAR DE SER ANUNCIADA

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Coríntios 15:19).
O século 20, talvez mais do que todos os outros, experimentou profundas mudanças em todas as áreas. Muitos desses acontecimentos são de enorme significado para a Igreja. Olhar a história recente é ver o desenrolar do plano divino através dos séculos, é atentar para os sinais dos tempos e a eminente Volta de Jesus, é colocar-se em guarda para aquilo que virá.

Precisamos lembrar três coisas ditas no Novo Testamento quando o assunto é a volta de Jesus.

Primeiramente, a Bíblia diz:
"...daquele dia e hora ninguém sabe..." (Mateus 24:36). 
Ninguém. Qualquer tentativa de prever não passará de soberba e heresia, loucura e engano. Todos os que tentaram predizer a data da vinda do Senhor ou do fim do mundo caíram em vergonha e descrédito porque a afirmação de Jesus é inconfundível.

Em segundo lugar, a Bíblia diz: 
"Não estais em trevas para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda" (1 Tessalonicenses 5:4). 
Apesar de não saber dia e hora, isso não significa que estamos distraídos e que a volta de Jesus, bem como seus resultados seja uma surpresa para nós. Se somos cristãos atentos, então estamos preparados para esse momento.

E, por fim, ainda um terceiro versículo: 
"Compreendeis a face dos céus e não sabeis discernir os sinais dos tempos?" (Mt 16:3)
Há sinais indicando que a volta de Jesus e a consumação de todas as coisas está próxima. Estão acontecendo coisas importantes que não podem ser ignoradas. Considerá-las fatos corriqueiros da vida pode ser considerado uma enorme falta de discernimento.

A seguir, estão enumerados nove sinais da volta de Jesus. Você provavelmente já ouviu falar de todos eles. Todavia, unidos da forma que estão permitem um panorama abrangente dos sinais dos tempos, uma nuvem ampla no horizonte alertando para aquilo que virá.

Os sinais da Volta de Jesus

1. Guerras e Revoluções

"Então lhes disse: 'Então levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino...'" (Lucas 21:10)
O século 20, apesar da euforia de que tudo progredia a passos largos em direção a uma utopia mundial, foi marcado por duas sangrentas guerras mundiais, seguida por inúmeros conflitos da guerra fria. Apenas 21 anos após ter terminado a 1ª Guerra, quando o mundo achava que estava em paz, estourou a Segunda, que deixou um saldo de 77 milhões de mortos (destes, pelo menos 7 milhões de judeus).

A bomba atômica, atirada sobre Hiroshima e Nagazaki em 6 de agosto de 1945, trouxe ao mundo o conhecimento de um poder de destruição nunca antes sonhado – a energia atômica.

Assim, por exemplo, já em 1993, estimava-se que havia cerca de 48 guerras étnicas em andamento pelo mundo afora e que havia 164 reivindicações e conflitos étnico-territoriais a respeito de fronteiras na ex-União Soviética, dos quais 30 envolviam alguma forma de conflito armado.

2. Catástrofes naturais

"E haverá grandes terremotos, fomes e pestilências em vários lugares, e coisas espantosas..." (Lc 21:11)
O Tsunami no sudoeste asiático, os tufões e terremotos dos últimos vinte anos têm de fato produzido preocupações para as autoridades mundiais. Pesquisas científicas fazem predições mais apocalípticas do que o próprio Apocalipse. Não há perspectivas positivas nesse sentido.

A OMS considera a malária a pior doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para a AIDS, e ceifando três milhões de pessoas por ano, desde 1980. A AIDS, por sua vez, foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde, com mais de 20 milhões de mortos até o momento.

3. Aumento do pecado

"E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará..." (Mt 24:12)
Para muitos talvez pareça redundante falar do aumento do pecado em nossos dias, como um dos sinais apontados por Jesus em seu sermão profético. Que há excesso de pornografia, fornicação, adultério, desonestidade, violência, isto é evidente para qualquer pessoa. A revolução sexual e as drogas ganharam tal espaço na sociedade que parece querer submergir a tudo.

Entretanto, a pecaminosidade já passou da dimensão quantitativa. A questão do pecado humano é de outra natureza. Primeiramente, porque o conceito de pecado tem sido banido da mente do homem moderno. Ele não reconhece mais a palavra. O mero pronunciamento dela tornou-se algo retrógrado.

Se pensávamos que a hipocrisia era a maior manifestação da pecaminosidade, nos enganamos completamente. Se achávamos que alguém praticar escondido aquilo que condenava publicamente era o que de mais terrível poderia haver, também nos enganamos. Vivemos hoje algo muito pior. Mais grave que a hipocrisia é a apologia do mal.

Mulheres de renome agora se gabam de suas fotos pornográficas e homossexuais se sentem ofendidos com qualquer um que lhes chame de pecador. Pouco a pouco o homossexual transforma-se em cidadão de primeira classe e quem dele discorda é rotulado como doente homofóbico. 

Em alguns países a lei protege quem mata a criança no ventre e usuários de drogas, antes escondidos em seus becos, marcham pelas ruas reivindicando seus direitos. A sensualidade, outrora descrita como obra da carne, agora se tornou a maior virtude de uma mulher. O pudor virou motivo de escárnio. A luz virou trevas e as trevas, luz; o amargo, doce; e o doce, amargo. O bem é mal e o mal é bem. O pecador não mais se envergonha de seu pecado, gaba-se dele.

O problema do pecado não é que ele se multiplicou tanto. É que ele se tornou virtude e quem dele não abusa é contado como louco ou insano. Como aconteceu com os amorreus um dia, a medida do pecado humano já está quase cheia (Gênesis 15:16).

4. A multiplicação do conhecimento

"Muitos correrão de uma parte para outra e a ciência se multiplicará..." (Daniel 12:4)
Nosso século conheceu a técnica como jamais na História. Os meios de comunicação transformaram o mundo naquilo que Macluhan, teórico da comunicação, chamou de "Aldeia Global". O mundo tornou-se menor. O homem foi capaz até mesmo de, em 20 de julho de 1969, pôr os seus pés na Lua (apesar de ainda ter quem não acredite nesse evento - inclusive muitos do segmento cristão - e que especulam uma dentre as incontáveis teorias de conspiração).

O telefone, o rádio, o telex, o fax, a televisão, o computador, a internet – tudo isto tem sido criado em um único século e feito uma enorme revolução no mundo. Na verdade, a cada minuto uma nova tecnologia é desenvolvida no mundo, cujo impacto sentiremos em breve.

5. A propagação da Nova Era

"…porque estão cheios de adivinhadores do Oriente…" (Isaías 2.6)
O Movimento Nova Era, que importou inúmeros conceitos das religiões e filosofias orientais, tem sido um fenômeno religioso em contínuo crescimento. Sua influência tem sido sentida em diversos setores da vida moderna, na educação, na medicina, na vida empresarial e em outras áreas. Muitos que não foram alcançados pela mensagem do evangelho têm se apegado a este tipo de espiritualidade satânica, que nada mais é do que a preparação para o futuro governo anticristão.

