sábado, 30 de abril de 2016

FELIZ DIA DO TRABALHADOR (?)


"Observa a formiga, ó preguiçoso, reflete sobre o trabalho que ela realiza e sê sábio! Mesmo não tendo um chefe, nem supervisor, nem comandante, armazena suas provisões no verão, e na época da colheita ajunta seu alimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás da tua sonolência? Tirando uma pestana, cochilando um pouco, cruzando os braços para descansar, tua iminente pobreza te aterrorizará, e tua necessidade te assaltará como um ladrão armado. (...) Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer com que sua alma goze bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus." - Provérbios 6:6-11 [Versão King James Atualizada]; Eclesiastes 2:24

A Bíblia apresenta o trabalho como fruto da vontade de Deus. Desde o início Ele desejou que o ser humano trabalhasse e em Salmos 104,19-24; Isaías 28,23-29 se diz que o trabalho é uma instituição da sabedoria divina. O terceiro mandamento também mostra o trabalho como parte constituitiva do plano divino para a humanidade.

O pecado muda a perspectiva do trabalho e sobretudo as suas condições. Depois do pecado o trabalho não é mais alegria, mas fatiga (veja Gênesis 3:16-19); é um peso e não uma bênção. Parece quase que perdeu, depois do pecado, o seu valor, mesmo se em si não é um mal. Tornou-se ocasião de pecado e, quando é finalizado em si mesmo, pode tornar-se até mesmo uma idolatria (Ec 2:4,11:20-23; Lucas 12:16-22). Em alguns casos transforma-se em instrumento de exploração e opressão (Êxodo 1:11-14; 2:23; Juízes 5:4).

Com Cristo, graças à redenção, o trabalho é restabelecido como uma benção divina, realização da pessoa na comunidade humana, um 'fazer' que imita o 'fazer criativo' de Deus.

A história da data


O Dia do Trabalho, Dia do Trabalhador ou Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. 

A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. 

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas. 

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano. 

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes. 

Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil


  • Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer). 
  • Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores. 
Até o início da Era Vargas (1930-1945) eram comuns nas grandes cidades brasileiras certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris (o que não constituía, no entanto, um grupo político muito forte, dada a pouca industrialização do país). 

Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo (uma espécie de "ideologia" que não está interessada na desconstrução do capital, mas em sua colaboração com o trabalho). 

O trabalhismo foi usado pela propaganda do regime varguista como um instrumento de controle das massas urbanas: isto se vê refletido na forma como o trabalho é visto cada vez mais como um valor. 

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalho. 

Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia, até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalho passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. 

Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PTB) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casas próprias e similares. 

Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalho, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. 

Feliz Dia do Trabalhador, desempregado


O 1º de Maio é uma data reconhecidamente histórica para os trabalhadores do país. Mas neste ano chega num momento em que os brasileiros estão mais preocupados com a crise política e econômica, e especialmente com o desemprego, do que em festejar.

Mas a preocupação não atinge apenas os trabalhadores assalariados, mas os mais diversos segmentos da sociedade. O número de empresas que fecham e geram desemprego cresce a cada dia. A crise atinge também outras áreas, como a educação. As diretorias de algumas universidades federais mostram-se preocupadas com a falta de recursos, que já ameaçam parar obras, reduzir o número de pesquisas e causar transtornos com a suspensão de serviços básicos. E outra preocupação também é manifestada pelos servidores, com a possibilidade da crise atingir os próximos reajustes salariais.

Ainda na área federal, também e motivo de preocupação a recomendação do colegiado do Dnit em parar todas as obras em rodovias federais do país. Com isso, a histórica duplicação da BR 381 (mais conhecida como "rodovia da morte") – que foi uma das promessas na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff –, que andava muito devagar, parou. 

O pior é que a situação econômica do Brasil é caótica e a tendência é piorar. O mais grave é que não existe perspectiva de melhorar em curto prazo.

Conclusão


Mas a esperança de que a crise seja superada o mais rapidamente possível persiste. Os fatores responsáveis pelo prolongado transtorno que impede o crescimento do país já estão identificados. Agora, são necessárias ações concretas para que se retome o crescimento.

E o melhor presente que qualquer um espera, neste Dia do Trabalho, é um emprego. E estes somente vão aparecer no momento em que os empresários sentirem que o momento é de confiança para investir e gerar novos empregos. Porque até agora os números do desemprego são os que mais crescem. E com eles, todos os segmentos da sociedade sofrem.

É importante lembrar como a Bíblia condena a preguiça, a ausência de trabalho (1 Tessalonicenses 4:11; Efésios 4:28; 1 Timóteo 5:13). O próprio Jesus trabalhou como carpinteiro. Paulo era orgulhoso de dizer que se sustentava trabalhando com as suas mãos, até mesmo para servir como exemplo (Atos 18:3). É célebre o que ele diz em 2 Tessalonecenses 3:10: "Quem não quer trabalhar, não coma". Com isso o apóstolo das nações quer afirmar um princípio de igualdade e de respeito do ser humano e da sua dignidade. A este propósito também em Lucas 10:7 está escrito: "O operário merece o seu salário."

[Fonte: InfoHistória]

SOBRE ÁGUIAS...

Isaías 40:31 - "Mas os que esperam no senhor, renovação as duas forças, e subirão com asas de águias".
Deus muito tem me falado nesses dias sobre a águia. Eu já ouvi várias ministrações sobre o "crente-águia". Há, inclusive, uma famosa, cujo autor não me lembro, intitulada "A águia e a galinha" (que é a que eu menos gosto, diga-se), onde o pregador faz comparações entre as duas aves em natureza tão distintas, tão distantes uma da outra. Não quero ser piegas e nem repetitivo, mas neste artigo vou compartilhar com você o que o Senhor tem colocado em meu coração.

Quem são as águias


A águia é o nome dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, carnívoras, de grande acuidade visual. O nome é atribuído a animais pertecentes a gêneros diversos e não correspondem a nenhuma clade taxonômica. Por vezes, dentro de um mesmo gênero ocorrem espécies conhecidas popularmente por gavião ou búteo.suas principais presas são: coelhos, esquilos, cobras,marmotas e outros animais, principalmente roedores, de pequeno porte. Algumas espécies alimenta-se de ovos de outros pássaros e peixes. 

Costumam fazer seus ninhos em locais altos como, por exemplo, topo de montanhas e árvores de grande porte. Existem diversas espécies de águias, as mais conhecidas são:Águia-de-cabeça-branca, águia-gritadeira, águia marcial, águia-malaia, águia-dourada-europeia e águia-imperial-ibérica. Entre suas características possui um peso de até 60kg comprimento de até 1 metro, com envergadura de até 2 metros, põe até 3 ovos a cada vez, o tempo de incubação dura 35 dias e atinge uma velocidade de aproximadamente 100Km/h. 