6. O avivamento pentecostal

"Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre toda carne…" (Joel 2:28).
No início do século teve origem um movimento que trouxe nova vida à Igreja e que estava destinado a influenciar todo o mundo – o Movimento Pentecostal (leia mais ➫ aqui). Começou nos EUA e espalhou-se no mundo inteiro. A Igreja de Cristo passou a viver em uma nova dimensão de poder, vivenciando experiências sobrenaturais, como o falar em línguas, as curas e a expulsão de demônios. Não se pode negar que em sentido de autoridade espiritual e milagres a Igreja de Cristo tem vivido um tempo como nunca antes.

7. O renascimento de Israel

"Nasceria um povo num só dia, uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu luz aos seus filhos.." (Is 66:8).
O século 20 também presenciou um dos mais reais cumprimentos das profecias milenares – o renascimento da nação de Israel. No dia 27 de novembro de 1947, a ONU votava a favor da criação do Estado judeu. E em 14 de maio de 1948, contra todas as probabilidades, os judeus voltaram a ser uma nação efetiva outra vez. Este povo, que estivera por quase 2000 anos espalhado no mundo inteiro, ganhou existência como nação independente. Este foi um sinal inequívoco da mão de Deus sobre a História.

8. A pregação do Evangelho pelo mundo inteiro

"E quando este evangelho tiver sido pregado no mundo inteiro, então virá o fim" (Mt 24:14).
Esqueçam as estatísticas que afirmam que a religião muçulmana foi a que mais cresceu. Na verdade, a taxa do crescimento populacional entre os povos muçulmanos é que é alta. Nenhum povo da terra cresceu em número como os evangélicos.

No mundo inteiro há testemunhos dos crescimentos vertiginosos das igrejas evangélicas. Na Coréia do Sul, por exemplo, a população evangélica já é quase metade da população nacional. A maior igreja do mundo se encontra lá, com mais de 700 mil membros. Sem falar na África, na América Central, e no Brasil, em que chegam muitas vezes a 1∕4 da população (segundo dados do IBGE).

9. A iminência do Governo Mundial

"…o quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços" (Dn 7:23).
Não é de hoje que se fala em um governo mundial. Desde que as primeiras utopias surgiram com elas também vieram a ideia de um mundo unificado sob um governo único. A diferença é que ele já existe, pelo menos em potencial. A influência da ONU, ainda que limitada, tem se mostrado eficaz, ao menos na divulgação do conceito. 

Trabalhando a questão ambiental, criando um imposto mundial e por meio de sanções e vetos, a ONU tem conseguido impor sua vontade para uma boa parcela de países. Além disso, ela é fortemente influencia pelo Movimento Nova Era, que tem organizações instaladas próximo ou dentro da própria ONU.

Uma declaração de Alice Bailey, uma das principais pitonisas e profetizas da Nova Era, cuja organização Boa Vontade Mundial faz parte do Conselho Consultivo da ONU, chama-nos atenção: 
"Dentro da ONU está o germe e a semente de um grande grupo internacional de meditação e reflexão – um grupo de pensadores bem informados, em cujas mãos está o destino da Humanidade. Eles estão sob o controle de muitos discípulos do 'quarto raio' (…) e seu foco é o plano de intuição búdica – o plano que comanda toda atividade hierárquica".
Não é difícil perceber a preparação do reino do anticristo dentro dessa caminhada.


Conclusão


Em face dessas nove perspectivas é fácil perceber o quão perto estamos da volta do Senhor. Sendo assim, nosso Maranata! precisa ficar cada vez mais alto e intenso. Nosso anseio e nossa preocupação pela volta de Jesus deve se manifestar cada vez mais em nosso viver diário. Clamemos, irmãos:
"Ora vem Senhor Jesus!" (Apocalipse 22:20).
  • Já escrevi uma série de artigos sobre este tema. Aos que quiserem lê-los, cliquem: ➫ aqui, ➫ aqui, ➫ aqui, ➫ aqui, ➫ aqui e ➫ aqui

A Deus toda glória.

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AGORA QUE ACABOU (?), EIS MINHA OPINIÃO SOBRE A GREVE DOS CAMINHONEIROS


Com certeza a notícia que mobilizou todos os órgãos de imprensa durante essa semana em todo o Brasil foi a paralisação dos caminhoneiros, movimento que virou toda a nação de cabeça para baixo e revelou não apenas a força de uma classe de trabalhadores - o que, aliás, para um país de dimensões continentais como o nosso, não é nada do que se comemorar -, como a fraqueza do governo em todas as esferas, federal, estaduais e municipais. 

Essa greve - que, apesar dos transtornos, foi festejada pela maioria da população, diga-se - que colocou o Brasil em um clima de estado de sítio, revelou as mazelas por uma escolha que começou lá no passado, no governo de Juscelino Kubitschek, quando praticamente concentrou-se a logística de transporte no modal rodoviário, em detrimento do investimento na imensa e desperdiçada malha ferroviária, um erro imenso, uma vez que o transporte ferroviário, além de mais econômico, é incomparavelmente menos poluente e que hoje poderia ser mais uma alternativa.

Nas mídias sociais (Ah, as mídias sociais!) vi muita desinformação por parte das pessoas e, agora que as coisas começam a entrar nos eixos (ao menos aparentemente) resolvi escrever esse artigo não para expressar minha opinião a favor ou contra a greve, mas sim para mostrar alguns fatos que derivam da teoria econômica e financeira que deveriam ser considerados por todos antes de emitir qualquer posicionamento a respeito do assunto.

Devo registrar que meu interesse por uma análise mais apurada dos fatos se deu por causa dos conhecimentos que estou adquirindo através do curso técnico em administração que estou fazendo.

Sobre o preço do combustível


Nos últimos meses a cotação do petróleo sofreu uma alta expressiva. Em julho de 2017 a cotação do petróleo no mercado internacional estava por volta de 45 de dólares o barril e atualmente se encontra próximo de 75 dólares, uma alta de mais de 50%. Na imagem abaixo podemos ver claramente essa trajetória de alta.

O petróleo é uma commoditie que tem seu preço derivado de cotações internacionais. A Petrobras não está utilizando do seu monopólio para aumentar suas margens frente ao consumidor, mas sim praticando uma política de paridade de preços, ou seja, vendendo seu produto pelo o que ele vale. A Petrobrás é uma empresa de capital aberto que possui acionistas e isso é o mínimo que se espera dela. A Petrobras não é uma ONG. Durante o governo Dilma (PT) nós vimos o quanto pode ser prejudicial ignorar a dinâmica de mercado e represar preços artificialmente.

Se o petróleo estivesse com a cotação baixa, sendo negociado a, digamos, U$40 o barril, você acha que seria justo com a população que Petrobras vendesse seu produto a um valor superior a esse para ser lucrativa? Não. Mas quando a cotação aumenta é justo que a empresa não "se beneficie"? Se o governo acredita que pelo fato de o petróleo ser um insumo base para toda a economia ele deveria ter seu preço controlado a solução seria simples.