Gosto muito do texto do profeta Isaías, no capítulo 40, cujo versículo destaquei (trata-se de um destaque, não de um isolamento, pois o entendimento do texto está na estrutura de seu contexto) na abertura desse artigo. 

Observem que há duas promessas nesse texto bíblico: 

1 - Forças renovadas; 
2 - De subir aos céus, semelhantemente a uma águia (analogia profética ao posicionamento espiritual dos que estão em Cristo - Efésios 2) . 

Observem também que estas duas promessas não são para todos os habitantes da terra, e sim para os que esperam no Senhor. O texto é taxativo: as promessas são para os que esperam no Senhor Deus de Israel. 

Mas, o que será que Isaías viu na águia - ou nas águias, considerando-se as espécies e suas peculiaridades - para usá-la como figura, símbolo profético, tipo do cristão? 

Segundo o doutor Russel Wallace grande ornitólogo (ornitologia é a ciência que estuda os pássaros), há no mundo 10.087 tipos de aves, e porque em meio a 10.087 tipos de aves, Isaías não usou outro pássaro qualquer - codorna, andorinha, bem-te-vi, rouxinol ou a majestade o sabiá, etc., e sim uma águia? 

A resposta não é outra senão "nenhuma outra ave poderia representar tão bem o cristão, quanto à águia". 

Mas, o que significa "ser águia"? 

Comumente, os países que se consideravam fortes e invencíveis tinham como símbolo uma águia. Os Estados Unidos da América (EUA), tomou a águia como seu símbolo em 1872. Semelhantemente, isto ocorreu com outros "impérios": Russo, Prussiano, Austríaco, a França de Bonaparte e o império Romano. Na era de Jesus, ostentava-se, no cume do templo de Salomão, uma grande águia, que era o símbolo de Roma. 

Razões para comparação do crente com a águia

1 - Da família de pássaro gigantescos 


A águia não é da família de pássaros minúsculos, e sim de pássaros gigantescos, da família dos falcões e falconizes de natureza que, duma ponta a outra da asa, mede cerca de 3m de águia. Da ponta do bico às penas da cauda, há cerca de 90cm de águia. A águia é da família de pássaros grandes. 

2 - O poder de renovação 


Provavelmente você já leu um texto sobre a capacidade de renovação das águias, uma mensagem tão bonita que muita gente, ao recebê-la, retransmite para todos os amigos. E tal texto não ficou restrito aos círculos cristãos. Também foi publicada em muitos jornais de empresas, afixada em quadros de aviso ou colocadas debaixo do vidro de mesas. 

Em resumo, o texto afirma que a águia, quando chega aos quarenta anos, com suas unhas gastas, o bico curvado e as asas já pesadas, se vê diante de duas alternativas: deixar-se morrer, ou enfrentar um doloroso processo de renovação no alto de uma montanha. Nesse lugar, a águia bate o bico contra a pedra até conseguir arrancá-lo. Com muita dor, espera nascer um novo bico e com ele arranca então suas velhas unhas, uma por uma. E quando lhe nascem unhas novas, ela arranca todas as penas do corpo. Depois que nascem as novas penas, a águia sai, então, para o vôo da renovação e vive por mais trinta anos. 

O texto, de autor desconhecido, termina lembrando que em nossa vida também podemos fazer um processo de renovação, libertando-nos do peso do passado, mesmo que isso doa muito e nos tire sangue do peito. 

Mensagem linda, mas totalmente fictícia. Ainda segundo a ornitologia, nenhuma raça de águias, ou de qualquer animal, tem o costume de se auto-mutilar para prolongar a vida. Isso jamais foi constatado por ornitólogos.

Mensagem bonita, mas antibíblica


Mutilar o corpo, este patrimônio precioso que Deus nos confiou, não é renovar-se. A Bíblia ensina que nosso corpo é templo do Espírito Santo (1 Coríntios 9:16). Ora, como então seria recomendável destruí-lo? Renovação é vida. Na vida espiritual, pessoal, na empresa, no governo, em todas as áreas, o que não se renova enferruja. A natureza está sempre em movimento. Até nossas células se renovam a cada momento. Como diz a sabedoria popular, "pedra que rola não cria limo".

Renovar-se não é negar as experiências e os conhecimentos anteriores, e sim aplicá-los cada vez melhor (e ninguém fez com maior maestria que o apóstolo Paulo em sua obra missionária). É mudar a atitude. E isso começa em cada pessoa, para que seja realidade no grupo, na empresa e no país... no mundo (Romanos 12:1,2).

Há empresas que mudam seus produtos, investem milhões em publicidade, mas seus profissionais de vendas continuam apegados a paradigmas antigos. A disposição para a mudança, nos dias de hoje, é questão de sobrevivência. Acontece que algumas pessoas (e empresas) resistem às mudanças por temerem os riscos que toda renovação apresenta. Na verdade temem não ter forças ou preparo suficiente para os novos desafios. Longe de fazer comparações tolas, mas, no contexto espiritual não é nada diferente. Ninguém sofreu mais oposição pelo fato de propor o novo que o próprio Jesus. Os grupos religiosos de sua época resistiram enfaticamente aos seus discursos que proponham uma nova maneira de culto ao Senhor, que ensinava o interno, o invisível, em detrimento dos rituais externos que eram facilmente manipulados, efêmeros e não representavam uma realidade espiritual de quem os ofereciam. Veja o que o Mestre disse em certa ocasião quando fora pressionado por seus opositores: 
"Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; porque o remendo força o tecido da roupa e o rasgo aumenta. Nem se põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, os odres rebentarão, o vinho derramará e os odres se estragarão. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e assim ambos ficam conservados." - Mateus 9:17,18 (Versão King James Atualizada)

O cristão e águia


Em análise, ainda podemos usar outra frase do profeta Isaías no mesmo texto:
"Deus dá força aos cansados e vigor aos fracos e desanimados. Até os jovens se cansam, até os moços perdem as forças e caem de tanto cansaço, mas os que esperam no Senhor sempre renovam suas energias. Caminham e não perdem as forças. Correm e não se cansam, sobem voando como águias" (40:29).
Inspirado com essa mensagem bíblica, fiz um estudo sobre as atitudes que a águia tem durante o voo e que podem ser aplicadas em nossa própria vida, consigo, em resumo, listar vinte qualidades nessa ave tão singular:

  1. Meta – Saber exatamente o que se deseja alcançar.
  2. Estratégia – Definir a forma de atingir os objetivos.
  3. Visão de longo alcance – Enxergar de longe o objetivo e os obstáculos.
  4. Foco – Escolher exatamente um alvo.
  5. Planejamento – Planejar o modo de chegar ao seu objetivo.
  6. Preparação – Estar apto para a ação.
  7. Concentração – Não se dispersar no momento de agir.
  8. Paciência – Aguardar a hora certa.
  9. Senso de oportunidade – Perceber o momento certo.
  10. Agilidade – Agir com desembaraço, leveza e vivacidade.
  11. Velocidade – Movimentar-se com rapidez.
  12. Preparo físico – Manter-se em boa forma.
  13. Força – Ter energia para enfrentar os momentos decisivos.
  14. Técnica – Ter capacidade de atingir o objetivo com precisão.
  15. Confiança – Acreditar em sua capacidade.
  16. Determinação – Tentar de novo, caso a investida não dê certo.
  17. Fator surpresa – Surpreender o alvo.
  18. Ousadia – Aventurar-se, sem medo de se expor.
  19. Segurança – Viver e trabalhar de forma segura.
  20. Responsabilidade – Cuidar da prole até que cada um saiba voar e se manter.

Conclusão


A lista acima nos mostra como fazer voos maiores do que temos feito em nossa vida. Por isso quero deixar para você um desafio: Procure praticar, a cada semana, pelo menos uma dessas atitudes da águia. Mas pratique mesmo, de verdade. Assim fazendo, no prazo de cinco meses você estará "voando" como ela.

A águia é um símbolo de renovação e de renascimento. Fique sintonizado com a energia criadora (DEUS!) e você conseguirá superar obstáculos, para realizar seus ideais e seus sonhos de vida.

Alda Célia cantando "Voar Como a  Águia", vídeo extraído do DVD "Explosão de Louvor"

FUNDAMENTALISTA, EU? DEPENDE!...

O termo fundamentalismo religioso vem sendo empregado, especialmente pela mídia televisiva, de forma pejorativa (geralmente limitado ao islã). Nesta mídia não vemos o termo associado a boas ações, pelo contrário, a ataques terroristas e outros atos de violência. Entretanto, cientistas sociais, não colaboram para a solidificação de uma inverdade como esta, principalmente quando têm o monopólio da palavra em suas salas de aulas nas universidades. Eles são unânimes em concordar que tratar de tal conceito sem ir à raiz de suas origens é correr o risco de reproduzir o que a grande mídia "criou": um monstro que deve ser eliminado. Há um famoso parlamentar que vive se gabando de sua intelectualidade que usa muito o termo fundamentalista para se referir aos seus opositores da chamada bancada evangélica. O que o ilustre senhor - que também é professor universitário - não faz é a adequação do uso do termo em seus inflamados discursos. Ele trata o fundamentalismo como uma pecha aos seus adversários religiosos.

Entendendo o conceito 


O fundamentalismo religioso é um fenômeno caracterizado pela cultura e que pode nominalmente ser influenciada pela religião dos partidários. O termo pode também se referir especificamente à convicção de que algum texto ou preceito religioso considerado infalível, ainda que contrários ao entendimento de estudiosos modernos. Grupos fundamentalistas religiosos frequentemente rejeitam o termo por causa das suas conotações negativas ou porque insinua semelhança entre eles e outros grupos cujos procedimentos acham censuráveis. 

O termo fundamentalismo religioso foi criado por parte de um grupo religioso, os quais, no início de século XX, nos Estados Unidos, se reuniram para discutir e formular caminhos doutrinários de combate as influências dos movimentos modernistas (na teologia, o Modernismo é uma corrente heterogênea de pensamento que, basicamente, defende a evolução [e modificação ou transformação] do dogma e "uma reinterpretação da religião à luz do pensamento científico do século XIX"). Fundamentalismo é um movimento que tem por objetiva voltar aos princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do grupo religioso. É preservar as bases doutrinárias, é não permitir de os "modismos" entrem em suas religiões. Vamos analisar o conceito aplicado dentro de três grupos religiosos: os judeus, os cristãos e os islâmicos. 

1.1 - No Judaísmo 


Há duas correntes, os ultra-ortodoxos e os nacionalistas religiosos, que têm atitudes agressivas no apoio a movimentos reacionários da direita política. O setor fundamentalista da religião judaica, não representativa do judaísmo em geral, é influente em Israel e a base ideológica do movimento dos colonatos, em Gaza e na Cisjordânia. 

Os Rabbis do Gush Emunim, movimento messiânico nacionalista e expansionista que se mobiliza pela colonização do "grande Israel", e que atinge cerca de metade da população judaica de Israel reiteram continuadamente que os judeus que matam árabes não devem ser punidos, com base no conjunto de regras de vida do judaísmo, pois não violam a proibição religiosa do assassinato. 

Razões fundamentalistas argumentam que o que parece ser um confisco de terras de propriedade de árabes para instalarem judeus, não é de fato uma ação de roubo, mas sim um ato de santificação. Do ponto de vista deles a terra está sendo redimida, porque está a ser transferida da esfera do satânico para a esfera do divino. Para acelerar este processo o uso da força é permitido, caso se torne necessário de extrema violência. 

1.2 - No Cristianismo 


Um dos termos religiosos mais controversos é o Fundamentalismo. Dentro dos círculos acadêmicos, o Fundamentalismo é descrito como uma forma de espiritualidade criada de modo a enfrentar o temor de que a modernidade possa afetar ou mesmo erradicar a fé e a moralidade de seus seguidores. Já a mídia utiliza o termo normalmente para descrever setores mais conservadores de determinada religião, ou mesmo grupos religiosos propensos à violência. 

Preocupados com o avanço do modernismo, os fundamentalistas realizaram a Conferência Bíblica de Niágara entre 1878–1897, que estabeleceu os pontos básicos do fundamentalismo. O Fundamentalismo Cristão é um movimento teológico e social, ocorre quase que na totalidade dentro do Protestantismo que se baseia na ênfase da Bíblia como sendo a lei a ser seguida, não só na fé, mas também na regência da sociedade e na interpretação da ciência. 

Consideram a Bíblia infalível; sendo suas histórias consideradas factuais. Rejeitam qualquer outra forma de Revelação (inspiração individual, magistério eclesiástico, profecias modernas, teologia natural) e o Criacionismo (teorias que de alguma forma interferem com o texto literal do gênesis, principalmente a evolução biológica, mas também teorias geológicas, físicas, cosmológicas, químicas, e arqueológicas) e deve ser interpretada literalmente, salvo nas partes conotativas. 