A Petrobras não poderia ser uma empresa de capital aberto e sim uma instituição de governo, como o Banco Central. Essa é uma discussão muito ampla na qual não irei prolongar, pois não sou economista, mas sim apenas um curioso em entender o que realmente está acontecendo com a política financeira do meu país.


Problema [só] nosso?


Imagine que você fosse um produtor de soja, que também é uma commoditie que tem seu preço derivado de um mercado global. Você aceitaria vender seu produto por menos do que está valendo? Você aceitaria vender seu produto com base nos seus custos de produção e não com base no que o mercado está pagando? 

E quando a cotação estivesse baixa, alguém pagaria mais do que está valendo para que você não opere no prejuízo? O aumento na cotação do petróleo não está afetando exclusivamente o Brasil. Nos últimos dias diversas notícias publicadas em veículos de comunicação internacionais nos mostram que na Índia, Inglaterra, França, entre outros, o mesmo problema está ocorrendo.
Agora, existe um porém. O preço do combustível tem duas componentes. O preço que a Petrobras cobra e os impostos. A parte majoritária do preço dos combustíveis advém da cobrança de tributos. Na imagem abaixo podemos ver como o preço do combustível é construído. Somente CIDE, PIS/PASEP, COFINS e ICMS representam 45% do preço final praticado para o consumidor.

Já nessa outra imagem podemos ver a comparação da composição dos preços de diversos países e dois pontos se destacam nessa comparação:
A margem de realização na refinaria do Brasil está em linha com a praticada ao redor do mundo, ou seja, a Petrobras não está utilizando do seu monopólio para ter margens superiores em cima do consumidor.

Reino Unido, Alemanha e Itália possuem uma carga tributária superior à nossa, enquanto os EUA se destacam com tributos muito inferiores. Por isso que, quando comparamos os preços praticados nos EUA e no Brasil vemos uma grande diferença para o consumidor final.

A questão dos tributos depende muito de uma política de governo bem definida. Todos concordamos que a carga tributária no Brasil é elevada, resultado de um estado mórbido e mal administrado, que mesmo cobrando impostos elevados não consegue gerar um superávit.

Para concluir, parte do problema é a carga tributária elevada do Brasil e a má gestão pública, e a outra parte advém de um fator não controlável, que é o preço do petróleo. A primeira parte do problema só iremos resolver elegendo políticos comprometidos com a administração pública, e a segunda não temos controle.

Mas uma coisa é certa, a culpa do aumento do preço dos combustíveis não é da Petrobras, e sim de uma combinação de aumento nos preços da cotação do petróleo e do dólar.

Sobre o preço do frete


Uma característica essencial em uma empresa que sempre procuramos antes de investir é a existência de uma vantagem competitiva. Essa vantagem competitiva pode ser uma marca forte, escala, um produto único, dentre outras. É ela que permite que a empresa realize preços superiores aos seus concorrentes e tenha um retorno superior sobre o seu capital.

Se um negócio não possui uma vantagem competitiva ele vai sofrer. Sem uma vantagem competitiva é impossível que um negócio tenha um retorno superior ao seu custo de capital.

Isso decorre do fato de que caso um negócio sem vantagem competitiva tenha lucros elevados ele vai chamar a atenção de outras pessoas, que também irão entrar no setor e aceitarão trabalhar com margens inferiores para fornecer o mesmo serviço e ter uma participação nesses lucros. Oferta e demanda, simples assim.

No caso do setor de transporte, essa vantagem é quase nula. Alguém que precisa transportar seu produto vai procurar o fornecedor que oferece o melhor preço possível pelo serviço. Logo, quanto maior o número de fornecedores, menor o preço que eles irão aceitar para atender a demanda existente pelo serviço.

Em 2009 o governo brasileiro lançou um programa de subsídio para a aquisição de caminhões, financiando a juros extremamente subsidiados quem tivesse interesse em adquiri-los. É importante lembrar que sempre que o governo subsidia um determinado setor, somos nós, os contribuintes, que estamos pagando o preço.

Diversas empresas transportadoras e motoristas autônomos aproveitaram desse programa para comprar mais caminhões, o que aumentou significativamente a oferta do serviço de transporte no mercado. Com a mesma demanda e uma oferta superior, o que ocorreu? Os preços do frete caíram para patamares que quase não cobrem os custos do transporte.

Se eu decido abrir um negócio que não dá certo a culpa é minha ou do mercado? É justo que eu cobre da sociedade que ela ignore a dinâmica de formação de preços a partir da oferta e demanda e pague pelo meu serviço um preço adequado para que eu obtenha um retorno que considero justo?

No longo prazo, a própria dinâmica de oferta e demanda tende a levar os preços do frete para patamares mais adequados, visto que se no momento atual não é vantajoso participar desse negócio a tendência é que alguns desistam do negócio e a oferta diminua, levando os preços a patamares mais adequados. Porém, é insanidade esperar que esse retorno seja superior ao custo de capital do negócio.

Conclusão

O sábio aprende com o erro dos outros


A Grécia, que é um exemplo de política econômica desastrosa que levou o país ao caos, em 2010 teve diversos protestos de caminhoneiros tentando defender seu monopólio. Desde 1970 não eram emitidas licenças para motoristas interessados em participar do mercado, levando a criação de um mercado secundário de licenças para motoristas de caminhão, com uma licença custando mais de 300 mil euros. 

Os custos de transporte para as empresas que atuavam no país eram muitas vezes superiores ao custo de produção, tornando inviável a competição das empresas locais no mercado mundial. Acredito que essa seja um exemplo que não queremos seguir. Sempre que o governo tenta intervir na dinâmica do livre mercado o resultado é desastroso. A dinâmica do capitalismo é assim, muitas vezes cruel, mas até hoje não inventamos nada melhor.

Todas essas informações eu consegui através de pesquisas para entender o que realmente está acontecendo (e que ainda pode acontecer...) no Brasil se os nossos governantes, nossos parlamentares, não investirem em uma política financeira que realmente coloque o Brasil nos trilhos, livrando-o desse enorme engarrafamento.

[Fonte: Exame, Valor Econômico, Revista Conjuntura Econômica - FGV, ScieloAndrade, Regis de Castro. Brasil: a economia do capitalismo selvagem. Lua Nova, 2002, no.57, p.05-32. ISSN 0102-6445]

A Deus toda glória. 
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terça-feira, 29 de maio de 2018

GREVE: O CRISTÃO ENTRE A LICITUDE E A CONVENIÊNCIA




Numa situação econômica e moral como a que o nosso país se encontra as greves parecem brotar do chão por todos os lados. São inúmeras as reclamações e paralisações por motivos diversos. E claro, nós cristãos estamos inseridos nesses contextos. Seria relevante pararmos pra pensar em como o cristão deve se relacionar com essas greves? Muitos diriam que não. Creio que muitos achem um assunto tão "normal" que isso não tem implicações religiosas e/ou espirituais. Mas vamos pensar diferente. Vale a reflexão…

Tudo me é lícito...