Desde 1925 o fundamentalismo perdeu sua popularidade entre os protestantes conservadores, quando o professor John T. Scopes foi condenado por ensinar a Teoria da Evolução nas escolas públicas, porém, na década de 1940 ganhou força outro movimento conservador protestante, porém mais aberto à sociedade em geral e à ciência: o Evangelismo. 

Os Fundamentalistas Cristãos creem que a Bíblia é unicamente a palavra de Deus, e rejeitam a interpretação de que se trata de um documento histórico. Por volta dos anos 1960 muitos teólogos e historiadores acreditaram que as religiões se tornariam menos conservadoras, porém isso não ocorreu. Os setores fundamentalistas cristãos assim como das principais religiões do mundo se ampliaram, dedicados a preservar suas tradições religiosas. Ao contrário, os modernistas cristãos, por exemplo, defendiam (ainda defendem) que a Bíblia não possui inspiração divina e que a mesma não pode ser seguida em todas as situações, apenas em questões que coincida com os costumes atuais. Defendem que as celebrações devem se adequar aos gostos culturais atuais. Para os fundamentalistas isso seria levar o mundo e suas coisas mundanas para dentro da igreja. 

Eles acreditam que a sua causa é grande importância e valor, veem a si mesmos como protetores de uma única e distinta doutrina, modo de vida e de salvação. As virtudes fundamentalista protege a identidade do grupo que não é instituído só em oposição a religiões estranhas, mas também contra os modernizadores que compactuam continuar numa versão nominal da sua própria religião. Ética e politicamente, os fundamentalistas rejeitam a diversidade sexual, o aborto, a Teoria da Evolução, o Ecumenismo, o diálogo religioso com não fundamentalista e a possibilidade de salvação fora do Cristianismo. 

1.3 - No Islamismo 


No islamismo, os fundamentalistas são chamados de jama'at, que em árabe significa enclaves religiosos com conotações de irmandade fechada, mantém relação com o Jihad na luta contra a cultura ocidental que suprime o Islam autêntico que implica submissão ao modo de vida, prescrito na (determinação divina) contida na Charia. 

O islamismo é uma das três grandes religiões monoteístas, ao lado do cristianismo e do judaísmo. Com 1,2 bilhão de fiéis, é a segunda em número de adeptos e a que mais se expande. A fé sempre esteve associada à conquista de novos adeptos, daí sua notável expansão histórica. O avanço atual ocorre nos países pobres, onde já é dominante, e as altas taxas de natalidade funcionam como um impulso natural para o incremento. Além disso, o Islã é visto como único contraponto à visão ocidental. Sua doutrina conservadora - em relação aos padrões ocidentais - tem sido um atrativo para camadas desfavorecidas, porém, há também integrantes bem estabelecidos na sociedade. 

Existem dois grandes movimentos interpretativos no islamismo: 
- Sunismo (sunitas) - seriam os mais moderados; 
- Xiismo (xiitas) - seriam os mais radicais. Segundo algumas interpretações sociológicas, tem como princípio uma reação muito forte ao modelo político ocidental, que tenta penetrar nos estados árabes, muçulmanos. 

Entre os muçulmanos, este tipo de manifestação apareceu somente no início do século XX. Os fundamentalistas lutam em geral pela independência política dos países islâmicos e contra a influência ocidental, em favor dos costumes primitivos e da aplicação rigorosa da lei islâmica. Ao mesmo tempo são indiferentes ao rico legado filosófico; artísticos; místicos do Islã medieval e de suas contribuições para toda a civilização ocidental. Há várias formas e povos fundamentalistas e, é óbvio, nem todo árabe é islâmico, nem todo islâmico é fundamentalista ou radical. 

Isso não significa que todos os muçulmanos sejam terroristas ou violentos. Na verdade, esses são minorias nos âmbitos dos países islâmicos, também, não é a ampla maioria o que luta contra outros espaços religiosos. A religião em si não promove violência, mas sim a interpretação das pessoas, com suas subjetividades, características, psicologias, interesses políticos, culturais e sociológicos. Sempre há esse processo de tradução, que a implica subjetividade humana. Por sua vez, isso implica uma interpretação; daí a necessidade do cuidado e zelo nesses processos interpretativos. 

Conclusão 


Hoje, fala-se muito em respeito. O que buscam os fundamentalistas? Respeito à suas bases religiosas, aos fundamentos de sua religião. Aqui está o motivo de muitos dos conflitos que envolvem grupos religiosos fundamentalistas, especialmente os grupos não ocidentais: a invasão de costumes, hábitos e valores ocidentais em tais grupos. 

Não busco defender o fundamentalismo religioso, apenas acredito que respeito deve ser uma ação mútua. Por que, por exemplo, querer criar leis que obrigue os padres e pastores brasileiros a casarem homossexuais (já passou algo assim pelo Congresso Nacional)? Os homossexuais ao buscarem aceitação em outros grupos sociais acabam, mesmo sem desejar, ferindo preceitos fundamentais desses grupos. Por que, por exemplo, querer criar leis que obrigue os templos serem usados como salas de aula durante o dia (também já passou algo assim pelo Congresso Nacional)? Como buscar respeito desrespeitando? Será que a nossa história de etnocídio cultural (o caso de nossos índios) nada nos ensinou? Quantos índios fundamentalistas foram mortos por cruzes afiadas (lembram da expressão "entre a cruz e a espada"?)? 

Se agarrar aos preceitos do mundo moderno (globalizado) e não se abrir ao respeito à grupos étnicos e religiosos não seria uma defesa tão legítima quanto daqueles que querem preservar suas fundações? Por que as práticas modernas devem ser aceitas? Ou melhor, impostas? 

A crítica não deve se voltar a prática fundamentalista, mas a fundamentos que são realmente nocivos, do mal. O desafio maior é definir um parâmetro para tal juízo de valor. Estaria a modernidade (impregnada de concepções capitalistas, individualistas, egocêntricas e mercadológica) habilitada a julgar os fundamentos de grupos minoritários?

sexta-feira, 29 de abril de 2016

IGREJA, UMA ESTRUTURA EM COLAPSO

Entende-se por igreja a totalidade dos salvos em Cristo, dos que estão compromissados com a obra do Senhor, dos separados (santos) pela aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. A igreja é aqui na terra o corpo místico de Cristo. Nesta acepção, é chamada igreja invisível, a que tem vida interior espiritual. Cristo é a cabeça desse corpo. Dá-se o nome de Igreja Local ao grupo de pessoas ­ chamadas de membros - unidas na mesma fé em Cristo Jesus, que se reúnem regularmente em determinado lugar, sob a coordenação e direção de um chefe espiritual. Neste caso, chama-se igreja visível, ou seja, a igreja institucional, organizada, formal, terrena. Individualmente, o membro da igreja não é igreja.

Estrutura eclesiástica em colapso


Estamos vivendo momentos decisivos em meio a uma guerra milenar, entretanto, logo tudo estará terminado, onde o Deus de Paz esmagará a Satanás debaixo dos nossos pés. As igrejas são quartéis e os membros são soldados desta guerra que logo terá fim, contudo, muitas igrejas estão alheias a este guerra, vivem como se nada estivesse acontecendo e o pior é que muitas destas estão com suas estruturas em colapso.

As estruturas colapsadas pre-indicam desabamento. Tem inicio por meio de danos estruturais nos componentes da edificação. Os danos estruturais são aqueles que comprometem a capacidade de sustentação da estrutura e podem afetar colunas, vigas, amarração e lajes. Lembrando que a fundação deve estar presente em toda edificação para dar estabilidade.

Na carta aos Efésios o Apóstolo Paulo escreve sobre a igreja sendo um edifício bem ajustado que foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas de que Jesus é a principal pedra de esquina.
"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito." - Efésios 2:19-22. (Bíblia Sagrada, Antigo e Novo Testamento, Versão Digital 4.5)
O período escrito acima descreve que a igreja é edificação de Deus para sua morada e Jesus é o principal fundamento deste edifício. Observe que para o apóstolo Paulo isso era tão claro que em sua primeira carta aos Coríntios 3:11, ele escreve de forma enfática sobre a situação, falando que ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Então toda construção, edificação ou obra deve ser iniciada sobre Cristo para que tenha fundamento forte, seja inabalável, suporte peso e tenha estabilidade. O que vemos nos dias de hoje são trabalhos, obras baseados em motivações humanas como vaidade, poder, ganância e inveja.

A importância dos dons ministeriais na estrutura eclesiástica


Na construção da igreja, além dos dois fundamentos já postos os apóstolos e os profetas, foram colocados mais três alicerces, ou três ministérios fundamentais para edificação da Igreja que é o corpo de Cristo, os evangelistas, os pastores e os mestres, os quais possuem uma função primordial que é o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério. Por meio dos cinco ministérios os santos são conduzidos a maturidade espiritual para não serem enganados por qualquer ensino humano carregado de engano.
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo." - Efésios 4:11-12 (Bíblia Sagrada, ANT-VD-4.5)
O restante da edificação é feita por meio dos dons de serviço, o que além de ornamentar a igreja completa a estrutura. Esta estrutura cria um sistema de interação no corpo. Aqui a igreja funciona sem a interferência humana, dirigida unicamente pelo Espírito Santo. Todas as áreas e todas as funções estarão bem desenvolvidas, ninguém é movido por questões humanas e sim por direção do Espírito Santo. O que tem dom de curar vai curar, o que tem dom de interpretar línguas vai interpretar e assim por diante.
"Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também." - 1 Coríntios 12:8-12 (BSANT-VD-4.5)
Quando as estruturas entram em colapso, ocorre desabamento e as pessoas envolvidas são soterradas por escombros, ocasião em que muitas morrem. As poucas feridas que sobrevivem possuem pouco tempo de vida sem alimento e oxigênio puro. Eu as chamo de vítimas da religião. Quando possível lançamos novamente os fundamentos essenciais para a edificação da Igreja de Cristo. 

Primeiro problema é caracterizado por falta da base do fundamento: Jesus


Por isso também na Escritura se contém: 
"Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." - 1 Pedro 2:6-9 (BSANT-VD-4.5)
O primeiro problema nas igrejas é a falta de Jesus. O corpo deve testificar da cabeça, Cristo, mas o que ocorre na prática é o corpo testificando do próprio corpo. Membros de igrejas falam e exaltam suas próprias congregações de que fazem parte. Acabam falando que foi curado na igreja tal e esquece-se de creditar toda a honra para Jesus. 

Outro problema que é gerado pela falta do principal fundamento, são ovelhas que não conhecem seu Libertador, o verdadeiro Pastor, que é Jesus. Os pastores terrenos não apresentam Jesus às ovelhas e aí começa o acompanhamento humano, sem mudança de vida e motivações humanas, e em pouco tempo as divisões passam a ser comum no meio do povo que deveria ser de Deus. A partir daí tudo que fazem é para serem vistos, e o líder não conduz as ovelhas a Cristo, porque ele mesmo não sabe como chegar até Ele.

Segundo problema é caracterizado por falta dos cinco ministérios


"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo." - Ef 4:11-12. (BSANT-VD-4.5)
O segundo problema nas igrejas é a falta dos cinco ministérios, os quais estão em Deus. Estes foram revelados anteriormente a favor da igreja e hoje todos já estão restaurados para conduzir a igreja ao arrebatamento por meios da maturidade espiritual.
"Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal." - Hebreus 5:12-14. (BSANT-VD-4.5) 
Nas igrejas, o que predomina é o ministério pastoral, o qual passou a exercer o trabalho dos outros quatro ministérios, o apostólico, o profético, o evangelístico, e o mestral, por não estarem presentes na congregação. Apesar de que existem aqueles que exercem o ministério sem possuir o chamado. Pastores que foram chamados para serem diáconos, pastores que foram chamados para serem mestres, pastores que foram chamados para serem profetas, apóstolos, evangelistas e assim por diante. Analisemos um a um praticidade dos 5 dons ministeriais:
  • O ministério apostólico representa Deus e a implantação do seu Reino na terra - O apóstolo implanta o Reino de Deus, abre igrejas, ensina como o mestre, pastorear como pastor, evangeliza como o evangelista, e profetiza como profeta. O apóstolo é capaz de exercer os cinco ministérios, ele é um missionário de Deus. O Espírito Santo é quem os comissiona. 
  • O ministério profético representa Deus e o seu governo na terra - O profeta é "a boca de Deus" na terra, ele entrega os recados de Deus e permite que Deus use sua boca para que Sua vontade seja realizada, ele vê como Deus vê por isso sabe a direção a seguir, sente o que Deus sente, por isso possui o prumo de Deus nas mãos para o concerto e temor e conhece Deus intimamente por isso sabe qual a Sua vontade para cada situação.
  • O ministério evangelístico representa Deus e sua vontade - O evangelista é o pescador de almas, é ele quem joga as redes, o amor dele é voltado para os perdidos. O evangelista não fica acomodado sabendo que as almas estão indo para o inferno. Ele é um inconformado quanto as trevas na vida do homem, ele leva luz e esperança para os perdidos.
  • O ministério mestral representa Deus e sua sabedoria - O mestre é o construtor da verdade, ele sabe lançar fundamentos sobre fundamentos para que o homem não se desvie da vontade de Deus. Ele costura as redes do evangelista e ensina onde jogar a rede e colabora ativamente com o pastor. O mestre "limpa os ouvidos" da igreja para que ela ouça a Palavra de Deus, ele colabora com o profeta corrigindo a direção do caminho a ser trilhado e desfaz as armadilhas do engano;notemos nos evangelhos que jesus ensinou mais que qualquer coisa até quando fazia milagres jesus procurava ensinar (Mateus 4:23). O mestre necessita de seus instrumentos de trabalho que são os livros. Portanto, observando-se a realidade financeira, é fundamental que haja um investimento por parte da igreja na disponibilidade dessa importante ferramenta ministerial.
  • O ministério pastoral representa Deus e o seu amor - O pastor é casado com a igreja e ele da sua vida pela igreja. Ele ama as almas e não o dinheiro. O pastor tem amor para suportar as deficiências da congregação. Ele entrega sua vida pela igreja em uma aliança sem volta conduzindo os filhos de Deus ao amor do Pai. Entretanto, pela ausência do reconhecimento dos outros ministérios, o pastor fica sobrecarregado em sua função. Não consegue exercer bem sua função e nem de longe consegue exercer os outros ministérios.
Tente imaginar uma pessoa só, sem casa e assolada pelas misérias da vida, assim é a igreja sem o ministério apostólico. Imagine uma pessoa cega tentando correr entre obstáculos, assim é a igreja sem o ministério profético. Imagine um casal que não pode ter filhos, assim é a igreja sem o ministério evangelístico. Imagine uma pessoa que caminha para o abismo sem saber que está indo para lá, assim é a igreja sem o ministério mestral. Imagine um bebe recém nascido sozinho em um mata com animais ferozes, assim é a igreja sem o ministério pastoral.