Esse é um assunto complexo, pois envolve pessoas e situações muito diferentes, além de dor, sofrimento e injustiça. Do ponto de vista legal, a pessoa tem o direito de se envolver em greves, especialmente se as condições de trabalho ou de salário são desfavoráveis. Mas esta seria, realmente, a melhor atitude para um cristão? A Bíblia não fala sobre greves, como as que conhecemos hoje. Ela recomenda o amor como resposta à injustiça e a oração como instrumento de justiça social (Mateus 5:44; Lucas 6:27).

Creio que muitos ainda coloquem assuntos como esse no campo do secular, ou seja, sem envolvimento com o meu eu religioso/espiritual. É assim mesmo? Penso que não. Claro que não. Como seres e cristãos integrais, vejo nossa ética cristã (bíblica) adentrando e transformando nosso comportamento em todas as esferas da vida, principalmente no trabalho. Por isso quero fazer algumas considerações breves sobre a ética cristã e as greves. 

Cristãos podem participar?


Não tenho o objetivo (e nem a pretensão) de fechar o assunto e oferecer uma resposta universal e encerrada. As situações e contextos são muito diferentes, mas creio que podemos chegar ao bom senso cristão comum, digamos assim. Não vou apoiar nenhum extremo, nem o de que toda greve é pecaminosa e muito menos o de que toda greve é conveniente. Vamos lá! A primeira coisa que devemos lembrar é que nem toda greve é ilegal. Vejamos o que diz a "lei da greve" ou Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989.
  • "Art. 1º - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
  • Art. 2º - Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.
  • Art. 3º - Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho (grifos meus)."
Essa lei possui 19 artigos reguladores das greves, mas somente esses três já no servem como um grande filtro de ética. Ainda nem estou na Escritura Sagrada, mas já posso afirmar que se a greve em questão não for pacífica nenhum cristão deve participar. É crime segundo a lei brasileira e segundo a lei de Deus. Segundo, se a greve começou sem nenhuma tentativa de resolução do problema por vias normais nenhum cristão deve participar. A greve é um último recurso que deve ser evitado, não um atalho para resolver logo qualquer tipo de problema.

...Mas nem tudo me convém!


Se analisarmos a legalidade das greves veremos que muitas delas fogem dos princípios reguladores do Estado Brasileiro. Portanto, nós já deveríamos estar com a pulga atrás da orelha com qualquer tipo de greve em nosso contexto. Mas digamos que seja uma greve lícita, como descrita na lei. Devemos participar? Vejamos o que diz a Bíblia.

Devemos honrar e obedecer nossos patrões


O texto de Efésios 6 deixa isso claro quando se refere ao escravo e o seu senhor. Devemos lembrar [e, por favor, enfatize-se isso] que a escravidão naquele tempo e cultura não é a mesma que a do nosso Brasil colonial. Podemos mais facilmente aplicar esse princípio ao nosso trabalho hoje.
"Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo. Obedeçam-lhes não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre" (Efésios 6:5-8, grifo meu).
Cristãos estão em pecado quando participam ou iniciam greves em que o princípio da obediência e da honra estão sendo quebrados. Não participe de greves que se iniciaram por debaixo dos panos, nem aquelas que têm como objetivo apenas prejudicar os patrões. Não participe desses atos de rebeldia. Procure saber se o patrão já foi procurado para resolução dos conflitos e se ele sabe a respeito do problema e da greve. Procure saber a motivação real de quem está liderando o movimento.

Devemos honrar a nossa palavra


Devemos honrar a nossa palavra e o contrato que assinamos: Aprendemos que a palavra de um cristão precisa ser direta e verdadeira como um "sim" e um "não". A parábola dos trabalhadores na vinha serve de grande exemplo para o contexto das greves. Nela vemos que, independente do contexto e desigualdades, precisamos manter nossa palavra e contrato. Aconteceu que o dono da vinha pagou o mesmo salário aos trabalhadores que trabalharam em cargas horárias diferentes. Quando o questionamento sobre a injustiça se levantou eis a resposta do dono:
"Mas ele respondeu a um deles: 'Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?'" (Mateus 20:13-15)
Não aproveite a greve para sair ganhando em cima de alguém. Não entre em algum movimento que contradiz sua palavra. Aquilo que você aceitou deve guiar seu procedimento. Não se importe se fulano entrou ganhando mais, trabalhe pelo que você assinou em seu contrato. Se estiver precisando de um aumento, peça, se não for possível procure outro emprego, mas não use da greve para burlar sua própria palavra de crente. Você está querendo participar de uma greve que luta contra aquilo que você mesmo acertou com seu patrão? Pare agora!

O comentário de Calvino sobre o oitavo mandamento (não furtarás) é muito esclarecedor:
"Além disso, transgressão deste mandamento não é só prejudicar alguém quanto a dinheiro, comércio ou direito de propriedade, mas também quanto ao não atendimento a qualquer dever nosso e a qualquer direito do próximo. Porque tanto defraudamos o nosso próximo usurpando os seus bens como lhe negando os serviços que lhe devemos prestar. 
Assim, se um procurador ou mordomo ou administrador, em vez de zelar dos bens entregues aos seus cuidados, viver na ociosidade, sem se preocupar com o seu dever de procurar o bem daquele que lhe dá o sustento; se desperdiçar ou empregar mal o que lhe foi confiado, ou o gastar em coisas supérfluas; se o empregado zombar do seu chefe ou patrão, se divulgar os seus segredos, ou se planejar algo contra os bens dele ou contra a sua reputação ou contra a sua vida [Romanos 13; 1 Pedro 2; Tito 3]; se, por outro lado, o chefe ou patrão ou pai tratar desumanamente os seus subordinados ou a sua família, para Deus é um ladrão. 
Porque, aquele que não pratica o que a sua vocação o manda fazer pelos outros, com isso retém o que pertence a outros" (As Institutas da Religião Cristã).
Se você não estiver recebendo o que foi acertado o caso é outro. Você pode tomar as providências e, quem sabe, depois de passar pelo filtro cristão, participar de uma greve.

Cuidado com o seu coração


Por último e não menos importante (o mais importante), sonde o seu coração. Ore pedindo a Deus que revele o seu desejo pela greve. Se você está pensando nessa possibilidade pelo aumento salarial, cuidado. A ganância pode ser o real motivo. Muitos participam da greve com o interesse apenas de aumentar seus padrões de vida ou ganhar mais vantagens que o deixem em situação de mais conforto. Muitos estão motivados pela preguiça. Fuja disso! O texto de 1 Timóteo 6 encerra esse meu argumento com uma bela definição da relação do indivíduo piedoso e o dinheiro:
"De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. 
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. 
Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão" (1 Timóteo 6:6-11, grifos meus).