Deus restaurou os cinco ministérios. No entanto, por força religiosa o homem não quer admitir que Jesus buscará sua noiva perfeita, adornada, purificada para apresentar a si mesmo.
"Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." - Ef 5:25-27 (BSANT-VD-4.5)

Terceiro problema caracteriza-se pela desobediência ao Espírito Santo ou pela falta de ouvi-lo

A Palavra de Deu diz para não entristecermos nem apagarmos o Espírito Santo.

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção." - Ef 4:30 (BSANT-VD-4.5)
"Não extingais o Espírito." - 1 Tessalonicenses 5:19 (BSANT-VD-4.5)
Não podemos pecar porque entristecemos ao Espírito Santo e também não podemos deixar de obedecê-lO porque O apagaremos. Para obedecê-lO, precisaremos aprender a ouvi-lO, investindo tempo em oração e leitura de sua palavra. Entretanto, entre os perigosos extremos temos uma liberdade infinita para andarmos no Espírito.

O Espírito Santo conhece a mente de Deus e é Ele que intercede por nós com gemidos inexprimíveis, porque Ele é quem sabe orar como convém. Então precisamos consultá-lo para saber o que fazer, como fazer e quando fazer. A obra de preparar a noiva pertence a Ele, a ornamentação da igreja, que é a distribuição dos dons de serviço também pertence a Ele e o fará como lhe aprouver.
"E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis." - Romanos 8:26 (BSANT-VD-4:5)
Ouve o tempo do Pai, o Velho Testamento representado pela Lei; o tempo do Cordeiro, o período que Jesus andou na terra, representado pelo Noivo que vem buscar sua noiva e o tempo do Espírito Santo, o Novo Testamento, representado pela Graça e da preparação da noiva que o Noivo vem buscar.

O Espírito Santo é o amigo do Noivo, e é ele que vai anunciar o Noivo para a noiva. Mas isso ocorrerá quando a noiva estiver preparada para subir. Quando estiver adornada, purificada, perfeita e com óleo sobressalente.

Quando o homem deixa de ouvir ao Espírito Santo é governado por sua própria alma, exercendo o ministério segundo seus pensamentos, vontades e emoções. Vemos nitidamente uma religião crescendo contrariamente a santidade Deus. Porque Deus é Santo e o diabo é religioso. A religião é coisa de homens é só uma imitação da santidade de Deus.

Conclusão


Quando o homem na sua humanidade usa o ministério, ele interfere na vontade de Deus dentro da igreja e manipula dos filhos de Deus colocando um enorme fardo em suas costas, fardo que traduz pecado, cansaço, vergonha, feitiçaria, trevas, cegueira, engano, justiça própria, orgulho, competição, divisão, vaidade, mentiras, medo e incredulidade. 

Ao contrário, quando o Espírito Santo é ouvido ele conduz a igreja, a noiva, da melhor forma possível. Primeiro distribui os dons como lhe agrada, palavra de sabedoria, palavra da ciência, fé, cura, operação de maravilhas, profecia, capacidade de discernir espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas. E uma vez distribuído os dons, aquele que tem dom de cura vai curar segundo a direção do Espírito, não segundo a direção do homem, aquele que tem dom de profecia, vai profetizar segundo a direção do Espírito, não porque o homem esta mandando, aquele que dom de interpretar línguas vai interpretar pela direção do Espírito, não por vã glória, e assim todos no mesmo corpo serão dirigidos pelo Espírito Santo de Deus.
"Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também." - 1 Coríntios 12:8-12 (BSANT-VD-4.5)
Na igreja de Atos, conhecida como a Igreja Primitiva, o que ocorreu foi isso, a igreja recém nascida foi totalmente dirigida pelo Espírito Santo, e hoje tudo esta sendo restaurado para glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Aqueles que estiverem presos na terra ficarão aqui, mas aquele que acumularam seu tesouro no céu onde o ladrão não rouba e traça não corrói, esses irão para o céu. Breve Jesus voltará para buscar sua noiva apaixonada que subirá ao céu e o encontrará nos ares.
"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR, E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio. Porque Moisés disse aos pais: O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser." - Atos 3:19-22 (BSANT-VD-4.5)
Esta restauração da igreja é para os remanescentes, para aqueles que não se dobraram diante da religião que aprisiona e que amam mais a Deus do que o pecado. Que buscam mais cruz do que a glória.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

DEPRESSÃO: PORQUE ESTÁS ABATIDA, Ó MINH'ALMA?

"Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como to­talmente matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço. E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou de­baixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as bra­sas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui com­prido te será o caminho. Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela co­mida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus." - 1 Reis 19:1-8

A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime - e de muitos associarem a depressão com possessão demoníaca -, a própria Bíblia menciona diversos ca­sos de servos de Deus que passaram por severas crises dessa doença que se mostram cada vez mais ativas nesses últimos tempos. Sim, homens e mulheres de Deus podem sofrer de depressão. Grandes gigantes da fé já confessaram que tiveram de lutar contra os males da depressão, e outros ainda lutam.  Como enfrentá-la? Quais são suas causas? É sobre esse importante assunto que iremos ver neste artigo. Antes de comentar sobre a depressão, quero chamar a atenção para alguns números.