Análise social


Um dos graves problemas da nossa sociedade é a ausência de espaço para associações voluntárias. Isso torna o Brasil bastante "monocromático". Por que precisamos de mais "cor"? Sabendo que não pode viver só, o ser humano tem formado grupos e associações desde os primórdios, criando ambientes para facilitar o intercâmbio daquilo que julga ser necessário a uma vida de qualidade . Contudo, devido a vários problemas ligados ao caráter estatísta e paternalista do nosso desenvolvimento histórico, temos hoje pouca diversidade de associações, e uma sociedade organizada em "grandes blocos".

Um exemplo claro é o efeito de diversas leis trabalhistas modernas nas nossas associações profissionais e de classe. O resultado hoje é o favorecimento, por essas regulações, aos grupos sindicais bem articulados na barganha coletiva e, em vários casos, bem sucedidos na monopolização de representação trabalhista. Essa concentração que favorece esses "grandes bloco" não reflete um mercado de trabalho livre e desregulado, e sim um ambiente pesadamente regulado, que "expulsa" ou "desencoraja" arranjos alternativos.

Conclusão


Assim, para término de conversa, uma greve não violenta, que não violasse a ética cristã (incluindo a ofensa aos direitos de propriedade e de contrato), poderia ser um ponto de partida abstrato para se pensar a "greve justa". Como dever geral, o cristão deveria cumprir o que prometeu em contrato de trabalho, da mesma forma que deveria respeitar a vida alheia. 

Porém, se aceitamos o princípio de legítima defesa no caso de agressão sofrida, também devemos considerar o caso da agressão sofrida por parte do empregador. Mas como, especificamente? É claro que existem mecanismos legais e governamentais para lidar com isso, mas será que haveria também espaço para uma "greve justa" tratar da questão? Essa é uma pergunta que uma teoria da "greve justa" deveria responder.

Na prática, porém, é difícil pensar em como isso deve ser aplicado, uma vez que há pouco espaço em nossa sociedade "monocromática" para organizações trabalhistas, cooperativas ou sindicatos que se pautem por princípios da ética cristã. Quando esse tipo de coisa existir (se ainda não existe), ela deverá levar em consideração a possibilidade de uma maneira mais criativa e moralmente aceitável de ação coletiva. No momento, é mais simples incentivar a reflexão normativa em cada ramo profissional, além da defesa aos fracos quando há injustiça na relação de trabalho.

Procure saber quais organizações servem de apoio aos cristãos na sua área de atuação. Quem sabe você poderá ajudar de alguma forma, ou receber algum fruto da atuação dessas organizações. Procure saber se existe algum grupo cristão que se dispõe a auxiliar, sem cometer mais injustiça e coerção, aqueles que foram injustamente prejudicados na sua atividade profissional. De novo: talvez você possa apoiar os seus esforços, ou recorrer aos seus serviços. 

Finalmente, procure se informar a respeito de como um ambiente de regulação trabalhista pesada tem prejudicado a criação e desenvolvimento de organizações cristãs de trabalho que promoveriam uma prática mais consistente com a ética bíblica. Uma sociedade menos "monocromática" requer alguma medida de esforço ativo ao construir "novos blocos" e criticar os "grandes blocos" mantidos pela distorção do sistema.

Por fim, concluo que greve e piedade não combinam em muitos casos. Minha opinião final é a seguinte: o filtro da Escritura e da piedade é grande quando se trata de greve. E eu poderia citar ainda várias outras passagens bíblicas. 

Arrisco dizer que a maioria das greves não esteja dentro da lei humana, da lei divina e da piedade do seu coração. O cristão deve ter muita cautela nessa área. Portanto, pense muitas vezes antes e corra para a Bíblia se sua empresa ou categoria estiverem em greve. Não nego a possibilidade de uma "greve santa", mas na dúvida não participe. Se você puder, vá trabalhar. Se não, fique em casa sem colocar mais lenha na fogueira. Em todo caso ore e peça a Deus discernimento. Glorifique a Deus não participando de movimentos sociais que são contrários aos princípios da Palavra de Deus.

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

sábado, 26 de maio de 2018

LIVROS QUE EU LI - "O DIA DO CHACAL"

Que Frederick Forsyth é um grande escritor ninguém há de negar, são tantos os livros, e livros bons, que eu poderia enumerar vários aqui no blog, mas citar o meu preferido: "O Dia do Chacal".

A primeira vez...


Li "O Dia do Chacal" a primeira vez ainda na minha fase de "rato de biblioteca" quando ficava enfurnado no meio de uma imensidão de livros da biblioteca municipal no centro da cidade ou mesmo quando aproveitava o intervalo entre as aulas (ou matava as aulas de educação física) na Escola Estadual Odilon Berhens, onde fiz o curso ginasial (atual ensino médio) e o 2º grau. 

Costumo dizer que a biblioteca pública de minha cidade foi encolhendo com o passar dos anos, seguindo uma linha contrária a evolução natural das coisas. Ao invés de ir crescendo e se aprimorando, ela foi encolhendo e perdendo atrativos, até ficar reduzida a um espaço "piquitico" e quase sem livros.

Uma pena e o triste reflexo de algo que já foi há tempos constatado: a maioria esmagadora do povo brasileiro (principalmente os jovens) não gosta mesmo de ler. Coitado, não sabe o que está perdendo. Não existe absolutamente nada mais mágico, mais enriquecedor, mais cultural, mais insubstituível (e aqui me refiro ao bom e velho livro impresso)... do que a literatura. Graças a Deus - e sim, falo isso com muito orgulho - estou dentre a privilegiada minoria que ama com intensidade uma boa leitura.

Mas na época em que eu era um pré-adolescente, a saudosa biblioteca ocupava um salão oval enoooorme, rodeada de obras de cima a baixo e com a mesa da bibliotecária ficando no centro. Cara, era a coisa mais linda que existia! O sonho de todos os leitores. Quando eu entrava lá era como se o tempo parasse.

Foi naquele espaço encantado – pelo menos para mim – que conheci "O Chacal" e Claude Lebel: dois personagens que foram os responsáveis pelas minhas noites em claro.  Na minha mais tenra idade, eu já era um devorador de livros, hábito que só viria a negligenciar alguns anos mais tarde, na fase da "vida louca" das baladas, fase esta que em nada me acrescentou e da qual eu me arrependo amargamente. Mas, ei senhor Leonardo, isso é um texto de um artigo ou divã de psicólogo?

Voltando ao que interessa...


Pois bem, estas duas pessoas – quer dizer – estes dois personagens me encantaram nos anos 80. Ora, torcia para o sujeito contratado para matar Charles De Gaulle; ora, torcia para o cara que tinha a missão de impedir esse ato terrorista. O Chacal idealizado por Forsyth, apesar de ser considerado vilão, tem o poder de seduzir o leitor. O autor compôs um personagem tão inteligente e detalhista que em certos momentos da trama, sem perceber, você se vê torcendo por ele. 

Então, entra em cena Label, tão inteligente e detalhista quanto o Chacal, aí lá vai você trocar de lado em sua torcida. Este vai e vem na "preferência popular" – bandido-mocinho, mocinho-bandido – para descobrir quem leva a melhor no final é constante. O carisma de Chacal e Label são mesmo impressionante.

Verossimilhança 


O romance é baseado em um fato real: a tentativa de assassinar o presidente francês Charles de Gaulle, que aconteceu em 1963, por obra de Jean Bastien-Thiry. O carro onde estava De Gaulle chegou a ser metralhado. Thiry era um funcionário público francês insatisfeito em perder seu cargo na Argélia, em virtude da independência do país promovida por De Gaulle.

Frederick Forsyth era correspondente da Reuters em Paris na época e essa experiência no jornalismo o ensinou a ser muito minucioso e preocupado com as verdades históricas, isso contribuiu muito com os enredos dos seus futuros livros.

Em 1970 Forsyth tem uma ideia para escrever um livro e por à prova os seus métodos de investigação dos tempos de repórter. A partir daí foi que construiu o personagem "Chacal", envolvente em sua indiferença, admirável em sua frieza, determinado, bonito, um assassino cruel contratado por uma organização do exército francês, inimiga da independência da Argélia, para dar cabo do presidente De Gaulle. 

Sem identidade precisa, com gestos refinados e uma elegância masculina acima da média para a época, Chacal mata friamente quem se coloca no caminho para cumprir a tarefa para a qual foi contratado. O personagem é tão enigmático, frio, mas ao mesmo tempo tão inteligente e carismático que, como disse anteriormente, mesmo sendo ele o vilão da história,  várias vezes me peguei torcendo por ele durante a leitura.

A experiência de Forsyth como repórter causou muitas dores de cabeça para os governos. Em "O Dia do Chacal", ele descreve como o assassino é capaz de obter uma nova carteira de identidade. O assassino visita uma igreja e procura por uma lápide de alguém que nasceu quase ao mesmo tempo que ele, mas morreu na infância. Em seguida, ele obtém uma segunda via da certidão de nascimento, e a partir daí carteira de identidade.

Forsyth "agarrou" esse fato para compor a sua trama, com algumas modificações, é obvio. A principal delas foi trocar um funcionário público insatisfeito por um mercenário misterioso contratado com a missão de eliminar o presidente francês.

Conclusão


"O Dia do Chacal" teve a sua primeira publicação lançada em 1971, mas depois devido ao sucesso da obra, que projetaria o nome do Forssyth mundialmente, muitas outras edições passaram a ser lançadas.

O livro é dividido em três partes: 
  1. 'Anatomia de um Complô', 
  2. 'Anatomia de uma Caçada Humana' e 
  3. 'Anatomia de um Assassinato'.
A primeira parte destaca os detalhes perfeccionistas de como o Chacal planeja o assassinato. A segunda, tem início no momento em que as forças policiais passam a procurar o Chacal. "Anatomia de um Assassinato" é a mais curta e se refere ao desfecho da trama.

O livro começa lento, com muitos personagens e trechos descritivos, mas depois, com o virar das páginas, a "coisa" vai engrenando. À partir da segunda parte, quando começa o jogo de gato e rato entre o Chacal e o detetive Label, o enredo se torna eletrizante. 

Resumindo, um livro que vale a leitura e muito!!! Tanto é que apesar de décadas passadas, os detalhes da trama ainda continuam 'fresquinhos' em minha memória. Na história real, o governo não cruzou os pedidos de emissão com os registros de morte, e Forsyth revelou isso em seus escritos.

No cinema, foi adaptado duas vezes, em 1973 e em 1997, a segunda com um elenco estrelar: Bruce Willis, Richard Gere e Sidney Poitier, é um filme de ação e deve ser visto, embora não tenha o magnetismo e não elimina a fundamentabilidade da leitura do livro.
  • Título Original: The Day of the Jackal
  • Editora: Record
  • Edição: 1
  • Ano: 1971
  • Assunto: Literatura Internacional -Suspenses
  • Idioma: Português
  • Nº de Páginas: 368 
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quarta-feira, 23 de maio de 2018

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES - "A WHITER SHADE OF PALE", PROCOL HARUM

Há décadas que eu me divirto com esta música. "A Whiter Shade of Pale" é a canção de estreia dos ingleses do Procol Harum, banda de rock progressivo. O compacto foi lançado em 12 de maio de 1967 - ou seja, esta belíssima canção já uma quinquagenária - e chegou à primeira colocação dentre as músicas mais ouvidas na Inglaterra em 8 de junho de 1967, permanecendo lá por seis semanas. Sem muita promoção, atingiu a quinta posição nas paradas americanas.

As versões e as trilhas sonoras


São conhecidas mais de 900 gravações por outros artistas. A música foi incluída em inúmeras compilações de sucessos da década de 60 e foi usada em trilhas sonoras de muitos filmes, como "O Reencontro (The Big Chill)" - 1983, "Purple Haze" - 1983, "Ondas do Destino (Breaking the Waves)" - 1996, "Os Piratas do Rock (The Boat That Rocked)" - 2009 e, com direção de Martin Scorsese, "Contos de Nova York (New York Stories)" - 1989 (falo mais sobre este filme abaixo). Outras versões da canção são utilizadas em outros filmes como, por exemplo, a de King Curtis em "Os Desajustados (Withnail and I)" - 1987 e a de Annie Lennox em "A Rede (The Net)" - 1995. 

Polêmica à vista


Os créditos de composição originais foram somente para Gary Brooker e Keith Reid. Matthew Fisher interpôs um processo em tribunal contra o vocalista Brooker e o letrista Reid por o terem excluído da assinatura dos créditos de autoria da canção e, consequentemente, dos direitos de reprodução. 

Porém, no dia 30 de junho de 2009 o Tribunal Supremo de Londres determinou que 40 por cento dos direitos de autor da música pertencem a Fisher. O teclista argumenta que se inspirou em Bach para compor a melodia da canção, a mais conhecida das músicas interpretadas pelos Procol Harum.

Já o vocalista Gary Brooker afiançava que tinha escrito o tema em conjunto com o letrista Keith Reid antes de Fisher ter integrado a banda em março de 1967. Certo é que, com a decisão do tribunal londrino, Brooker teve de pagar a Fisher mais de 700 mil euros de direitos da música.

A história da música


"A Whiter Shade of Pale" foi composta em 1967 e o sucesso foi tal que a banda vendeu à conta deste tema mais de dez milhões de discos em todo o mundo.

Enquanto o mundo se deleitava com o álbum Sgt. Pepper's..., dos Beatles, a música que estava em primeiro lugar nas paradas britânicas era "A Whiter Shade of Pale", o primeiro single do Procol Harum. A canção, que mistura rock, classissismo e música barroca, tem mais de 900 versões de outros músicos e estabeleceu um conexão da banda com os Beatles e Jimi Hendrix.