Os números


Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Cerca de mais de 340 milhões de pessoas de ambos os sexos no mundo inteiro padecem desse tipo de sofrimento profundo. O Brasil possui mais de 13 milhões de depressivos de todas as idades, classes sociais e raças, mergulhadas numa melancolia atroz que altera seus hábitos de vida, afastando-as do convívio social e do trabalho. 33% dos filhos de pais depressivos têm depressão. O mundo gasta 7 bilhões de dólares por ano contra antidepressivos. Segundo a OMS, depressão e ansiedade são responsáveis pela metade (740 milhões de pessoas) das doenças mentais existentes no mundo.

Apesar de atingir uma grande parte da população - 17 milhões apenas no Brasil -, a depressão, muitas vezes, não é diagnosticada nem tratada de maneira adequada. Hoje a doença é a quarta causa global de incapacidade e deve se tornar a segunda até o ano de 2021. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 75% das pessoas com depressão não recebem tratamento adequado. A média etária de sua primeira manifestação baixou de 40 para 26 anos. Crianças e adolescentes hoje integram o rol dos consumidores de antidepressivos.

Definição de depressão 

Observemos algumas definições para a depressão: 

"A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por continuada alteração no humor e falta de interesse em atividades prazerosas. O estado depressivo se diferencia do comportamento 'triste' ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos. Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que tem tratamento" (Wikipédia).

"A depressão é um distúrbio da emoção que afeta o corpo, o humor e o pensamento: altera o apetite e o sono, a forma como a pessoa se sente e como pensa. Não é uma tristeza passageira, não é sinal de fraqueza pessoal ou uma condição que possa ser revertida com força de vontade (Roche Brasil)."

"A depressão é muito, muito mais profunda e resistente do que a tristeza. [...] Para se ter uma ideia do que é uma depressão severa, tente entender o desconforto de várias noites sem dormir misturado à dor causada pela perda de um parente querido" (Peter Whybrow in Veja).

Sintomas, Sinais e Sentimentos Relacionados à Depressão


Vários são os sintomas, sinais e sentimentos da depressão. Os sintomas essenciais, são descritos por várias autoridades médicas como são:
  • Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; 
  • Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas (Wikipédia).
Os demais sintomas envolvem: Dificuldade de concentração, alterações do apetite e do sono, sentimento de pesar ou fracasso, diminuição da autoestima, sentimento de culpa, irritabilidade, agressividade, ideia recorrente de suicídio e morte etc. Manifestações físicas também ocorrem, tais como: dores de cabeça, dores no peito, dores musculares, desinteresse pela atividade sexual. 

As Causas da depressão


A depressão pode ter como causa os fatores psico-sociais, biológicos, físicos e outros. Fatores químicos também se relacionam com as causas da depressão:

"Classicamente chamada de 'doença da alma', a depressão ganhou um caráter químico quando se descobriu sua ligação com a falta de duas substâncias no cérebro: a serotonina e a noradrenalina" (Época).

"Depressão severa é uma doença, um desarranjo na química cerebral [...]" (Veja).

"Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina" (Wikipédia).

"A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos" (Psicosite).

Outras causas da depressão


Observemos alguns elementos que podem levar-nos à depressão fazendo uma análise específica do texto bíblico com o qual abri este artigo.

1 - Oposição

Quando Elias chegou a Jezreel e soube que Jezabel intentava matá-lo (1 Rs 19:1,2), tomou atitudes que revelaram seu estado depressivo. Sempre que realizamos ou estamos prestes a realizar algo importante para Deus, enfrentamos o ataque do inimigo. Essas investidas inesperadas ou oposição sistemática visam enfraquecer nossa confiança na proteção divina, levando-nos a desistir de lutar e assim impedir o progresso da obra de Deus (João 16:33; 1 Pedro 5:8).

2 - Frustração

O sentimento de incapacidade ou fracasso, diante da realização de um trabalho aparentemente inútil, pode levar-nos à depressão. A ideia que se tem é que a vida não faz o menor sentido. Elias perdera o ânimo e o interesse de viver: "Toma agora a minha vida, porque não sou melhor do que meus pais" (1 Rs 19:4). Humanamente falando não somos diferentes do profeta; compartilhamos a mesma natureza (Tiago 5:17).

3 - Medo

O medo moderado é um dispositivo natural de defesa e alerta, entretanto, o  pavor incontido do que nos possam fazer os adversários, e a possibilidade de sermos perse­guidos, ridicularizados, caluniados, ou até mortos podem levar-nos à depressão. Foi o que aconteceu com o profeta Elias (1 Rs 19:1,2,10).

4 - Angústia

Quando enfrenta­mos um problema de difícil solução e não vislumbramos uma saída, tendemos à tristeza e a angústia. E justamente nesse momento que a crise depressiva se instala (Jó 3:11, 6:11, 17:1; Salmos 13:1-3, 56; 57:6,7).

Reações naturais diante da depressão

1 - Fugir

Moisés, incompreendi­do pelos filhos de Israel e procurado por Faraó, fugiu para Mídia (Êxodo 2:15). Fugir é a primeira reação quando nos sentimos incapazes diante do inimigo (1 Rs 19:3). Davi tomou a mesma atitude. Durante prolonga­da crise, fugiu para Aquis, rei de Cate, fazendo-se de louco. Ler 1 Samuel 21:10-15; 27:1-7; 27:1-7; 29:1-11; Sl 34:56.

Muitos, por não confiarem plenamente em Deus, usam o sono, o isolamento, o entretenimento, e tantas outras coisas para fugir da realidade. Caso o leitor esteja enfrentando um problema difícil, a ponto de desejar esconder-se em uma cisterna (1 Sm 13:6), saiba que o Senhor tem um escape para você (Sl 91; Hebreus 13:5).

2 - Esconder-se

Elias realizou grandes feitos perante o Senhor extirpou a idolatria de Israel (1 Rs 18:19-40) e fez chover sobre a terra, após um longo período de seca (1 Rs 18:41,42; 17:1; Lucas 4:25; Tg 5:17,18). Todavia, isso não impediu que o profeta ficasse apavorado diante das desprezíveis ameaças de Jezabel (1 Rs 19:4,9).

3 - Desistir

Muitos, quando de­primidos, ficam alienados, ou fecha­dos dentro de si mesmos, como num casulo. Os especialistas chamam essa fase de isolamento. O abandono da comunhão com os irmãos pode ser um sintoma de depressão: "… deixou ali o seu moço" (1 Rs 19:3). Elias não devia ter dispensado seu auxiliar, nem deveria ter ido para o deserto (1 Rs 19:3,4).

A solidão agrava a depressão. Um bom confidente e santo irmão e amigo é uma boa linha de defesa, pelo fato de ter alguém para dialogar e orar juntos. A depressão priva a pessoa do relacionamento com os irmãos e amigos. Ela reprime o desejo de viver (1 Rs 19:4).

Enfrentando a depressão
1 - Confiando firmemente no Senhor

Deus é soberano, nada ocorre sem a sua permissão (Daniel 4:34-37). O crente que confia na soberania de Deus, mesmo nos mo­mentos difíceis, como os vividos por Elias, não se deprime, mas descansa naqu'Ele que tudo pode (Mateus 19:26). O Senhor jamais nos abandona. Ele não havia abandonado seu profeta, nem seu povo fiel.

2 - Orando e jejuando (consagração)

O crente fiel pode deparar-se no seu dia-a-dia com situações que somente são resolvidas através da oração (Mt 9:15; Jeremias 29:12,13; Ester 4:16). O jejum e a oração são armas espirituais poderosas para trazer cura e alívio aos corações abatidos.

3 - Evitando a autocomiseração

De acordo com a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, quando formos tentados a pensar que so­mos os únicos fiéis que restam para realizar algo, não devemos nos la­mentar. A autocomiseração diluirá o bem que porventura fizermos. Elias considerava-se a única pessoa que ainda era autêntica para com Deus. Solitário e desanimado esqueceu-se de que outros permaneceram fiéis em meio à impiedade de sua nação (1 Rs 19:18).

4 - Entregando a vida e o futuro a Deus

O deprimido deve, sem demora e pela fé, levar a Cristo o fardo opressor de sua angústia, convicto de que Ele o livrará e de tudo cuidará (Sl 42; Is 53:4,5; Mt 11:28,29). Ter convicção de que Deus nos ama e que Ele se importa conosco, fortalece e consolida a nossa fé, principalmente quando circunstâncias desagradáveis nos ameaçam e, por fim, nos atingem.

Saindo da depressão


Após ouvir, atentamente, as queixas de Elias, Deus o encorajou. Da mesma forma o Senhor quer restaurar seu ânimo trazendo alívio para sua alma abatida.

1 - Restauração física

Através de um anjo, Deus proveu alimento e água para o profeta. Em seguida, o Senhor lhe proporcionou um sono reparador (1 Rs 19:4-6). O bem-estar físico e psíquico de Elias era funda­mental (Sl 103:14).

2 - Mudança de ambiente

Deus tirou Elias do deserto conduzin­do-o a Horebe, cerca de 300 quilômetros de Bersebad (1 Rs 19:7,8). Elias precisava de tempo e de um novo ambiente, para considerar sua vida sob um novo ponto de vista. Um ambiente estressante e uma rotina rígida e interrupta afeta a saúde física e mental da pessoa. É imprescindível ao deprimido mudar de ambiente, modificar sua rotina, reduzir seu trabalho e desfrutar de um período de férias para passar mais tempo com sua família (Eclesiastes 2:21-26; 3:1-8; Marcos 6:30,31).

3 - Bem-estar espiritual

O vento, o terremoto e o fogo no mon­te Horebe eram uma demonstração da suficiência e do poder de Deus; a voz mansa e suave, por sua vez, falava do grande amor do Pai (1Rs 19:11,12). Talvez uma caverna (v. 9) não seja o local mais adequado para Deus revelar-se a alguém, todavia, nas situações mais adversas da nos­sa vida, o Senhor pode vir ao nosso encontro para nos tirar da depressão. O profeta saiu daquele lugar com uma nova visão acerca do seu Deus (1 Rs 19:13-18; Sl 23:4,5).

Conclusão


"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimen­tos…" (Tg 5:17 – ARA), inclusive, à depressão. O Deus de Elias também é o nosso Deus. Assim como deu vitória ao profeta, nos concederá também. Contudo ele não foi o único à passar por isso:

Outros casos bíblicos de depressão 


Collins (1995, p. 85) cita alguns de depressão na Bíblia:
  • Moisés: "Então, Moisés ouviu chorar o povo por famílias, cada um à porta de sua tenda; e a ira do SENHOR grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés. Disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei favor aos teus olhos, visto que puseste sobre mim a carga de todo este povo? Concebi eu, porventura, odo este povo? Dei-o eu à luz, para que me digas: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que, sob juramento, prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Pois chora diante de mim, dizendo: Dá-nos carne que possamos comer. Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado demais. Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria" (Números 11:10-15).
  • Davi: "Ó SENHOR, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti. Chegue à tua presença a minha oração, inclina os ouvidos ao meu clamor. Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte. Sou contado com os que baixam à cova; sou como um homem sem força, atirado entre os mortos; como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras; são desamparados de tuas mãos" (Sl 88:1-5).
  • Jeremias: "Maldito o dia em que nasci! Não seja bendito o dia em que me deu à luz minha mãe! Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Seja esse homem como as cidades que o SENHOR, sem ter compaixão, destruiu; ouça ele clamor pela manhã e ao meio-dia, alarido. Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão-somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?" (Jr 20:14-18) 
  • Jonas: "Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado. E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e quete arrependes do mal. Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver" (Jonas 4:1-3).
  • Jó: "Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? [...]. Porque já agora repousaria tranquilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso [...]. Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos. Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura. Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados? Por que em vez do meu pão me vêm gemidos, e os meus lamentos se derramam como água? Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece. Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação. [...] Eu sou íntegro, não levo em conta a minha alma, não faço caso da minha vida" (Jó 3:11,13, 20, 21-26; 9:21).
Segundo Collins (ibd., p. 74), o próprio Jesus no Getsêmani, manifestou sintomas de depressão: "[...] e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo." (Mt 26:37-38)

Em todas as situações, cabe ao crente deprimido buscar a ajuda médica, sem negligenciar o auxílio espiritual. O inverso também deve ser feito. Não se deve espiritualizar todas as doenças, achando que tudo é de origem diabólica. Procurar um especialista da área da saúde corporal e mental é no mínimo prudente. 

Nos casos bíblicos citados, pode-se perceber claramente a possibilidade da intervenção divina para a cura da depressão. Após a intervenção sobrenatural (1 Rs 19:5-8), Elias ouviu do anjo palavras de encorajamento: "Levanta-te e come, porque o caminho será sobremodo longo."


[Fonte: Wikipédia, Veja On Line, Boehringer, Época, Roche Brasil, Psicosite]