Sua importância é tal que abriu as comportas do rock para trabalhos como "Bohemian Rhapsody", do Queen, e toda a obra de Rick Wakeman. Assim como "Money For Nothing", do Dire Straits, nasceu de uma conversa ouvida casualmente, Keith Reid, tomando café, ouviu alguém dizendo para uma garota
"You’ve gone a whiter shade of pale",
e Bummm! aí estava o título da canção que começou exatamente assim: pelo título. A letra faz referência de Shakespeare ao nosso Milton Nascimento, e contém elementos sobrenaturais e mitológicos. Até hoje estudiosos tentam explicar o seu significado sem completo sucesso.

A música é romântica, trágica e sombriamente mágica. De difícil tradução, "A Whiter Shade of Pale" fala sobre muitas coisas e muitas outras ficam subentendidas (ou, como preferem alguns, "subliminares"). As traduções que encontrei na Internet, para o português, não me satisfizeram nem um pouco, nem puderam me servir de base, então eu mesmo fiz a tradução e adaptação da letra para o português. A métrica e a poesia ficaram, sim, prejudicadas, mas o conteúdo não. Fiz o possível para que a mensagem ficasse clara para vocês e o trabalho é revelador. Leiam e tirem suas conclusões. 
"A Wither Shade of Pale" 
We skipped the light fandango
Turned cartwheels 'cross the floor
I was feeling kinda seasick
But the crowd called out for more
The room was humming harder
As the ceiling flew away
When we called out for another drink
The waiter brought a tray
And so it was that later As the miller told his tale
That her face, at first just ghostly
Turned a whiter shade of pale 
She said, 'There is no reason
And the truth is plain to see'
But I wandered through my playing cards
And would not let her be
One of sixteen vestal virgin
Who were leaving for the coast
And although my eyes were open
They might have just as well've been closed
And so it was that later
As the miller told his tale
That her face, at first just ghostly
Turned a whiter shade of pale
And so it was that later...
 
"Translúcida e Pálida Como a Morte" 
Dançamos um alegre fandango,
Deslizando em círculos pelo soalho
Eu estava me sentindo meio mareado,
A multidão gritava pedindo mais.
O lugar rangia duramente e o teto voou para longe,
Quando pedimos um outro drink
O garçom trouxe uma gamela.
Era uma hora tão tardia,
Que quando a mariposa contou sua história,
A face dela, antes apenas fantasmagórica,
Tornou-se translúcida e pálida como a morte. 
Disse ela: 'Não há o que discutir,
A verdade é evidente, pode-se ver'.
Mas eu estava perdido em meu baralho, e não permitiria que ela se tornasse uma das dezesseis
virgens vestais que partiam para o litoral.
Embora meus olhos estivessem abertos, talvez tenham sido fechados.
E era uma hora tão tardia,
Que quando a mariposa contou sua história,
A face dela, antes apenas fantasmagórica,
Tornou-se translúcida e pálida como a morte.
E foi aí que mais tarde...

Recordes


Em 2009, a música "A Whiter Shade of Pale", foi eleita como a mais reproduzida em espaços públicos do Reino Unido em 75 anos, segundo a organização PPL, responsável por arrecadar dinheiro por direitos autorais de compositores e cantores. A canção esteve durante seis semanas no topo da lista dos singles mais escutados desde 1967. 

Depois de "A Whiter Shade of Pale" está "Bohemian Rhapsody", do Queen, e a terceira posição ficou para "All I Have to do is Dream", do grupo The Everly Brothers. A PPL publicou lista com 75 canções mais reproduzidas em locais como supermercados e elevadores. 

O caso de "A Whiter Shade of Pale" do Procol Harum é diferente de "I Don't Want to Talk About It" da banda Crazy Horse e "Without You" do Badfinger. Pois assim que "A Whiter Shade of Pale" foi lançada, foi reconhecida por público e crítica e obteve o sucesso merecido; sendo que até hoje é uma música sempre relembrada em shows, premiações, filmes, artigos de revistas especializadas, etc. 

Conclusão


Não me lembro quando foi que ouvi "A Whiter Shade of Pale" pela primeira vez, talvez pelo rádio, em vinil no toca-discos de alguém. Pode ter sido em alguma trilha sonora de algum filme, propaganda ou novela na TV, de qualquer maneira a melodia nunca mais saiu da minha cabeça. Tenho dúvidas se ouvi pela primeira vez a versão original do Procol Harum ou do "bom moço" do rock, Johnny Rivers (ouça ➫ aqui). As duas versões são muito boas, mas a versão original do Procol é a melhor! 

Há muito que eu não ouvia "A Whiter Shade of Pale", mas de qualquer maneira a canção estava arquivada para sempre em minha mente desfragmentada. Lá pela metade da década de 1990, peguei numa locadora de vídeo-cassete o filme "Contos de Nova Iorque". O filme era dividido em três curtas tendo como tema central a cidade de Nova Iorque. 

Os curtas foram dirigidos por diretores diferentes. A primeira história 'Life Lessons' foi dirigida por Martin Scorsese e escrita por Richard Price; a segunda 'Life Without Zoe', foi dirigida por Francis Ford Coppola e escrita por Sofia Coppola e Francis Ford Coppola; e a terceira 'Oedipus Wrecks' foi dirigida e escrita por Woody Allen. As três histórias ocorridas em Nova Iorque relatam os dramas, sonhos e conflitos de pessoas comuns em situações interessantes e pessoais de forma distinta, mas que ainda assim mantém a unidade do filme. 

Na história 'Life Lessons' (Lições de Vida) o tema de abertura e encerramento era simplesmente "A Whiter Shade of Pale" com o Procol Harum. 'Lições de Vida' foi protagonizado por Nick Nolte e Rossana Arquette. Nolte fazia o papel de um pintor abstrato nova-iorquino em evidência que tinha uma relação conflituosa com sua amante, assistente e aspirante ambiciosa, interpretada pela então jovem atriz Rosanna Arquette, que coincidentemente ou não, tinha um tom de pele levemente claro de pálido. Enfim, vale a pena assistir e, lógico, vale mais que a pena ouvir a música:
Vídeo clipe original de 1967 com banda Procul Harum interpretando a canção "A Whiter Shade of Pale"

Obviamente, esse super clássico recebe o meu merecido carimbo de:


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terça-feira, 22 de maio de 2018

"I CAN ONLY IMAGINE", A MÚSICA GOSPEL QUE VIROU FILME



A Paris Filmes acaba de divulgar o trailer oficial do longa "Eu Só Posso Imaginar" (I Can Only Imagine), baseado na canção homônima, do cantor e compositor Bart Millard, vocalista da banda norte-americana MercyMe.

Dirigido pelos irmãos Andrew Erwin e Jon Erwin (de "Mamãe: Operação Balada"), a produção retrata a história de Bart Millard (J. Michael Finley), um jovem que viveu uma infância conturbada aos ser deixado pela mãe aos 11 anos de idade e sofreu com o pai abusivo, interpretado pelo famoso Dennis Quaid ("Garganta do Diabo", 2002; "Footloose - Ritmo Contagiante", 2011...).

A estreia


No dia 31 de maio vai estrear nos cinemas de todo o Brasil um dos filmes cristãos mais impactantes nos últimos meses. "Eu só posso imaginar" já foi lançado nos Estados Unidos e já se tornou um sucesso. Foi classificado pelos críticos como "inspirador".

Trata-se da belíssima canção lançada em 2001 pela banda norte americana MercyMe, que foi a música cristã mais vendida de todos os tempos nos EUA. Composta pelo vocalista do grupo Bart Millard, a letra foi inspirada na morte de seu pai e como seria se ele estivesse no Céu e de frente para Deus.

Com o tamanho sucesso da música, a história da canção acabou virando o filme cristão "Eu Só Posso Imaginar" (I Can Only Imagine). O longa foi lançado em março nos EUA e agora será a vez do Brasil conhecer essa história. O ator Dennis Quaid ("O Dia Depois Amanhã", 2004), interpreta o pai de Bart Millard (vivido por J. Michael Finley).

Em entrevista, o ator disse que sentiu orgulho em poder participar de uma história como a contada no filme. 
"Eu acredito que todos, sejam cristãos ou não, deveriam assistir. Você sente o poder do filme, porque ele te atinge em um lugar que não há palavras. Espero que as pessoas possam associar Eu Só Posso Imaginar com suas vidas", 
afirmou. Aliás, o próprio ator, que teve uma formação religiosa cristã e estava afastado do Evangelho, acabou tendo um reencontro com Deus durante a produção do longo.

Para a surpresa dos cineastas, o filme ficou em terceiro lugar no primeiro final de semana de exibição dos cinemas do EUA. Ficou atras de "Tomb Raider" e "Pantera Negra". Foi muito além das expectativas.

O filme é um drama que fala sobre o valor do perdão. Recebeu nota A do CinemaScore, mostrando também ser um sucesso de crítica. Segundo relatou o Christian Post, trata-se do maior sucesso comercial de um filme feito por uma produtora cristã independente.

Um dos fundadores da Roadside Attractions, Howard Cohen, disse que está feliz por ver que a história inspiradora do filme está recebendo seu reconhecimento. O diretor Andrew Erwin, disse que 
"A mão de Deus tem estado nesta história desde o início. Estamos encantados de ver uma história sobre perdão e redenção atrair com tantas pessoas". 

SINOPSE


Bart Millard (J. Michael Finley) é o vocalista da banda cristã MercyMe e tem um relacionamento conturbado com seu pai (Dennis Quaid), que sempre o tratou de maneira dura e nunca entendeu seu amor pela música. Conseguindo forças através de Deus, Bart resolve então eternizar sua relação em uma canção, "I Can Only Imagine".

Diante do Trono


Estreou no canal oficial do Diante do Trono no Youtube o videoclipe da canção "Eu Só Posso Imaginar". A música é a versão em português da música "I Can Only Imagine".

O videoclipe foi gravado no Bouganville Farm, em Caeté/MG. E dirigido por Alex Passos. 
"O clima de equipe, de paixão, de amor pela arte, amor por Deus, pelo cinema, pela música é algo que vai ser notado no resultado deste projeto. Gostei muito do resultado. 
Foi uma realização de um sonho. Sempre quis dirigir um clipe de algum filme e não podia ser melhor do que esse. Foi muito importante para a minha carreira porque dá mais visibilidade e abre portas para novos projetos," 
declarou.

O longa traz esperança para muitas pessoas em momentos desafiadores da vida. E essa foi a motivação para Ana Paula Valadão interpretar a canção. 
"Que privilégio fazer parte de um projeto que com certeza irá transformar vidas, famílias, assim como essa canção faz desde o início".
Ana disse que viveu uma experiência parecida ao compor a música "Preciso de Ti". Uma das mais ouvidas do Ministério. Segundo ela, a canção foi feita em um momento difícil de sua vida quando, quando passou por um livramento de Deus durante um acidente de trânsito.
"Ver que o sucesso de Bart tem a ver com uma experiência com Deus, de restauração da sua vida e do relacionamento com o pai, me encorajou a fazer parte desse projeto. 
Amei cantar sobre nossa esperança eterna! Já tenho ouvido testemunhos de pessoas nos EUA que se entregaram a Cristo e perdoaram familiares depois de irem ao cinema. Mal posso esperar para ouvir o que o Senhor vai fazer no Brasil também"
declarou Ana Paula.

A ESCOLHA

Clipe oficial do DT interpretando "Eu Só Posso Imaginar"

A 360 WayUp, empresa cristã cinematográfica, foi a responsável por coordenar a produção e escolher Ana Paula Valadão, líder do Ministério Diante do Trono, para dar voz à música. 
"Nós queríamos um grupo de destaque no país, que trouxesse vida e emoção para a música e a Ana Paula é intensa em seu ministério, e transmitiria o que queríamos através do vídeo. 
Ela aceitou o convite imediatamente e entendeu como presente de Deus. Todos nós nos empenhamos muito para apresentar um vídeo emocionante. E acho que conseguimos", 
declarou Janaína Aguiar coordenadora de produção da 360 WayUp.

A MÚSICA


Clipe da banda MercyMe com a versão original da canção, lançada em 2002

A belíssima canção "I Can Only Imagine" foi criada por Bart Millard, vocalista da banda MercyMe. É o single de maior sucesso do grupo. E exprime sua jornada autobiográfica de superação e fé. 

Enquanto Millard se distancia do convívio com seu pai, ele persegue o sonho de cantar e usa sua dor como inspiração para desenvolver sua carreira. Nesta missão, o artista reencontra o amor e é surpreendido por ensinamentos de fé, que vão ajudá-lo a perdoar e a transformar seu pai.

A canção que inspirou o filme ganhou dois Dove Awards (o "Oscar" da música gospel) em 2002, dos quais um foi na categoria "Música Pop/Contemporânea do Ano" e outro na categoria "Música do Ano". Millard também ganhou na categoria "Compositor do Ano".

No Brasil, artistas como Chris Duran, Giselle Di Mene & Luciano Manga (ex-G3), Eduardo & Silvana e Dayan Paiva - e agora o DT, cuja versão eu particularmente NÃO GOSTEI (na minha opinião conseguiram estragar a música) - já regravaram a música. Além de Dennis Quaid e J. Michael Finley, o longa reúne os atores Madeline Carroll, Cloris Leachman, Trace Adkins e Rhoda Griffis. 

Conclusão


Clipe oficial do MercyMe com a versão 2018 feita para compor a trilha original do longa

Com certeza é um filme que vale muito a pena ver. Além da música ser maravilhosa, sua mensagem e sua história são mais do que interessante. Este sim é um filme que realmente você terá tudo a perder caso não vá assistir.

[Fonte: Comunhão, R7]

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